ARLA/CLUSTER: Flávio (PY2ZX) representante da LABRE na Delegação Brasileira que participou da Conferência Mundial de Rádio WRC-15 apresenta resumo
João Costa > CT1FBF
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Segunda-Feira, 14 de Dezembro de 2015 - 13:59:53 WET
*Conferência Mundial de Rádio de 2015 é encerrada. CPM19-1 define novos
estudos.*
*Agostinho Linhares (Anatel) e Diana Tomimura (Minicom) assinam pelo Brasil
as Atas Finais da WRC-15. (Foto: ITU)*
Encerrou-se no dia 28 de novembro de 2015 na na sede da UIT em Genebra
(SuÃça) a Conferência Mundial de Rádio de 2015 (WRC-15).
Para os radioamadores a principal decisão da conferência foi a
conquista da nova
faixa <http://www.radioamadores.org/news/news-2015/news-2015-33.pdf> dos 60
metros. No entanto foram deliberadas outras alocações que envolveram
indiretamente faixas do radioamadorismo. Eis algumas delas:
- O Serviço de Radiolocalização obteve alocação primária entre 77,5 e 78
GHz. Os radares automotivos serão aplicações de curta distância e estudos
prévios atestaram mÃnimos impactos sobre operações tÃpicas dos
radioamadores neste segmento.
- O Serviço de Exploração da Terra por Satélite obteve alocação primária
entre 10 e 10,4 GHz, também alocado ao Serviço de Radioamador. Estudos
prévios comprovaram viabilidade do compartilhamento entre os serviços.
- Alguns paÃses retiraram seus nomes de antigas notas de rodapé das
Regulamentações de Rádio da UIT que de alguma forma restringiam localmente
o serviço, melhorando a condição de uso dos radioamadores em algumas
faixas: Uruguai em 160 m e 80 m, Honduras em 80 m, Quênia em 40 m e
Tanzânia nos 70 cm.
*Tensos momentos de negociação no final da WRC-15. (Fotos: LABRE/GDE)*
- A banda L (1427 a 1518 MHz) foi adotada mundialmente como faixa de
IMT (*International
Mobile Telecommunications*) em regime primário. Parte da banda C também foi
aceita mundialmente para IMT com várias notas de rodapé para proteger
especialmente a radiodifusão. Os radioamadores no segmento entre 3400-3500
MHz, que já operavam em regime secundário, serão afetados.
- Aspectos regulatórios de nano e picosatélites mantiveram-se inalterados,
no entanto uma nova resolução foi publicada para incentivar disseminação de
informações acerca dos procedimentos regulatórios desses satélites, o
compartilhamento de informações sobre os lançamentos, coordenações,
notificações e uso de posições orbitais, a redação de recomendações,
relatórios e handbooks.
*Delegação brasileira pede palavra em plenária da WRC-15. (Foto: UIT)*
Muitos outros itens de grande relevância para as telecomunicações e a
sociedade também foram tratados na WRC-15 como o *Public Protection and
Disaster Relief* (PPDR), proteção aos *beacons* de busca e resgate do
sistema Cospas/Sarsat, incremento do *Earth-Exploration Satellite
Service*(EESS)
para monitoramento ambiental, *Wireless Avionics IntraCommunications*
(WAIC), *Global Flight Tracking* para aviação civil, novo *Automatic
Identification System *(AIS).
Para acompanhar com detalhes as decisões da WRC-15, acesse*Provisional
Final Act*s em: http://www.itu.int/pub/R-ACT-WRC.11-2015/en
* Primeira reunião da CPM19-1. (Foto: LABRE/GDE)*
Após o desenvolvimento da WRC-15, ocorreu a Conferência Preparatória da
futura WRC-19 (CMP19-1), que também contou com a participação da LABRE.
Foram definidos os grupos de trabalho para empreender novos estudos de
compartilhamento para possÃveis alocações a partir de 2019:
- Da faixa dos 6 m para o Serviço de Radioamador na Região 1, tal como já
ocorre nas Regiões 2 e 3, obtendo assim harmonização mundial.
Tradicionalmente muitos paÃses da Região 1 utilizam a faixa para o
radioamadorismo mediante Resolução 4.4.
- De pequenos satélites de curta duração entre 150,05-174 MHz e 400,15-420
MHz. Durante a conferência houve discussão pela exclusão da faixa dos 70 cm
dos estudos. Estes satélites, embora voltados ao ensino universitário e
pesquisa, poderão desenvolver aplicações comerciais e comunicações
criptografadas, atividades incompatÃveis com o Serviço de Radioamador
- Para IMT de segmentos entre 24,5 e 86 GHz. Discussões preliminares
envolviam faixas desde os 6 GHz. Foram assim protegidas operações previstas
de satélites geossÃncronos e geoestacionários com*transponders* envolvendo
o Serviço de Radioamador em frequências inferiores. No entanto a faixa dos
47 GHz foi inserida entre as candidatas, onde os radioamadores são usuários
primários.
- Para *Wireless Access Systems* (WAS) e *Radio Local Area Network*s (RLAN)
entre 5150 e 5925 MHz. Parte do segmento os radioamadores operam em regime
secundário.
- Para novas alocações aos Serviços Fixo e Móvel Terrestre entre 275 e 450
GHz, hoje apenas ocupado pela radioastronomia e operações radioamadoras
experimentais.
Itens como Transferência de Energia Sem Fios (WPT) e Comunicações por
Máquinas (MTC, relacionado a Internet das Coisas) foram inseridos como
futuro item de agenda porém dentro do relatório da UIT-R visando estimular
estudos sobre essas tecnologias, sem poder de alterar as faixas dos
Regulamentos de Rádio na WRC-19.
A LABRE e a IARU continuarão atentas ao desenvolvimento da ocupação do
espectro eletromagnético, defendendo as faixas dos radioamadores. Apoie
este trabalho. Seja um associado da LABRE e um colaborador do Grupo de
Gestão Espectral. Maiores informações emhttp://www.radioamadores.org
<http://www.radioamadores.org%20/>ou http://www.labre.org.br
<http://www.labre.org.br%20/>
*LABRE/GDE**08 de dezembro de 2015. Atualizado em 12 de dezembro de
2015.**http://www.radioamadores.org/news/news-2015/news-2015-34.htm
<http://www.radioamadores.org/news/news-2015/news-2015-34.htm>*
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