ARLA/CLUSTER: Re: Reportagem sobre o SIRESP

[José Machado]

Olá José Albuquerque e restantes amigos,

É claro que a Ana Leal não veio dar nenhuma novidade aos radioamadores, em
particular. 

Nós sabemos desta (e de outras!) fragilidades ao nível das comunicações, de
emergência e não só. 

Mas nós, os radioamadores, somos uma pequena franja da população pagadora de
impostos, que vota e a quem estes senhores devem/deveriam prestar contas.

É indubitável que, em situação de catástrofe (que desejamos nunca aconteça,
mas que é imprevisível) o conhecimento e os meios dos radioamadores são
imprescindíveis, porque o resto vai falhar. Por outro lado o enorme
conhecimento de que muitos radioamadores dispõem, sobre redes, linhas e
condições de transmissão nos dotam como parceiros indispensáveis nas
comunicações de emergência.

As autoridades, em boa hora e devido tempo (2004) reconheceram isso e
tomaram algumas iniciativas, como é o caso do estabelecimento de protocolos
com algumas associações e da cedência de equipamentos.

Mas, na hora da verdade, ninguém nem nada funciona se não estiver preparado
e, a formação, nunca aconteceu contrariamente ao previsto. 

Alguém achava que não se poderia atribuir muita importância aos
radioamadores por não serem uma entidade organizada, sob pena de virem a
ofuscar os planos e a atuação de alguns senhores “comandantes de coisa
nenhuma” (porque, sabemos, “não é o hábito que faz o monge”).

Em boa hora, os atuais responsáveis governamentais perceberam que amadores e
radioamadores não são a mesma coisa! E cometeram a coordenação das
comunicações de emergência a quem detém a tutela dos radioamadores,
(retirando-a à Autoridade Nacional de Proteção Civil) através do PNEPC-Plano
Nacional de Emergência em Proteção Civil publicado em Dezembro passado e
atribuiu, aos radioamadores, novas e importantes competências, nomeadamente
de estabelecer “…redes rádio (HF, VHF e UHF) autónomas e independentes, que
se constituirão como redes redundantes e/ou alternativas aos sistemas de
comunicações da ANPC.”citei. Isto diz tudo!

Agora, organizemo-nos…

Com a preparação que (ainda!) NÃO temos, em termos de comportamento em
comunicações de emergência, queiram os deuses que a nossa ajuda não seja
necessária para já…

É necessário que as associações se organizem, definam e treinem os
procedimentos em caso de emergência para que, chegada a hora, não seja “tudo
ao molho e fé em Deus”. 

A concertação destas acções e a troca de experiências entre associações
seria proveitosa, senão indispensável… temos todos a aprender uns com os
outros, discutindo abertamente sem sobrancerias ou laivos de importância
bacoca.

Doutro modo, de tanto querer ajudar, até nos atrapalhamos!

Abraços

73 from

José Machado - CT1BAT

 

 

 

No dia 29 de Janeiro de 2014 às 12:02, Jose Albu <ct1aoz  gmail.com>
escreveu:

 

Olá 

Machado e restantes observadores... bom dia

 

Estive a ver muito atentamente o programa e não pasmei com o que foi dito
pois já era minha convicção que a coisa não funcionava mesmo e até nem nunca
vai funcionar.

 

Quanto a não terem falado nos rádio amadores é claro que não falaram. Isso
só serve para umas brincadeiras e penachos para alguns. 

Deus nos livre e guarde se alguma catástrofe mesmo a sério nos calhar pela
frente... Nem siresp nem sera nem nada a não ser um por todos e todos por
um, fé em Deus e no ALá.

 

Um abraço e tenham um bom dia

 

73 do Jose Albuquerque

CT1AOZ

 



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