ARLA/CLUSTER: Um "selo" para chegar a Próxima Centauri em 20 anos

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 9 de Agosto de 2017 - 17:54:24 WEST


A mais pequena nave espacial do mundo voou pela primeira vez (e com sucesso)

Tem o tamanho de um selo, mas um objetivo muito maior do que o seu
tamanho: procurar vida num exoplaneta. E até já levantou voo.

A Próxima Centauri é uma estrela anã vermelha que se situa a 4,5 anos
luz da Terra – uma distância bem curta quando comparada com o tamanho
e as dimensões da nossa galáxia e do Universo.

A orbitar este astro há pelo menos um planeta que se crê habitável por
estar possivelmente coberto de água em estado líquido, o Proxima b. No
entanto, a distância que separa a Terra deste exoplaneta – e das
formas de vida que poderá albergar – tornam esta uma descoberta e
investigação difícil.

Depois de, no ano passado, Stephen Hawking e Yutri Milner terem
apresentado um projeto para chegar a Alfa Centauri – o sistema solar
mais próximo da Terra -, que se tratava de uma sonda que levaria 20
anos a lá chegar e traria as primeiras imagens do exoplaneta.

Passadas umas semanas, as naves encarregadas desta tarefa passaram a
sua primeira prova no espaço. Trata-se de um protótipo conhecido como
Sprites, de apenas 3,5 centímetros quadrados e que pesa apenas quatro
gramas, segundo o El Pais.

Estas naves representam o próximo passo na miniaturização de sondas e
satélites e, segundo especialistas, são a opção mais razoável para
missões de longa distância entre as estrelas mais próximas do sistema
solar.

Em junho, foram lançados no espaço dois destes dispositivos, que estão
a ser desenhados em Manchester desde 2008, “colados” a dois
nanosatélites – o Max Vallier e o Venta -, naquele que foi o primeiro
voo bem sucedido das naves espaciais mais pequenas do mundo.

O equipamento – considerado simples, já que se tratava apenas de um
pequeno painel solar, uma antena, um rádio, um giroscópio e um
magnetómetro – funcionou bem e foi capaz de comunicar com a Terra.

“Agora esperamos lançar mais uns quantos chips que voem sozinhos no
espaço”, explicou Zach Manchester, investigador na Universidade de
Harvard, nos EUA, e designer de protótipos.

Fonte: ZAP //



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