ARLA/CLUSTER: Re: Petição Publica para a Reposição dos indicativos de Chamada CU1 a CU9 dos Radioamadores da Região Autónoma dos Açores

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 23 de Novembro de 2016 - 18:20:07 WET


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: António Duarte - CT1CPP <pomboverde31  gmail.com>
Data: 23 de novembro de 2016 17:27
Assunto: Re: [CT-Com. & Tec.] Petição Publica para a Reposição dos
indicativos de Chamada CU1 a CU9 dos Radioamadores da Região Autónoma
dos Açores
Para: CT-Comunicações e Tecnologias
<ct-comunicacoes-e-tecnologias  googlegroups.com>


Boa tarde ilustres colegas.

O prefixo CT4 não foi criado para ser atribuído aos colegas que vieram
das ex-colónias, nem é uma série especial.
Até 1974 existiam apenas os seguintes prefixos:

CT1 (duas letras) - Portugal Continental
CT2 (duas letras) Açores
CT3 (duas letras) Madeira (esqueçamos os indicativos das ex-colónias e
de Macau).

A estes indicativos era acrescentada a letra A para estações móveis e
a letra B para estações portáteis.
Assim sendo, por exemplo, o saudoso CT1RU, se estivesse em móvel
passaria a identificar-se com o indicativo de CT1RUA ou CT1RUB, caso
operasse em portátil.

Com o regresso dos colegas vindos das ex-colónias, rapidamente se
esgotaram os CT1 de duas letras (no sufixo) ainda disponíveis.
Houve então necessidade de atribuir novos indicativos de duas letras
no sufixo, tendo surgido os CT4 que foram atribuídos a quem veio das
ex-colónias e a todos os radioamadores novos (em Portugal Continental)
que entretendo se licenciaram, parece-me ter sido o caso do CT4RK e
outros.

Quando se esgotaram os CT4 (em Portugal Continental) é que se avançou
para os indicativos CT1 de três letras. Não seria viável passar para
os CT5, CT6 de duas letras no sufixo e assim sucessivamente.
A regra de acrescentar o A e o B para os CT1 e CT4 de duas letras
manteve-se durante vários anos mesmo após o aparecimento dos CT1 de
três letras. Só a partir de meados da série CT1D?? (três letras), após
o surgimento de um novo regulamento é que apareceram os primeiros CT1
de três letras terminados em A ou B. Se consultarem a lista de
indicativos atual, não existem indicativos CT1 começados por A, B ou
C, nem os primeiros começados por D, terminados em  em A ou B, sob
pena de se confundirem, há época, com as estações móveis os portáteis
já referidas.
Como exemplo, não existe o CT1BXA ou BXC que é a série do nosso colega
Ridrigo/CT1BXT, nem o CT1CPA ou CT1CPB que é a minha série.

A única excreção é o CT1AAA. Não sei exatamente porquê.

Como é sabido houve uma época em que se podia pedir à entidade
licenciadora, indicativos vagos (CT1 de duas letras) mesmo não sendo
de familiares diretos, isto é, sem serem herdados.
Ainda hoje existem muitos colegas que são titulares de indicativos CT1
de duas letras no sufixo mas que na realidade não são os seus
titulares originais. Quanto ao CT1AA, segundo ouvi dizer, terá sido um
destes casos. É provável que tenha sido requisitado em segundas"
núpcias" o que terá originado alguns protestos por ter sido atribuído
a um radioamador novo (o primeiro indicativo português), o qual terá
sido posteriormente alterado para CT1AAA. O CT1AAB não existe e a
regra foi ter cemeçado por CT1AAC. Isto carece de confirmação. Em
suma, os CT4 ao contrário do que se diz frequentemente não foram
criados para os ditos colegas retornados nem são uma série especial.

Quanto à nova filosofia de atribuição de indicativos, perece-me
tratar-se do seguinte:
Os indicativos que já existiam até à entrada do atual regulamento
manter-se-ão nas condições que tinham até aí.
Caso tais condições se alterem, nomeadamente por subida de categoria,
passarão ao dito regime geral/CT7. É o exemplo do meu bom amigo CT2FCG
que atualmente é o CT7API. Quem for promovido abandona a designação de
classe C ou B e integra-se nas chamadas novas categorias 1 ou 2. Não
poderá ter a categoria 1 com um indicativo corespondente à classe A.
Bem sei que é muito chato andarmos constantemente a mudar de
indicativos. Todavia, o objetivo do legislador foi o de conseguir
identificar a categoria do radioamador bem como a sua localização
geográfica (Portugal Continental, Açores e Madeira). Imaginem que as
Filipinas com as suas cerca de 8000 ilhas tinha um sistema de
indicativos igual ao dos Açores, seria bonito hi hi.

Como sabemos, isto é, não sabemos qual a classe de um CT1, CT3 ou CT4,
nem dos CUs. Segundo me parece, o legislador quis resolver esse
problema.

Os CUs permitiam identificar a respetiva ilha e isso era interessante
mas ninguém (legislador) se preocupou em distinguir a Madeira do Porto
Santo, são todos CT3. Estávamos com uma amalgama de regras o que
também não é bom nem útil quer para nós portugês, quer para os
radioamadores estrangeiros que nos contactam.
No caso dos CUs, das duas uma, ou sabemos a ilha ou sabemos a
categoria do radioamador. Creio que também existem os CU0 que apenas
identificava a clasee C mas já não identificava a ilha. Poderão
existir CU0 nas 9 ilhas, grande trapalhada. O argumento da manutenção
dos CUs, com a identificação da ilha, ainda assim incompleta, faz-me
lembrar a velha história da manta dos pobres, tapamos a cabeça mas
destapamos os pés, porque não identifica a classe do radioamador.
Concordo em absoluto que neste momento temos uma amálgama de prefixos
para um país tão pequeno e com tão poucos radioamadores e isso é mau.

Quando os velhos CT1, CT3, CT4 passarem a QRT, esperemos que daqui a
muitos anos, com esta nova metodologia 8boa ou má) esperemos que a
casa fique arrumada.

73 de CT1CPP - Duarte - Entroncamento.



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