ARLA/CLUSTER: India pode vir a colocar astronautas no Espaço

[João Costa > CT1FBF]

Foguete passa teste e abre a porta do Espaço a astronautas da Índia

QUINTA-FEIRA, 18 DEZEMBRO 2014 12:26 | JOÃO MIGUEL RIBEIRO (PT JORNAL)

A Índia já pode colocar astronautas no Espaço. A potência asiática
testou o GSLV MK-III, o maior foguete espacial concebido no país e que
dispõe de um módulo para astronautas. Para já, o GSLV MK-III vai
servir para levar os satélites mais pesados.

A quarta potência espacial a colocar uma sonda em Marte (a Mangalyaan)
tem agora um foguete espacial capaz de levar uma tripulação.

Entre ontem e hoje, a Índia testou com sucesso o GSLV MK-III: com 630
toneladas e 42,4 metros de comprimento, é o maior foguete espacial
construído no país.

O GSLV foi lançado a partir do Centro Espacial Satish Dhawan, em
Sriharikota, no estado de Andhra Pradesh, e o módulo capaz de albergar
uma tripulação “caiu de maneira segura na baía de Bengala, perto das
ilhas Andamão e Nicobar”, de acordo com um comunicado da Organização
Indiana de Pesquisa Espacial (IRSO, na sigla internacional).

O teste realizado entre ontem e hoje visava apurar a segurança do
módulo para voo tripulado, descrito como “um pequeno quarto” com
capacidade para “dois ou três” astronautas, em especial durante a
reentrada na Terra e na aterragem.

O GSLV MK-III passou também no teste da capacidade de carga,
permitindo à Índia colocar em órbita os satélites mais pesados.

“É um dia muito significativo na história espacial da Índia”, afirmou
K Radhakrishnan, o presidente da IRSO, citada pela NDTV.

As autoridades políticas não perderam tempo a aproveitar o balanço
positivo da missão, isto depois da Índia já ter superado os vizinhos
China e Japão na corrida a Marte: a par dos indianos, só EUA, Rússia e
União Europeia conseguiram colocar uma sonda em solo marciano.

“O bem-sucedido lançamento do GSLV MK-III é outro triunfo do
brilhantismo e dos duros esforços de nossos cientistas. Parabéns pelos
vossos esforços”, afirmou o primeiro-ministro, Narendra Modi.