ARLA/CLUSTER: Artigo para a lista ARLA/CLUSTER.

[David Quental]

Segue texto do artigo:

Quota variável ? Sim ou não.

Desde muitos anos atrás que tem havido sócios que perguntam porque têm 
que pagar uma quota completa se há alguns serviços que não usam ou não 
têm interesse, e no tempo como o atual, de crise e dificuldades, se 
agudiza. Serviços tais como o tráfego de QSL, da revista, da página web, 
etc, os quais estão contemplados no nosso Regulamento Interno e como 
consequência de cumprimento obrigatório.

Para responder a esta questão só há que ver à nossa volta e ver alguns 
exemplos.

Se eu vivo no rés-do-chão tenho que pagar a manutenção do elevador ?Se 
não uso os transportes públicos subvencionados posso reduzir nos meus 
impostos ? Posso colocar no seguro o lado direito do meu carro que é o 
lado que tem mais riscos ? Há muitos outros casos iguais e a resposta a 
estas perguntas é um não evidente.

Recentemente eliminamos a isenção das quotas que foi feita no ano de 
1984, ano em que éramos cerca de 16.000 sócios e que durante os anos 
seguintes rondava os 21.000 sócios. Anos de bonança económica que por 
desgraça não acontece na atualidade. Manter esta situação era injusto, 
injusto para os muitos sócios que apesar das dificuldades esforçam-se em 
pagar as quotas.

Como o seu nome indica, a URE é uma união, uma união de esforços 
encaminhados a conseguir e a proteger um bem comum, uma união para ter 
uma melhor posição de diálogo com a Administração, uma união para 
inter-relacionar experiências e conhecimentos, uma união para ensinar 
aos mais novos, etc. O esforço que individualmente realizamos cada um de 
nós faz grande o coletivo. E tudo isto por uma quota anual menor do que 
custa uma bica por semana. A nossa estrutura está cimentada na 
colaboração solidária de todos os associados e a quota anual é o único 
meio de manter essa união e chegar para realizar os seus objetivos. A 
intenção de modificar a URE para uma empresa de serviços só servirá para 
a debilitar até ficar inoperante.

Podemos, e já o estamos a fazer, fracionar a quota para facilitar o 
pagamento da mesma a todos os que manifestam as suas dificuldades e 
desejam continuar connosco.

Talvez nos falta desenvolver esse sentimento de pertença à associação 
que possivelmente outros têm e que explica em parte o seu crescimento. A 
URE somos todos e as coisas da URE são as coisas de todos, assim 
deveríamos sentir, e o mais importante, assim deveríamos transmitir a 
todos os que estão à nossa volta.

(tradução livre de CT1DRB David Quental)


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