ARLA/CLUSTER: Ondas rádio vindas do espaço detetadas pela primeira vez em ‘tempo real’
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 21 de Janeiro de 2015 - 10:43:14 WET
Pela primeira vez os astrónomos conseguiram observar um explosão enquanto
era registada pelos telescópios e afiná-los de forma a registar a maior
quantidade de dados possÃvel.
<http://cdn.obsnocookie.com/wp-content/uploads/2015/01/163578609_770x433_acf_cropped-770x433.jpg>
12 telescópios apontaram na mesma direção para recolher o máximo de
informação possÃvel
Explosões muito rápidas, vindas do exterior da Via Láctea, foram vistas
pelos astrónomos ‘em tempo real’. As ondas de rádio duram apenas alguns
milissegundos e podem ser provocadas por colisões de estrelas de neutrões
ou emitidas por buracos negros. A observação de maio de 2014 foi agora
publicada na revista cientÃfica Monthly Notices of the Royal Astronomical
Society.
“As explosões são normalmente descobertas semanas ou meses ou até mais de
uma década depois de terem acontecido. Mas esta foi captada em tempo realâ€,
disse Emily Petroff, uma doutoranda da Universidade Tecnológica de
Swinburne, na Austrália, citada
<http://www.telegraph.co.uk/news/science/space/11357176/Mystery-alien-radio-signal-picked-up-in-space.html>
pelo Telegraph. ‘Em tempo real’ é relativo, considerando que a explosão
pode ter acontecido a 5,5 mil milhões de anos-luz de distância. A tÃtulo de
exemplo, a luz do Sol demora cerca de oito minutos a chegar ao planeta
Terra.
O primeiro fenómeno deste tipo foi descoberto em 2007 analisando registos
antigos. E desde aà só se identificaram mais sete. Desta vez, o fenómeno
foi observado ao mesmo tempo que era registado na Terra, pelo rádio
telescópio Parkers na Austrália, refere
<http://www.npr.org/blogs/thetwo-way/2015/01/19/378385693/origin-unknown-study-details-blast-of-radio-waves-from-outside-our-galaxy>
o canal norte-americano NPR. Em pouco tempo 12 telescópio de vários pontos
do mundo estavam virados para o mesmo ponto para tentar recolher dados
noutros comprimentos de onda, como infravermelhos ou raios-x, e determinar
a fonte. Como não encontraram outros sinais descartaram a hipóteses de ser
uma explosão de uma supernova ou uma explosão de raios-gama, refere o
Telegraph.
Além disso, a polarização das ondas (desvio) sugere que estivessem próximas
de um objeto com um grande campo magnético. “As teorias agora é que a
explosão de ondas rádio possa estar relacionada com um tipo de objetos
muito compacto, como estrelas de neutrões ou buracos negros, e as explosões
podem dever-se a colisões ou ‘sismos estelares'â€, disse Daniele Malesani,
da Universidade de Copenhaga, citada pelo Telegraph.
Fonte: Observador
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