ARLA/CLUSTER: Diretora da emissora pública de rádio e TV de França demitida por gastar 40 mil Euros em taxis

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Sexta-Feira, 1 de Maio de 2015 - 10:06:53 WEST


cv Journal l'Humanité / YouTube


Uma directora da emissora pública de rádio e televisão de França foi
obrigada a renunciar ao cargo depois de gastar mais de 40 mil euros em
táxis, em apenas 10 meses.

Agnès Saal era directora do Instituto Nacional do Audiovisual (INA) de
França, tendo-se demitido do cargo a pedido da ministra da Cultura do
país.

Quando o escândalo veio a público, Saal afirmou que precisava de
viajar de táxi, apesar de ter um carro da instituição e um motorista
particular à sua disposição.

Durante esse período, no entanto, o filho terá sido responsável por
gastar 6,7 mil euros do montante total – uma quantia que Saal afirma
ter devolvido aos cofres públicos.

Segundo a edição de domingo do jornal francês Le Figaro, a
ex-executiva afirma que ter emprestado o seu código de acesso ao seu
filho foi um “erro tolo”.

Saal alegou, contudo, que precisava de andar de táxi porque o
motorista particular não trabalhava às mesmas horas. “Não podia
fazê-lo trabalhar 12 a 15 horas por dia, incluindo fins de semana.
Além disso, não tenho carta de condução”, disse ela.

A ministra da Cultura francesa, Fleur Pellerin, pediu a Saal que
renunciasse imediatamente ao cargo, através de uma nota do ministério
divulgada esta terça-feira.

Agnès Saal assumiu no ano passado o cargo de directora do Instituto
Nacional do Audiovisual, o órgão público responsável por preservar e
promover os arquivos da rádio e da televisão do país.

Segundo a BBC, Saal substituiu Matthieu Gallet, que actualmente é
director da rádio pública francesa e está no centro de um escândalo
por ter gasto, alegadamente, 100 mil euros a remodelar o gabinete e 90
mil euros na contratação de uma agência de relações públicas enquanto
preparava um plano de corte de gastos.

Os funcionários da Radio France, a rádio pública francesa, encerram no
início de maio a mais longa greve da categoria. Ao todo, os
trabalhadores ficaram parados durante 28 dias.

Fontes : ZAP / BBC



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