ARLA/CLUSTER: 'SPACE HACKERS' – Um intrigante documentario.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 6 de Outubro de 2010 - 18:17:23 WEST


Caros colegas,

Hoje de manhã assisti a um interessantissimo documentário no canal
Odisseia intitulado " PIRATAS DO ESPAÇO ", que conta a historia de
dois jovens radioamadores italianos, os irmãos Achille e Giovanni
Battista Judica Cordiglia que na adolescência actuaram de forma
directa e concreta na interceptação das comunicações por rádio dos
primeiros vôos do programa espacial soviético e americano no início da
década de 1960.

O programa foi transmitido ontem às 21H00 e hoje às 09H00 e 14H00.

No You Tube estão disponíveis alguns vídeos deste documentario, que destaco;

01_Torino Top Secret Radio Judica Cordiglia
02_Torino Top Secret Radio Judica Cordiglia
03_Torino Top Secret Radio Judica Cordiglia
04_Torino Top Secret Radio Judica Cordiglia

João Costa, CT1FBF

Titulo Original: SPACE HACKERS

Em 1957, o mundo inteiro ficou impressionado com a missão Sputnik I, o
primeiro satélite artificial da história. Enquanto isso, nas colinas
de Turim, Itália, numa estação espacial privada chamada Bert Tower,
dois jovens irmãos - Achille e Giovanni Battista Judica Cordiglia -
tornavam-se nos precursores da pirataria. Com a ajuda do seu génio,
registaram todos os sinais de rádio provenientes do espaço durante
todo o período da Guerra Fria. Este documentário, baseado num arquivo
privado dos próprios irmãos, conta a fascinante e apaixonada história
destes feitos e mostra a conhecida saga da conquista espacial entre os
Estados Unidos e a ex-URSS de uma nova perspectiva.
(Sinopse do documentario no Canal Odisseia)

Mortes no espaço: os mistérios do programa espacial soviético nos anos 1960

Nem tudo sobre as aventuras iniciais do homem moderno no espaço foi
divulgado exatamente como aconteceu. Embora ainda hoje em dia exista
quem tenha dúvida de que o homem realmente foi à Lua , outros
mistérios mais profundos e que de fato deveriam suscitar reflexão e
dúvidas passam ao largo do conhecimento do público.

Os irmãos Gian e Achille Judica-Cordiglia, hoje respectivamente Mestre
e Mestre-Bibliotecário do WMBI de Turim, na adolescência atuaram de
forma direta e concreta na interceptação das comunicações por rádio
dos primeiros vôos (muitos deles secretos) do programa espacial
soviético no início da década de 1960.

Na época, as transmissões criptografadas de voz por rádio ainda não
estavam disponíveis amplamente, e a segurança das comunicações
baseava-se em manter secreta a freqüência na qual se dariam os
contatos. Mas os irmãos Judica-Cordiglia identificaram várias das
freqüências usadas, e assim acompanharam não apenas o vôo do primeiro
satélite artificial (o Sputnik), cuja freqüência de transmissão foi
amplamente divulgada, como as primeiras missões oficiais tripuladas da
URSS (com Gagarin) e dos EUA (com Glenn), e as posteriores, incluindo
a viagem original à Lua.

Mas a palavra “oficiais” no parágrafo acima tem uma forte razão de
ser: o programa espacial soviético era envolto em segredo, e o fato de
que o vôo de Yuri Gagarin, o “primeiro homem no espaço”, só ter sido
divulgado depois que ele já havia retornado em segurança, diz muito
sobre o modo como as coisas funcionavam do lado de lá da Cortina de
Ferro nestes assuntos - houve uma série de tentativas mal-sucedidas
antes da expedição do “primeiro homem no espaço”.

E foram justamente os irmãos Gian e Achille que captaram e gravaram
muitas das tranmissões destes vôos, preservando para a posteridade os
secretos últimos momentos, nunca reconhecidos (e, naturalmente,
negados oficialmente pela URSS) de uma série de heróicos cosmonautas
que deram à causa a maior contribuição ao alcance de qualquer ser
humano: suas vidas.

Algumas gravações do Acervo Judica-Cordiglia são emblemáticas:

Na noite de 19 de maio de 1961, a transmissão vinda do espaço informa
que a temperatura está aumentando a ponto de tornar-se intolerável,
descreve o surgimento de chamas ao redor do veículo, pergunta se isto
não é perigoso, e diz que está iniciando a reentrada - e a transmissão
nunca recomeça.

Em 28 de novembro do ano anterior, os irmãos haviam captado uma
transmissão humana de um sinal de SOS em código Morse, cujo ponto de
origem era o espaço, mas não de um veículo em órbita da Terra, e sim
de uma fonte continuamente se afastando, até tornar-se distante demais
para continuar a ser captada.

Em fevereiro de 1961, suas antenas artesanais captaram ainda a
transmissão dos sinais vitais de um ser humano agonizante, em uma
angustiante gravação.

A mais desesperada das gravações é a de 17 de maio de 1961, em que
duas vozes são ouvidas dizendo: “As condições estão piorando, por que
vocês não respondem? Estamos indo mais devagar… O mundo nunca ouvirá
falar de nós…”, e depois o silêncio. As mesmas palavras foram captadas
também por voluntários no Alaska e na Suécia.

Em um raro exemplo de mensagem com (parcial) confirmação oficial, em
28 de novembro de 1961 foi captada a transmissão repetida da mensagem
em Morse “SOS to the entire world”, proveniente de um veículo espacial
em movimento, e captada por voluntários na Alemanha e no Texas. Dias
depois a URSS confirmou o fracasso de uma experiência no espaço, mas
nada disse sobre a presença de tripulantes.

Fontes: Canal Odisseia e Blog Conspiração X.




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