ARLA/CLUSTER: Sabe que existe um Santo que foi Radioamador.?
João Costa > CT1FBF
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Terça-Feira, 4 de Fevereiro de 2014 - 15:08:54 WET
SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE O SANTO RADIOAMADOR - SP3RN
Um santo é sempre um dom de Deus para a Igreja e para a humanidade.
Maximiliano Maria Kolbe o é de um modo particularmente eloqüente,
pelas circunstâncias trágicas de seu martírio. Raymond Kolbe, filho de
Júlio Kolbe e Maria Dabrowska, nasceu aos 8 de janeiro de 1894, em
Zdunska Wola, perto de Lódz, na Polônia. Juntamente com dois irmãos,
fazia parte de uma família operária, pobre, mas profundamente
religiosa. Aos treze anos entrou no Seminário Franciscano e, emitindo
sua profissão religiosa, tomou o nome de Maximiliano Maria. Nos
estudos, distinguiu-se de forma genial nas ciências e na matemática.
Para os estudos de filosofia e teologia foi enviado a Roma, onde
doutorou-se nestas disciplinas com ótimas notas. Ainda clérigo
estudante, manifestou seu zelo e amor a Maria, fundando o movimento de
apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. Ordenado sacerdote em 1918,
voltou para sua pátria, onde foi designado para lecionar no Seminário
Franciscano, em Cracóvia.
Em 1922, mesmo sem recursos financeiros, fundou uma revista mensal com
o título “Cavalheiro da Imaculada”, que poucos anos depois chegava à
elevada tiragem de um milhão de exemplares. A esta revista seguiram
outras iniciativas editoriais: “O Pequeno Cavalheiro da Imaculada”,
revista para crianças; o “Miles Immaculatae”, revista latina para
sacerdotes, e um diário que chamou de “Pequeno Jornal”, com 200 mil
exemplares. O apostolado da imprensa era seu carisma. Seu objetivo era
conquistar o mundo inteiro a Cristo por meio de Maria Imaculada. Em
1930, Maximiliano Maria Kolbe tomou a decisão de abrir uma missão no
Japão e lá também se atirou à atividade editorial, com a fundação em
Nagasaki da revista “O Cavalheiro da Imaculada”. Apesar do restrito
meio católico, a revista alcançou a tiragem de 50 mil exemplares. Sua
permanência no Japão foi curta. Em 1936, os superiores exigiram sua
presença na Polônia, para que tomasse a direção do grande convento
franciscano de Niepakalanow, que chegou a abrigar 600 religiosos. A
obediência de ter que deixar suas iniciativas apostólicas no Japão foi
dura. Ele sonhava passar mais tarde para a Índia e depois pelos países
árabes e fundar revistas e jornais que propagassem a devoção à
Imaculada, como instrumento de penetração do Reino de Deus.
Para ver seu sonho concretizado também usou o RÁDIO, tornando-se
RADIOAMADOR, recebendo o indicativo de chamada SP3RN. Nos anos
1936-1940, início da Segunda Guerra Mundial, Maximiliano Maria Kolbe
redobrou seu zelo no apostolado da imprensa, enquanto cuidava da
direção do convento e da formação de 200 jovens. Ao alvorecer de
setembro de 1939, as tropas nazistas tomaram de traição a Polônia,
destruindo qualquer resistência e incendiando tudo. Frei Maximiliano
foi preso duas vezes. A prisão definitiva deu-se no dia 17 de
fevereiro de 1941. Quando o chefe militar viu Frei Maximiliano vestido
de hábito religioso, ficou furioso. Agarrou o crucifixo do frade e,
puxando-o, gritou: “E tu acreditas nisso?” “Creio, sim!” Uma tremenda
bofetada seguiu a resposta de Frei Kolbe. Três vezes repetiu-se a
pergunta. Três vezes Maximiliano confessou sua fé. Três vezes levou
bofetada. Ao fim de maio de 1941, Frei Maximiliano foi transferido de
Varsóvia para o campo de extermínio de Auschwitz, perto de Cracóvia,
onde recebeu o número de prisioneiro 16.670. Era um campo de horrores.
Basta dizer que lá foram mortos, depois de incríveis sofrimentos,
quatro milhões de seres humanos. Os judeus e os padres eram os mais
perseguidos.
Depois de três meses de sofrimentos, deu-se naquele campo a fuga de um
prisioneiro. Em represália, dez prisioneiros inocentes deviam ser
condenados à morte de fome. Um dos sorteados chorou: “Pobre de minha
mulher, pobres de meus filhos...” Naquele instante, saiu da fila o
prisioneiro nº. 16.670, pedindo ao comandante o favor de poder
substituir aquele pai de família. “Quem és tu?” berrou o comandante.
“Sou um padre católico”, respondeu Frei Maximiliano. “Aceito sua
decisão”, disse o comandante depois de breve pausa. O recém-condenado,
Franciszeck Gajowniczek, voltou à fila, Maximiliano tomou seu lugar.
Todos os dez, despidos, foram empurrados numa pequena, úmida e
totalmente escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome. Depois
de duas semanas, sobreviviam somente três com Frei Maximiliano. Para
desocupar o lugar, em 14 de agosto de 1941, foram mortos com uma
injeção venenosa. Até aquele instante, Maximiliano, esquecido de si,
consolava seus colegas, suavizando-lhes as penas. Após o término da
Segunda Grande Guerra, começou um movimento pela beatificação do Frei
Maximiliano Maria Kolbe que ocorreu em 17 de outubro de 1971, pelo
Papa Paulo VI.
Franciszeck Gajowniczek sobreviveu. No dia 10 de outubro de 1982
estava presente à solene canonização de Frei Maximiliano Maria Kolbe,
pelo Papa João Paulo II, dando testemunho mais uma vez do heroísmo de
seu “salvador”. O corpo de Maximiliano foi cremado e suas cinzas
atiradas ao vento. Numa carta, quase prevendo seu fim, Frei
Maximiliano escrevia: “Eu queria ser reduzido a pó pela Imaculada e
espalhado pelo vento no mundo!” Assim se deu! Aquelas cinzas foram
levadas pelo vento do Espírito ao mundo, suscitando fecundos germes de
vida e de renascimento. Verdadeiro mártir da caridade, do amor que
salva e dá vida.“Toda a vida de Maximiliano está marcada pelo encanto
de duas coroas: a coroa branca da inocência e a coroa vermelha do
martírio. O branco e o vermelho, cores da bandeira polonesa, símbolos
da Imaculada e do Espírito Santo, da pureza e do amor, são as cores
desta vida exemplar, a bandeira de uma humanidade mais autêntica e
mais fraterna”, assim comenta Luciano Marini no “L’Osservatore
Romano”, no dia 10 de outubro de 1982.
A memória deste santo radioamador foi incluída como obrigatória no
calendário litúrgico, assim, o dia 14 de agosto passa a ser o dia de
reverência a SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE.
Fonte: Memorial Landell de Moura
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