ARLA/CLUSTER: A telegrafia na era moderna
Pedro Correia
pedrocorreia1111 hotmail.com
Domingo, 12 de Dezembro de 2010 - 20:00:02 WET
Tive conhecimento e ponderei muito ir frequentar este curso. Não o vou poder fazer, haverá certamente outras opurtunidades noutros sítios.
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Pedro CT2GET
Date: Sat, 11 Dec 2010 13:28:04 +0000
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: A telegrafia na era moderna
From: ct1czt gmail.com
To: cluster radio-amador.net
Caro Colega,
Partilho as suas alegrias e angústias. Compreendo-o, como compreendo a envolvência da questão.
Re-informo-o a si e a outros colegas, para o caso de ter(em) lido neste cluster, de que estão abertas inscrições para a frequência de um curso de morse a ministrar ente 17 Jan 2010 e 30 Mai 2010. O Número de vagas é de 12 e desde há mais ou menos quinze dias que o anúncio foi feito, apenas 4 interessados se inscreveram, sendo que se o número de interessados não for igual a 7 ou mais, não haverá curso.
Veja nas mensagens passadas no cluster, o anúncio de que lhe falo.
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António Gamito - CT1CZT
2010/12/11 Pedro Correia <pedrocorreia1111 hotmail.com>
Bom dia,
Estou a aprender CW, já há 18 meses por conta própria. Já passei por vários métodos, desde os programas de computador, escuta nas faixas de CW, uso da função de "learning" que traz o meu rádio e por ultimo a mais recente foi a aquisição de um "morse tutor" de uma marca Americana que é bom para levar para todo o lado e substitui muito bem o computador e tem me ajudado muito. Nestes 18 meses já passei por várias fases de frustração e de entusiasmo.
Apesar de devagar e para alem das aulas que dou a mim próprio, por vezes sem tempo ou cabeça criei a rotina de todos os dias, nem que seja 5 minutos, ouvir algum CW. Tem resultado, mas é um processo lento faz falta umas aulas com alguem.
De qualquer modo já consigo descodificar 80% de texto com letras e números enviado a 18 WPM, e talvez porque finalmente já parece alguma coisa, ando entusiasmado e tenho progredido. De qualquer maneira até conseguir um QSO sem ajudas em CW ainda vai ser preciso mais uns meses.
Da minha experiência sempre que num QSO ou num fórum pedia ajuda para a quimera que é aprender CW a resposta da grande maioria é instalar um programa de PC ou arranjar umas gravações. Tudo bem, ajudam. Mas imaginem o que é ter de aprender a ler sozinho ou estar num pais diferente e não entender a língua.
O CW na minha opinião tem a grande vantagem de ser um processo de grande componente humana, é o Homem a estrela do processo, infelizmente nos tempos que correm o Homem é posto em segundo plano, e por isso as dificuldades de quem quer aprender, que pode ir desde a exclusão - Queres aprender isso para quê?! - e o grande obstáculo: a falta de pessoas disponíveis que tenham vontade de passar algum tempo a ensinar alguém. A própria estrela do processo é que tem deixado morrer o mesmo.
Faz falta o CW para os radioamadores, nem que seja para podermos ter uma actividade em que não tenhamos de estar em frente ao computador como provavelmente está a grande maioria durante as horas de trabalho.
Obrigado a todos pelos vossos e-mails e pela franqueza do Carlos Mourato no e-mail que deu inicio a este assunto, tive de escrever e desabafar pois faz parte do processo de aprendizagem.
Boas Festas
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Pedro CT2GET
From: ct2ivh hotmail.com
To: cluster radio-amador.net
Subject: RE: ARLA/CLUSTER: A telegrafia na era moderna
Date: Fri, 10 Dec 2010 21:02:47 +0000
Caros Colegas
Desde já boa noite.
Sobre o CW digo o seguinte: Desejo aprender.... Alguns colegas têm verificado que ao longo dos últimos anos 2/3 por inúmeras vezes coloquei a questão neste fórum: Algum colega do districto Aveiro ou Coimbra pode ensinar-me CW ???
Bem posso dizer que recebi 1 e-mail privado de um colega de Lisboa dizendo que tería todo o gosto de ensinar mas infelizmente a distância não iría permitir.
Não virando as costas "à luta" e por vezes a título de desabafo disse eu muitas vezes via msn com os colegas do Algarve: Tomaría eu morar pelo Algarve, assim tinha a certeza que tinha alguém que daría-me a "mão" e se disponha a ensinar CW....
Não quero eu com isto dizer que os restantes colegas do continente são menos prestáveis, mas verdade seja dita, aquela malta do Algarve está de parabéns.
Sendo assim toca a basculhar pelo Google até que com a ajuda de um amigo Francês instalei 2 programas no meu PC: 1 recebe cw e o outro transmite.
Bem podem dizer que é feito por PC mas não deixa de ser fantástico... O meu 1º qso em CW quem diría.... Àpartida julgo que assim vou melhorar a minha aptidão em cw e talvez daqui a uns tempos já consiga executar manualmente... nunca se sabe.... ouvindo chamar pelo meu indicativo julgo que a nivel auditivo aquela musiquinha vai começar a entrar....
