ARLA/CLUSTER: Não estará na hora de se activar uma ionosonda em Portugal?

Terça-Feira, 26 de Abril de 2011 - 16:54:31 WEST

Boa tarde Pedro Ribeiro, CR7ABP.

Por mim era para ontem, de se activar uma ionosonda em Portugal.

Da minha parte, contactei o Dr. Benito A. de la Morena Carretero - Jefe Estación de Sondeos Atmosféricos "El Arenosillo" da INTA/CEDEA em Huelva, que me informou:

" ... tenemos averia y estamos intentando resolverla. Muchas gracias por la intermediación."

Entretanto o Carlos Mourato, CT4RK até já se voluntariou para ir lá resolver os problemas no emissor e antena, mas ao que parece a coisa passa por um financiamento do Estado espanhol para pôr a coisa novamente a funcionar.

Da minha parte, até estou disposto dentro dos meus escassos recursos financeiros, a contribuir para os custos e recursos que serão necessários à criação de uma sonda dessas em Portugal.

João Costa, CT1FBF

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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Pedro Ribeiro
Enviada: terça-feira, 26 de Abril de 2011 16:30
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Cc: "João Costa > CT1FBF"
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Radiotelescópio da Pampilhosa da Serra foi inaugurado oficialmente a 10 de Abril de 2011.

A propósito do assunto, não estará na hora de se ativar uma ionosonda em Portugal?

Na península ibérica, que saiba só se encontra atualmente ativa a sonda de Roquettes/Terragona ( http://dgs.obsebre.es/ ), a de Huelva ( http://iono.inta.es/ ) ou esta completamente fora de serviço ou não tem os dados publicados na web como acontecia no passado.
O quão representativa é a atual (Roquettes) das condições ionosféricas por cima deste lado da península?

Que custos e recursos serão necessários à criação de uma sonda dessas?

Imagino umas quantas áreas das ciências (para além de nós) que iriam com certeza rentabilizar o recurso.

73!

On 26-04-2011 15:21, João Costa > CT1FBF wrote: 

	Radiotelescópio da Pampilhosa pronto a estudar radiação cósmica de fundo

	O radiotelescópio instalado em Fajão, Pampilhosa da Serra, está pronto
	a recolher dados para estudo da radiação cósmica de fundo, entendida
	como vestígio dos primeiros momentos do Big Bang. A antena de nove
	metros, iniciativa de Domingos Barbosa, investigador do Instituto de
	Telecomunicações da Universidade de Aveiro, trabalhará no âmbito de um
	projecto internacional em que participa o Prémio Nobel da Física 2006,
	George Smoot.

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	O radiotelescópio instalado em Fajão, Pampilhosa da Serra, por
	iniciativa de Domingos Barbosa, investigador do Instituto de
	Telecomunicações da Universidade de Aveiro, foi inaugurado
	oficialmente a 10 de Abril e está pronto começar a medir a radiação
	cósmica de fundo do Universo, no âmbito de um projecto internacional.

	A radiação cósmica de fundo tem sido interpretada como um vestígio do
	Big Bang, a origem do Universo. O mapeamento desta radiação, por
	George Smoot, investigador do Lawrence Berkeley National Lab da
	Califórnia, através do satélite COBE, valeu o Prémio Nobel em 2006.
	Antes da distinção, Domingos Barbosa esteve a fazer uma pós-graduação
	com Smoot. Perante a necessidade de encontrar um local no hemisfério
	norte para o estudo e mapeamento da radiação cósmica de fundo
	(Projecto GEM – Galactic Emission Mapping), à semelhança do que
	decorria no Brasil, surgiu a ideia de instalar a antena em Portugal. A
	procura do local em Portugal levou Domingos Barbosa a escolher um cume
	na freguesia de Fajão, Pampilhosa da Serra.

	Para além da antena de nove metros de diâmetro, agora inaugurada e
	oferecida pela Portugal Telecom, está ainda prevista a instalação de
	uma outra com o mesmo diâmetro naquele local, a inaugurar no próximo
	ano, e para estudos do sol a realizar por investigadores da Faculdade
	de Ciências da Universidade do Porto, com dados a enviar para os
	centros da ESA. O equipamento já instalado permitirá a recolha de
	dados a integrar no estudo para o qual tem contribuído o telescópio
	espacial Plank e que decorrerá até 2013, com coordenação geral da
	Agência Espacial Europeia (ESA). George Smoot também participa neste
	projecto.

	No projecto, financiado pela União Europeia, participam, do lado
	português, uma equipa de três investigadores do Instituto de
	Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro e ainda investigadores
	da Universidade do Porto e da Universidade de Évora. Entre as
	parcerias estrangeiras está o LBNL/U, da Califórnia, a Universidade de
	Milão, o INAF, de Itália, e o INPE do Brasil. Participam
	investigadores individuais do CalTech, na Califórnia, Imperial College
	e da Universidade de Paris.

	Para além da componente de investigação, complementarmente, existe uma
	componente de divulgação científica envolvendo a população escolar da
	Pampilhosa da Serra, município que mostrou um grande empenho
	aproveitar esta oportunidade para melhorar o sucesso escolar e
	contribuir para minorar o despovoamento do concelho, assinala Domingos
	Barbosa. Para isso, o programa de incentivo à ciência «Cientistas na
	Serra», acordado entre a UA (dinamizado pela Fábrica da Ciência Viva)
	e a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, durará até 2012.
	Complementarmente, será instalada uma antena de três metros de
	diâmetro (Small Radio Telescope, SRT) num âmbito europeu, neste caso,
	o programa designado «Hands on Universe» que se concretiza com a
	instalação de cinco pequenos rádiotelescópios na Europa que podem ser
	usados remotamente, durante o dia, pelas escolas.

	A necessidade de criar uma aplicação para controlo remoto da antena
	impulsionou um outro projecto para o desenvolvimento de protocolos Web
	de controlo remoto, a usar em plataformas como os smartphones. Neste
	outro projecto de desenvolvimento tecnológico a Universidade de Aveiro
	participará em parceria com a Universidade de Paris, a Universidade de
	Valência e ainda com colaborações no Reino Unido e Grécia.

	Fonte: Câmara Municipal da Papilhosa da Serra,
	http://www.cm-pampilhosadaserra.pt

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