ARLA/CLUSTER: Off Topic: As recentes catástrofes na Antártida relacionadas com a separação de um iceberg gigantesco de 582 quilómetros quadrados.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 5 de Dezembro de 2016 - 17:17:08 WET


ANTÁRTIDA ESTÁ A RACHAR DE DENTRO PARA FORA (E DAÍ VÊM AS CATÁSTROFES)

5 Dezembro, 2016 por SN


O escudo de gelo no oeste da Antártida está a rachar de dentro para
fora. Tal acontecimento poderá explicar a separação de grandes
icebergs dele e a sua rápida destruição, avisam os cientistas.

“Atualmente, não há dúvidas de que o escudo de gelo do oeste da
Antártida vai descongelar mas, todavia, não é claro quando isso vai
acontecer”, diz Ian Howat, investigador da Universidade do estado de
Ohio.

“O aparecimento de tais rachaduras e fraturas, obriga o gelo a recuar
a uma velocidade recorde, aumentando, assim, as possibilidades da
atuais gerações testemunharem o colapso total deste escudo de gelo“,
acrescenta.

Howat e os seus colegas chegaram a essas conclusões depois de
analisarem fotografias de satélite, obtidas durante uma das recentes
catástrofes na Antártida, relacionada com a separação de um iceberg
gigantesco – de 582 quilómetros quadrados – do escudo de gelo no final
de julho de 2015.

Segundo o artigo, publicado na revista Geophysical Research Letters,
através das imagens os cientistas começaram a suspeitar que a formação
deste iceberg estaria ligada a processos que se desenvolveram na sua
base.

Para confirmar a teoria, além de observarem as fotografias, os
climatologistas realizaram algumas expedições à região da Antártida
ocidental, onde se teria originado o problema.

Com a ajuda das fotos dos satélites, tiradas durante o pôr de sol e o
amanhecer, quando o Sol fica praticamente na linha do horizonte,
formando um grande ângulo em relação à superfície da Antártida, os
cientistas conseguiram detectar duas rachaduras gigantescas e
profundas no escudo de gelo ocidental.

As rachaduras surgiram há 2 e 3 anos numa zona do glaciar onde se
encontram água, terreno e gelo, perto da base do escudo. Ambas
cresceram de forma significativa e a uma grande velocidade, isto é,
têm atualmente 14 quilómetros e aumentaram a sua largura para 110
metros.

A razão do surgimento desta rachadura, segundo os cientistas, está
relacionada com o aumento da temperatura do mar que a rodeia. Este
processo, na opinião de Howat, levou à criação da cavidade, que,
consequentemente, afundou o glaciar, gerando uma grande rachadura.

Processos semelhantes a este estão a acontecer na Gronelândia. O que
preocupa os cientistas mais do que tudo é o possível surgimento de
tais cavidades noutras regiões da Antártida.

Se o gelo enfraquecer nessa zona, o que leva às rachaduras, a
velocidade de destruição da Antártida e o seu deslocamento para o
oceano será muito rápida.

Fonte: ZAP / Sputnik News



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