Re: ARLA/CLUSTER: O radioamadorismo e a "heresia" da protecção civil

Jorge Santos ct1jib gmail.com
Sexta-Feira, 30 de Dezembro de 2011 - 15:07:39 WET


Boa tarde.

Mas só como "colaboradores" colega, esta é a verdadeira razão de ser de um
amador de rádio, auxiliar quando for solicitado, e nunca antes.

Bom Ano de 2012.

2011/12/30 Ricardo Lopes <ricardoarlopes  gmail.com>

> mas nas situações de verdadeira emergência eles lá têm estado na linha da
> frente as pessoas tem memória curta
>
> 2011/12/30 Eduardo A - CT1EEW <ct1eew  gmail.com>
>
>> Bom dia António Vilela,
>>
>> Deveras um texto digno de ser lido!!
>>
>> Simplesmente soberbo!!
>>
>> Resumindo e concluindo:
>>
>> 1º Quem quer ser protector civil, vai para bombeiro, inscreve-se como
>> voluntário na ANPC etc.
>> 2º Os pretensos protectores civis devem deixar de usurpar as frequências
>> e recursos dos radio-amadores com reservas para isto e para aquilo.
>>
>> E por assim ser estes protectores civis amadores que escolham outras vias
>> que não a dos radio-amadores para satisfazer os seus interesses!!
>>
>>
>> 73
>> Eduardo A.
>> CT1EEW - CT01110
>>
>>
>> Enviado do meu MacBook Pro
>>
>> A 30/12/2011, às 00:57, AV escreveu:
>>
>> Há várias razões para este assunto da protecção civil incomodar os
>> radioamadores.
>>
>> 1. As comunicações de emergência não são actividades de radioamadorismo.
>> Embora desde sempre os amadores tenham usado os seus recursos para
>> interceptar, reportar e intervir em situações de emergência simplesmente
>> "porque podem", isso não torna essa actividade um fim do radioamadorismo.
>>
>> 2. Os radioamadores não são protectores civis.
>> Não têm formação, não têm treino, mas mais importante do que isso, não
>> têm disciplina nem disponibilidade nem, na maior parte dos casos, vontade.
>> Em ocorrências reais facilmente se tornam um empecilho e não se pode
>> confiar que apareçam se forem chamados.
>> Colocar uma responsabilidade dessas sobre um radioamador é muito
>> deslocado e injusto. Há dias um colega referia que apesar das associações
>> desenvolverem algum trabalho, os voluntários não aparecem. Pouco me espanta.
>>
>> 3. A julgar pela "voz do povo", os meios da protecção civil, quer oficial
>> quer amadora, estão infestados de gente que não merecem grande confiança.
>> Parece que este meio é conflituoso e cheio de esquemas, politiquices e
>> interesses.
>> A cada passo lemos aqui mensagens de colegas ou associações reclamando
>> que muito se prometeu e nada se cumpriu, que foram ou não foram convocados
>> para este ou aquele exercício, e também não faltam histórias de
>> organizações que "exploram" este mercado em benefício próprio ou de alguns.
>> Para muitos amadores, a ideia de se ver associado a semelhante cáfila é
>> assustadora.
>>
>> 4. Há pessoas que defendem a integração da protecção civil no
>> radioamadorismo. Trata-se de pessoas que já têm em si esse interesse e que
>> também são radioamadores. Pensam com toda a naturalidade que podem tirar
>> partido do dos meios do radioamadorismo para desenvolver as suas
>> capacidades protectoras, e fazem tudo para promover essa ideia.
>>
>> 5. Outras pessoas ainda, vêem na protecção civil uma forma adicional de
>> sustentar a sobrevivência do radioamadorismo, seja pela conquista de novos
>> praticantes com interesse nestas novas actividades, seja pela promoção da
>> ideia de radioamadorismo como serviço público.
>>
>> O radioamador comum foge a sete pés destas coisas todas e com boas
>> razões.
>>
>> Como se está a verificar hoje em dia nos EUA, as tais novas aquisições
>> que fazem as delícias da ARRL têm contribuido pouco para o radioamadorismo.
>> É um bando de protectores, eventualmente bem organizado mas muito mal
>> informado, que obtêm as suas licenças de forma fraudulenta e impostora e
