ARLA/CLUSTER: FCC acaba, por 3 votos contra e 2 a favor, com a Neutralidade da Internet nos Estados Unidos

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Sexta-Feira, 15 de Dezembro de 2017 - 09:51:50 WET


Por Filipe Alves da 4gnews

A Internet deixa de ser livre com o fim da Neutralidade

Neutralidade da Internet é um tema que deve ser discutido de forma
séria. Foi assim durante meses. Mas hoje o final da discussão chegou.
A FCC (Federal Communications Commission) decretou o final da
Neutralidade da Internet nos Estados Unidos.

Como referi, este assunto deve ser abordado com cuidado porque é
simples dizer que se quer uma internet livre, mas existem outras
implicações que devem ser postas em causa.


Ajit Pai, Presidente executivo da FCC, afirmou que o fim da
Neutralidade de Internet daria asas a mais competição entre os
operadores. Faria com que os provedores de serviços se dedicassem a
trazer mais e melhor qualidade ao público em geral.

Escusado será dizer que quem ganha neste fim da Neutralidade da
Internet são essas empresas que prestam serviços. Empresas que se
podem equiparar à MEO, Vodafone ou NOS de Portugal, tem agora a
possibilidade de limitar, terminar ou até descriminar websites que não
considerem vantajosos para o seu negócio.

A Neutralidade da Internet merece ser preservada!

A melhor forma de perceber com poucas frases simples o que é a
Neutralidade da Internet é fazendo uma rápida procura no Google. A
pesquisa determina que: A Neutralidade da Internet é “o princípio de
que os provedores de serviços de Internet devem permitir o acesso a
todos os conteúdos e aplicativos independentemente da fonte e sem
favorecer ou bloquear determinados produtos ou sites.”

Isto significa que depois da decisão de hoje, que acabou por 3 votos
contra a Neutralidade e 2 a favor, as operadoras são donas e senhoras
da “rede” nos Estados Unidos. A partir deste momento, se a operadora
achar mais vantajoso que tenhas de pagar mais para usar o Google em
vez de Bing, podem-no fazer.

Se acharem que a 4gnews é um site que não gosta deles e fala a
verdade, podem simplesmente dar uma velocidade péssima a quem quer
entrar no nosso site. Numa definição simples, é uma “ditadura
escondida”. Quem manda a partir deste momento são as operadoras.

O povo norte-americano bem protestou mas de nada adiantou. Esperemos
sinceramente que este tipo de ideia não chegue a Portugal. A internet
deve ser livre e se as operadoras não ganham o suficiente com isso,
que dêem espaço aos mais pequenos para investir.



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