ARLA/CLUSTER: “Emoção” faz o Radioamador diferente da Internet

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Segunda-Feira, 7 de Fevereiro de 2011 - 10:46:47 WET


“De certo modo, não faz muito sentido o radioamadorismo continuar prosperando na era do Twitter, Facebook e iPhones”, é assim que a WIRED Magazine, uma das mais maiores publicações sobre tecnologia do mundo, abre o artigo especial “Why ham radio endures in a world of tweets” [Porque o rádio persiste em um mundo de twitters].

O artigo é muito bem escrito e perspicaz. Ele aborda de uma maneira leve os principais aspectos do nosso hobby em comparação com as modernas formas de comunicação a disposição na Internet e como estamos sobrevivendo a modernidade após um século.

Um trecho deixa claro o que realmente nos diferencia das demais formas de comunicação modernas:
“Para começar, há uma emoção mágica ao estabelecer uma conversa pelo rádio entre duas pessoas distantes que nenhuma comunicação via Internet mercantilizada pode competir”.

O texto discorre sobre nossas gírias – especialmente nosso 73, nossa tradição em trocar de cartões QSL, como obter a licença e enfatiza nosso papel durante tragédias recentes como o 11 de setembro e o terramoto no Chile e Haiti.

Já no final, o autor escreve: 
“Mas não é simplesmente o romantismo de colecionar cartões que continua a inspirar os DXistas, sem o desejo de se comunicar livremente. Em vez disso, os radioamadores falam orgulhosos sobre pertencerem a uma “irmandade mundial”, com poucas regras e burocracia, e da habilidade de transcender idiomas, religião e raça – enquanto nunca sabem ao certo quem será o próximo contato”.

E finaliza assim: 
“You can tweet all you like, but this is the way to communicate” 
[Você pode twittar a vontade, mas esta é a maneira de se comunicar].


Fonte: Luciano 'Luc' Moreira (PY8AZT) em DXBrasil.



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