ARLA/CLUSTER: O velho problema do ALC explicado

[João Costa > CT1FBF]

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Carlos Mourato <radiofarol  gmail.com>
Data: 4 de outubro de 2013 13:52
Assunto: Re: [CT-Com. & Tec.] O velho problema do ALC explicado
Para: ct-comunicacoes-e-tecnologias
<ct-comunicacoes-e-tecnologias  googlegroups.com>


Muito boa tarde a todos.

Tenho estado a seguir este debate com alguma atenção. No entanto ainda
ninguém se referiu a um parâmetro importante. A distorção por
intermodulação.

 É certo que muitos amadores não se preocupam com isso, até porque
desconhecem o que isso é.  Para exemplificar, e para que todos
entendam, vou dar o exemplo de um PA de áudio, que é em tudo igual à
RF.

Imaginem um PA de áudio com 100W de pico a funcionar a 25W. temos um
som límpido e uma distorção harmônica total despresivel. Agora vamos
aumentar o som no pre-amplificador de modo a que o PA fique
sobrexcitado em 3dBs, ou seja, o dobro do necessário ( Em RF por
exemplo é passar de 40W para 80W ) então vamos verificar que a saída
não passou de 25 para 50W, mas ficou por exemplo por 40W. aqui a
potencia nominal não aumentou, mas aumentaram as harmônicas passando a
notar-se alguma distorção por compressão.

Se voltamos a aumentar o drive em 3dbs, a potencia nunca atingirá os
80W mas as harmônicas vão aumentar 3dBs. Para que o amplificador
debite 100W teremos de aumentar o drive em cerca de 10dB enquanto a
saída se limitou a aumentar 6 dbs na melhor das hipóteses. Quer isto
dizer, que metade da potencia nominal está comprimida, mas as
harmônicas continuam a aumentar na devida proporção.

Neste ponto o amplificador de áudio, tem um som que é uma desgraça.,
mas lá barulho faz ele!.

Agora apliquem tudo isto aos PAs de RF e vejam os mesmo resultados.

Existe muita gente que gosta de ver ponteirinhos no máximo, mas
esquecerm ( talvez por desconhecimento) a regras básicas da
amplificação de um sinal. Compressão é igual a distorção.

O ALC quando actua é porque foram ultrapassados os limites para o qual
estava ajustado. Uma operação em condições, não deve desenvolver
tensão de ALC. Mas covem ter em conta o ajuste do ALC...Estará ele bem
ajustado???...Se tiver-mos um PA com capacidade de 500W PEP e estiver
limitado a 100W, então está mal ajustado. Assim como também estará mal
ajustado um PA com capacidade de 150W PEP estar a limitar a 140W.

Para terminar, A potencia PEP é igual a potencia máxima da portadora
em CW. Um PA que debite 100W em portadora constante não deve
ultrapassar essa potencia em PEP. Quando se lê a potencia com um
wattmeter sem detector de picos, a leitura é pouco superior a 1/4 da
PEP, ou seja: Num equipamento de amador convencional, a potencia lida
num wattmeter average anda entre os 25 e os 30W.

A potencia de excitação de um PA, seja a válvulas ou a transistores,
depende de tantos factores, não só ligados ao elemento activo, seja
válvula ou transistor, mas também à adaptação de entrada e saída, ou
atenuadores existentes etc etc etc!!!

73 de CT4RK



Cumprimentos: CT4RK  Carlos Mourato - Sines - Portugal

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