ARLA/CLUSTER: Notícias da AMRAD: Exercício de Protecção Civil

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Domingo, 6 de Novembro de 2011 - 12:30:55 WET


As grandes concentrações de populações em adição com os urbanismos
muito pouco ou tremendamente mal planeado, que nunca foram planeados e
que acabaram por crescer enviesados e sem controlo prévio, estão a
contribuir para a deterioração do ambiente natural e criaram
sociedades vulneráveis às catástrofes naturais como tem sido
demonstrado nas calamidades naturais que ocorrem em território
nacional, quer no continente, quer nas regiões autónomas, são disso
infeliz exemplo, o que tem acontecido aqui e noutros países.

A população da grande região metropolitana de Lisboa e de outras
metrópoles nacionais cresceram exponencialmente em apenas 50 anos,
mais de 87% da população nacional vive na região litoral do país,
abandonaram as regiões do interior norte e sul. São exemplo disso: os
concelhos de Sintra e Amadora, Loures e Odivelas, Almada, Lisboa,
Cascais e Oeiras entre muitos outros. Para tanto nunca foram criadas
nem corrigidas pelas autarquias as infra-estruturas necessárias à sua
adequada sustentabilidade e prevenção.

É oportuno questionar o que pode vir a ocorrer no Cacém, Queluz ou
Massamá, em Carnaxide, Linda-a-Velha, Algés, Dafundo e Miraflores,
durante e depois de um abalo sísmico, como se escapam, que vias de
fuga e que refúgios dispõem então, quem socorre tais populações, que
planos de emergência existem, e que tenham sido cabalmente testados,
corrigidos e comprovados, que pessoas qualificadas e treinadas existem
para tais funções. Nunca o saberemos, nem sequer se tais calamidades
vieram a ocorrer.

A AMRAD e dezenas de outras APR possuem há vários anos, Protocolos
celebrados com a Autoridade Nacional de Protecção Civil - ANPC, mas
desconhecem que procedimentos terão de assumir, caso ocorra um
desastre natural, e menos ainda, não sabem sequer como se devem
articular com os organismos de protecção civil distritais e
municipais.

Depois de tantos milhares de hectares de solos impermeabilizados,
esperemos que nada de anormal venha a acontecer, agora que entramos em
estação de Outono e Inverno.

Entretanto, vamos fazendo campanhas de sensibilização, suscitando os
incautos e fazendo exercícios regulares sem nenhuma articulação com
autoridades nacionais e autárquicas.


Fonte: Associação Portuguesa de Amadores de Rádio para a Investigação
Educação e Desenvolvimento.




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