ARLA/CLUSTER: Dipolo eléctrico de Hertz, o Pai da Rádio (e agora?)

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Quinta-Feira, 23 de Fevereiro de 2012 - 12:03:36 WET


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: cr7abq <cr7abq  sapo.pt>
Data: 22 de Fevereiro de 2012 23:02
Assunto: Dipolo eléctrico de Hertz, o Pai da Rádio (e agora?)

Boa noite Caros Colegas;



Permitam-me um comentário e uma reflexão que me parece tão devida
hoje, dia 22 de Fevereiro, como merecida.



Passaram 155 Anos do nascimento do Sr. Heinrich Rudolf Hert, que como
é do conhecimento geral foi a individualidade que em primeiro lugar na
História demostrou na prática que eram possíveis comunicações com base
em ondas de natureza eletromagnética. Como alguns gostam de referir "O
pai da rádio" que "encurtou as distâncias" de forma tão generalizada
como profunda na nossa sociedade.



O Dipolo de Hertz construído entre 1886 e 1889, foi a primeira antena
que se conhece e passados 155 anos continua a estar na base de muitas
das antenas que utilizamos, tratando-se da primeira referência base a
que ainda vulgarmente referimos algumas unidades de medida como dBd
para o Ganho ou a Directividade.



Diria que "O pai da Rádio" foi efetivamente Maxwel, que com as suas
equações (talvez as mais impressionantes de todos os tempos) veio
mostrar-nos todos os princípios de funcionamento da Rádio na sua
vertente de propagação de ondas eletromagnéticas. Tudo o que
conhecemos hoje sobre propagação de ondas e sua descrição detalhada
está nas suas equações, todas as antenas que usamos são totalmente
explicadas pelas mesmas e com um rigor sem paralelo. Para os menos
familiarizados com o tema, se aplicarem com rigor as suas equações
chegam a resultados calculados com erro nulo em relação ao que podem
medir na prática.  Recordemos que ainda Einstein não tinha nascido, já
estas equações tinham implícita a teoria da relatividade! Esta
observação foi constatada pelo próprio Einstein quando as estudou e
tentou corrigir concluindo assim que elas já estavam de acordo com a
sua teoria. Tanto quanto sei as únicas nesta situação.



Faltava apenas alguém que mostrasse que tudo o que já sabíamos sobre
rádio (e não era pouco), podia de facto existir na realidade e
permitir as tão uteis, desejadas telecomunicações. Esse alguém foi
Hertz.





Finalmente e não menos importante, uma curtíssima reflexão. Sobre esta
sugiro que olhemos um pouco para o futuro, tendo por base a
experiência do passado. Também hoje existem conjuntos de equações que
preveem virmos a ter a possibilidade de criar redes de
telecomunicações já muito bem descritas teoricamente, com natureza
não-eletromagnética e com vantagens soberbas sobre estas que usamos
hoje (imaginem por exemplo que uma forma de energia em que a
propagação as antenas não sofressem atenuação por obstáculos - todos
estávamos sempre em minha de vista) . O futuro da rádio pode muito bem
passar por estas formulações, apenas teremos de esperar que apareça o
Heinrich Rudolf Hert dos nossos dias. Alguém que consiga com o seu
engenho e dedicação colocar em prática o que já sabemos mas ainda não
fomos capazes de construir. Não me refiro a desenvolvimentos
tecnológicos ou a um simples aprofundamento de comunicações digitais,
onde a base é exatamente a mesma da utilizada em fonia e apenas
técnicas de modulação (binária ou outras mais elaboradas) são
exploradas. Não! Refiro-me á utilização de energias ondulatórias de
natureza diferente da agora já comum (que tem por base a carga do
eletrão e o seu movimento acelerado).



Cumprimentos ou se preferirem

73's!

Paulo




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