Fw: ARLA/CLUSTER: Norte Geografico e Norte Magnetico

João Granger ct1eou gmail.com
Quarta-Feira, 9 de Outubro de 2013 - 18:22:31 WEST


Ainda sobre Nortes

    Normalmente nas cartas e não os mapas, as referências são sempre 
geográficas, uma carta, ao contrário de um mapa, segue regras de projecção e 
é conforme a uma determinada norma que determina quais os tipos de erros e 
distorções que essas normas originam. A título de exemplo, a projecção de 
Mercator, sendo a mais conhecida na representação do nosso planeta, 
apresenta os meridianos paralelos, o que não corresponde à realidade uma vez 
que, apenas no equador isso se verifica, ao mesmo tempo altera grandemente a 
escala e distorce a proporção das áreas, essa distorção é tanto maior quanto 
maior a latitude.
    Nas cartas, tipicamente as linhas sólidas, representam meridianos e 
paralelos verdadeiros pelo que para a sua conversão em valores magnéticos 
terá de ser adicionada a declinação para o lugar em casa como muito bem 
refere.
    Assim sendo, e no caso do rotor, a referência que pretende obter deverá 
ser sempre a do norte geográfico uma vez que esse nunca se altera e está 
sempre referenciado nas cartas. Pessoalmente nunca vi cartas que tivessem a 
"distorção" provocada pelas diferentes declinações magnéticas em conta. 
Garantidamente seria uma representação do nosso planeta muito diferente da 
que conhecemos.

-----Original Message----- 
From: João Costa > CT1FBF
Sent: Wednesday, October 09, 2013 5:37 PM
To: Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER
Subject: ARLA/CLUSTER: Norte Geografico e Norte Magnetico

Caro Gil (CS7ABF)

Por convenção, o alinhamento vertical dos mapas aponta sempre para o
Norte verdadeiro ou geográfico.

Ter em atenção que se devem sempre usar mapas de projecção azimutal ou
mesmo globos e não planisférios, pois estes apresentam sempre
deformações e no nosso caso podem mesmo induzir facilmente em erro no
caso dos contactos distantes em HF. Como sabemos nos planisférios,
também conhecidos por mapas mundi, estes realizam  a representação do
globo terrestre no papel, porém em forma plana, embora a sua cópia
mais fiel seja no globo, pelo fato de o planeta ser esférico..

Para que uma bússola possa apontar para o Norte verdadeiro, é
necessário fazer uma correção.  A Declinação Magnética varia
anualmente  e no Continente é actualmente cerca de 4ºW (Norte
magnético está para Oeste do Norte geográfico, ou seja é negativo).
Nos arquipélagos da Madeira e dos Açores ronda respetivamente 6ºW e
12ºW.

O campo magnético além de não ser homogéneo, sofre variações no tempo.
Essas variações podem ser curtas no tempo ou de longa duração. As
primeiras são principalmente derivadas da atividade solar e da sua
interação com a ionosfera e a magnetosfera da Terra. Como exemplo
temos as variações diárias, as tempestades magnéticas (que podem dar
origem às auroras boreais), os impulsos magnéticos, etc. Às variações
mais lentas que têm a sua origem no interior do núcleo externo dá-se o
nome de variação secular.

João Costa (CT1FBF)

Em 9 de outubro de 2013 15:22, Antonio Eduardo Almeida Gil Silva
<cs7abf  gmail.com> escreveu:
> Boas tardes
> Gostaria decorar uma questão ao fórum
> Um rotor numa torre ou outro, mastro por exemplo
> É sempre orientado a norte
> A minha questão é saber quando os colegas montaram o mesmo se orientaram a
> norte com ajuda de uma bússola e assim temos o norte magnético
> Ou se por ventura descontaram em graus e orientaram os vossos rotores
> segundo o norte cartográfico
> Obrigado
> Cs7abf
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