ARLA/CLUSTER: Nº DE PETICIONÁRIOS PELA ONDA CURTA CAMINHA PARA 1590.
João Gonçalves Costa
joao.a.costa ctt.pt
Terça-Feira, 5 de Junho de 2012 - 11:56:07 WEST
LEIS E DOCUMENTAÇÃO RELACIONADAS
em http://www.facebook.com/samuelornelas
PETIÇÃO PÚBLICA PELA ONDA CURTA:
Alguns dos cerca de mil e 590 signatários (portugueses, na maioria, e estrangeiros, falantes ou não de português) apelam de forma dramática a que a RTP mantenha ou reponha a Onda Curta, suspensa a 1 de junho de 2011.
A petição via Internet "Manter a onda curta RTP Internacional RDP Internacional" alerta para o facto de, sem esse meio de longo alcance, muita gente em todo o mundo deixar ou ter deixado de ouvir a RDP - Radiodifusão Portuguesa, obrigada a prestar serviço público por contrato com o Estado.
A provar a força da Onda Curta, um inquérito da Rádio de Espanha revela que, fora do país, são 66% os que a ouvem por Onda Curta. Os restantes ouvem-na pela Internet ou por receção de satélite. A Rádio Exterior de Espanha mantém emissão portuguesa por Onda Curta.
A petição pela Onda Curta da RDP, atrás referida, está disponível através do site:
http://www.peticaopublica.com/peticaover.aspx?pi=p2011n9010
Há signatários que dela se fazem eco através do Facebook e sugerem que a alegada redução de custos se faça de outra forma. Por exemplo com a suspensão da Onda Média, esta sim dispensável por ter alcance restrito e por já não ser ouvida, em favor do FM, que cobre Portugal Continental, Açores e Madeira.
A petição, que com 2 mil assinaturas pode ser debatida pelo Parlamento, foi lançada por ouvintes da RDP Internacional, preocupados por perderem o contacto com Portugal, a cultura lusófona e o desporto (em especial os relatos de futebol).
O tema está também a ser debatido pelo forum www.forum.ondasdaradio.com/nacionais/emissao-em-onda-curta-da-rdp-internacional-suspensa-temporariamente e por numerosos blogs e sites c/ sede em variados países, os quais lembram os largos milhares de pessoas (falantes da língua portuguesa e não só) que dispõem apenas da Onda Curta como forma de ouvirem a RDP:
camionistas (a quem eram indicados os trajetos congestionados e os alternativos), tripulações e passageiros de barcos (de pesca, turismo e recreio) e habitantes de locais onde as outras tecnologias não existem ou são de custo incomportável (como em quase toda a África e em grande parte da Ásia, da América Latina e Caraíbas).
Acresce que, em certos países, regiões ou localidades, a lei proíbe instalar antenas parabólicas em casas particulares.
Alguns internautas criticam a falta de solidariedade dos responsáveis da atual RTP, que resultou da fusão c/ a RDP, pelo facto de esta última, sozinha como empresa, ter supéravit.
Por isso a suspensão da Onda Curta nunca lhes passou pela cabeça aos gestores da extinta empresa pública RDP, SA, paga pela taxa de radiodifusão e indemnização compensatória do Estado pelo serviço público prestado.
A petição pública online em curso junta-se a milhentas mensagens escritas e enviadas por e-mail ou carta tradicional à administração da RTP, ao Provedor do Ouvinte e a profissionais da RDPI. E junta-se também aos milhentos protestos publicados no Facebook e em numerosos blogs e sites. E a este conjunto somam-se centenas e centenas de telefonemas para a sede da RTP em Lisboa e para profissionais e a própria RDP Internacional.
Diminuição de custos e número reduzido de ouvintes e tecnologias como Internet, satélites e redes de TV por cabo foram argumento para a RTP propôr à anterior tutela (Ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão) a suspensão da emissão por Onda Curta, efetiva desde 1 de junho de 2011. Decisão que foi mantida pelo novo Governo, através da respetiva tutela (Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas).
Agradeço a sua atenção.
Samuel Ornelas, jornalista da RDP.
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