>> que pilham os recursos dos radioamadores para fins que nada têm a ver com o
>> radioamadorismo. São uns parasitas.
>>
>> E quanto ao serviço público, também aí há umas palavras a dizer. Ninguém
>> espera que os radioamadores prestem este tipo de serviço. Os objectivos do
>> radioamadorismo estão bem definidos desde há 85 anos e não incluem a
>> prestação de serviços de comunicação a terceiros, mesmo de emergência. Esse
>> trabalho é responsabilidade de outros e não existe delegação aos
>> radioamadores para o executarem.
>>
>> E é aqui que reside a heresia que tantos arrepios causa ao amador mais
>> corajoso quando se fala em "comunicações de urgência ou de emergência",
>> mesmo quando exercidas apenas voluntariamente por alguns radioamadores. Não
>> serão o CT1XXX ou CT2YYY a prestar esse serviço ou a efectuar essas
>> comunicações. Serão "os Radioamadores", e isso é que é intolerável para
>> muitos.
>> Aquilo que hoje é um gesto de boa vontade ou sobrevivência e demonstração
>> heróica de aptidões, amanhã é um serviço que se exige ser feito e que pode,
>> e deve, ser escrutinado.
>> Não tarda nada temos uma organização montada, com "listas, localizações,
>> meios, contactos", exercícios e avaliações, e até já aqui se sugeriu que a
>> isso somos obrigados pelo nosso novo regulamento.
>>
>> Isto não quer dizer que os radioamadores não possam ter actividades desta
>> natureza, quer por iniciativa própria em caso de necessidade quer quando
>> solicitados. Não há amador que se negue a isso, tenho a certeza. Convém no
>> entanto deixar claro que não é essa a sua função na sociedade.
>> Tal como os militares podem ser chamados a apagar fogos nos casos mais
>> graves no pino do verão, convém que se saiba que não é essa a função deles
>> e que servem para outras coisas.
>>
>> Mas então para que servem os radioamadores?
>> Como aqui lembrou sabiamente o colega Gamito, servem para "se instruirem
>> a si próprios, para se intercomunicarem e para efectuar estudos técnicos, a
>> título unicamente pessoal e sem interesse pecuniário"
>> A sociedade, no seu todo, investe nisto alguns recursos e sem dúvida que
>> espera resultados, que têm sido fornecidos ao longo dos anos.
>>
>> Ainda recentemente houve mais um exemplo disso que vem bem a propósito
>> aqui referir.
>> Dos vários exercícios de protecção civil que vão ocorrendo ao longo do
>> ano, houve um promovido ou organizado pelo SMPC de Sintra no qual
>> participaram algumas organizações de radioamadores. Destas, houve uma que
>> se destacou de forma muito proeminente ao proporcionar a transmissão de
>> imagem através do repetidor de TVA de Sintra.
>> Enquanto os outros vão lá fazer o mesmo que os protectores civis já
>> fazem, e melhor, a LARS levou o produto dos tais "estudos técnicos" feitos
>> por radioamadores ao conhecimento e à utilização em primeira mão pelos
>> verdadeiros agentes de protecção civil, para que possam experimentar e ver
>> e daí tirar as conclusões que entenderem.
>>
>> É para isto que servem os radioamadores.
>>
>> 73,
>> António Vilela
>> CT1JHQ
>>
>>
>> 2011/12/26 CT1GZB - José Luís Proença <ct1gzb  netcabo.pt>
>> <...>
>> Não consigo entender que colegas achem uma “heresia” que alguns
>> radioamadores queiram voluntariamente se dedicar às comunicações de
>> emergência e urgência.
>>  <..>
>> _______________________________________________
>> CLUSTER mailing list
>> CLUSTER  radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>>
>>
>>
>> _______________________________________________
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>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>>
>>
>
> _______________________________________________
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73's

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