ARLA/CLUSTER: Off Topic: A matéria negra está a ser engolida pela energia escura e a desaparecer lentamente.
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Terça-Feira, 4 de Novembro de 2014 - 13:08:11 WET
A Cosmologia é o ramo da astronomia que estuda a origem, estrutura e
evolução do Universo a partir da aplicação de métodos científicos.
A Cosmologia muitas vezes é confundida com a Astrofísica que é o ramo
da Astronomia que estuda a estrutura e as propriedades dos objectos
celestes e o universo como um todo através da Física teórica. A
confusão ocorre porque ambas ciências sob alguns aspectos seguem
caminhos paralelos, e muitas vezes considerados redundantes, embora
não o sejam.
Desde que se chegou à preocupante conclusão que só conhecemos
efectivamente 4, ou na melhor das hipóteses 5%, do todo que é
constituído o Universo que se vem assistido às mais, diria
mirabolantes teorias esotéricas, para tentar explicar este nosso
enorme desconhecimento dos restantes 95 %. A verdade é que o chamado
modelo teórico padrão da cosmologia actual, não consegue explicar as
nossas observações
Efectivamente, quando li esta noticia que transcrevo mais abaixo, fiquei
completamente atónito com esta, permitam-me, verdadeira charada.
Como é óbvio, esta é para mim mais uma "descoberta esotérica" a juntar
a tantas outras - algo que não sabemos ainda se existe (a matéria
escura) que está sendo consumida por algo de que não temos a mínima
ideia do que seja ou se existe (a energia escura).
Uma primorosa charada para um programa cómico de "nonsense" dos
reconhecidos Monty Python.
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Resultados do Sloan Digital Sky Survey
Cientistas prevêem que no futuro o Universo ficará vazio
por Lúcia Vinheiras Alves in TV Ciência
Nova evidência científica sugere que a matéria negra – a estrutura
cósmica sobre a qual o Universo está construído – está a ser engolida
por energia escura e a desaparecer lentamente. Dados que levam os
cientistas a revelar que o Universo acabará grande e vazio.
Investigadores da Universidade de Portsmouth e da Universidade de Roma
publicam um artigo na edição de 30 de outubro, da revista científica
Physical Review Letters, American Physical Society, onde apresentam
novos dados que revelam que a energia escura está a consumir a matéria
negra, diminuindo o crescimento da estrutura do cosmos.
David Wands, Diretor do Institute of Cosmology and Gravitation, da
Universidade de Portsmouth, citado em comunicado da mesma
Universidade, explica que «este estudo é sobre as propriedades
fundamentais do espaço-tempo» e «na escala cósmica, é sobre o Universo
e o seu destino».
E os resultados do estudo, realizado com base em dados de vários
estudos astronómicos, nomeadamente do Sloan Digital Sky Survey que
permitiu construir o maior mapa 3D sobre o Universo, demonstram que
«se a energia escura está a crescer e a matéria negra está a evaporar,
acabaremos com um Universo grande, vazio e chato com quase nada
dentro», afirma o cientista.
David Wands explica que «a matéria negra fornece uma base para as
estruturas crescerem no Universo. As galáxias que vemos são
construídas nesse andaime e aquilo que vemos nestes resultados, sugere
que a matéria negra está a evaporar, diminuindo o crescimento dessa
estrutura».
De acordo com os investigadores, estes novos resultados vêm contrariar
o modelo padrão da cosmologia que surgiu em 1998 - a “constante
cosmológica”. Um paradigma que se baseava na ideia da existência de
uma energia escura constante ao longo do espaço-tempo e que explicaria
porque a velocidade a que o Universo de estava a expandir estava a
acelerar.
Agora, com os novos dados os cientistas indicam ter uma melhor
explicação, que inclui a transferência de energia entre a energia
escura e a matéria negra. «Desde do final da década de 1990 os
astrónomos têm estado convencidos que alguma coisa está a provocar a
aceleração da expansão do nosso Universo», afirma David Wands.
E «a explicação mais simples era que esse espaço vazio – o vácuo –
tinha uma densidade de energia que era uma constante cosmológica. No
entanto, há cada vez mais evidência que este simples modelo não pode
explicar toda a extensão de dados astronómicos a que os cientistas têm
agora acesso, em particular sobre o crescimento de estrutura cósmica,
das galáxias e clusters de galáxias, que parece estar a ficar mais
lento do que se esperava».
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