No fundo a minha tristeza / alegria é fácil resumir:
Alegria pelo facto de as portas de um "novo mundo" se abrirem para mim...
Tristeza pelo facto de ter sido um colega estrangeiro a dar-me a mão...
É tudo por agora, espero não ter ofendido ninguém com a minha honestidade e sinceridade.
Vy 73.
CT2IVH Paulo Santos Locator: IN50sk Iota Hunter Good Hunting........
WWW.YOUTUBE.COM/CT2IVH
Date: Fri, 10 Dec 2010 20:40:39 +0000
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: A telegrafia na era moderna
From: alcides.sousa gmail.com
To: cluster radio-amador.net
Caro Mourato,
Li o seu texto com muito interesse e atenção. Na realidade a vida é dinâmica em todas as suas vertentes e as radiocomunicações também evoluiram para novos modos mais rápidos e, porventura, eficazes. Todavia e no que concerne ao radioamadorismo, penso que devemos continuar a esforçarmo-nos para manter e incrementar o uso da telegrafia pelas gerações mais jovens em ordem a não deixar que este modo desapareça pela voragem e sedução das novas tecnologias, que também têm o seu lugar, não duvido, mas que quanto a mim, não têm o mesmo sentimento, o mesmo "feeling", que tem uma transmissão em modo CW. Serei antiquado? Pois que o seja!!! Todos os dias faço contactos em CW por esse mundo fora e é com apreensão e desgosto que vejo que os OM´s com quem contacto têm idades na sua grande maioria acima dos 70 anos. Onde estão os jovens? É raríssimo encontrar gente mais nova nesta modalidade o que equivale a dizer que se não se fizer nada, dentro de muito pouco tempo, teremos as faixas atribuidas ao CW desertas, porque quem vai passando a SK não é substituido. É esta a realidade crua e nua. Permitam-me que vos relate um comentário de um OM holandês, de 92 anos, com que fiz um contacto há uns tempos atrás em CW. Dizia-me ele, mais ou menos isto, no fim do QSO: " Sou já muito velho e tomo muitos medicamentos, mas o melhor medicamento para mim e que me deixa completamente bem disposto é fazer uns QSO´s em CW". Comentários, para quê??? Pela minha parte, continuarei empenhado com os meus fracos e humildes conhecimentos, motivando e ajudando colegas CT´s mais novos para que o CW seja, cada vez mais, praticado entre nós. Esta será, porventura, a melhor homenagem que faremos aos nossos predecessores.
A todos um Feliz Natal
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Alcides Sousa - CT1JQK
e2010/12/9 Carlos Mourato <radiofarol gmail.com>
caros colegas
Nos tempos que correm, a radiotelegrafia tomou o seu lugar no museu das comunicações, como um meio utilizado no passado, e que embora pese a sua eficácia em termos de fiabilidade de comunicações, foi ultrapassada pelos modos digitais, que permitem movimentar pelo menos a mesma quantidade de informação, mas com sinais mais fracos em termos de SNR. Mesmo em situações de congestionamento, e graças a larguras de banda de apenas alguns Hz por segundo, conseguem-se verdadeiras proezas digitais. O ouvido humano não consegue ser sensivel a larguras de banda tão estreitas como os modernos sistemas digitais o são. No entanto larguras de banda demasiado estreitas implicam velocidades de transmissão muito lentas, e como tal nem sempre apropriadas a determinados fins, tal como comunicações de socorro e emergência.
Tal avanço tecnológico , a nivel de electronica e software, levou ao abandono por parte dos serviços oficiais, das comunicações em código de Morse. Ao fazerem isso, abandonaram simultâneamente um dos elementos mais importantes, durante mais de uma centena de anos, do panorama das comunicações. A figura impar e sem paralelo dos telegrafistas.
É dos telegrafistas e da telegrafia em relação aos meios modernos de comunicações, que vos venho aqui falar. Desses homens e mulheres, que anónimamente faziam de interface entre dois pontos que necessitavam de comunicar. Muitas vezes essas comunicações salvaram vidas e bens, sem que nunca ninguem conhecesse o verdadeiro rosto do "elo mais forte" da comunicação entre o "salvador" e o "salvado". Durante quase 200 anos, esses operadores de telegrafia, fosse por radio ou por fios, fizeram o mundo evoluir, levaram boas e más novas aos quatro cantos do mundo. Lançaram pedidos de socorro e gritos de alegria no ar. Tudo em nome dos outros....Em pról dos outros. Eles eram apenas um elo da cadeia. Hoje, apenas os radioamadores lhes prestam homenagem, mantendo em pleno funcionamento emissões radiotelegráficas, com a eficácia de sempre, e sempre prontas a fazer valer os seus insuperáveis valores.
Os serviços comerciais, alheios aos aspecto técnicos, e fiabilidade das comunicações, especialmente as de emergência, sedentos de aliviar despesas com funcionários, acreditando muitas vezes em relatórios de pseudo especialistas que se movimentam num mar de interesses, aconselhando uma mudança para o "digital", embarcando inconscientemente em "modas", colocam cada vez mais de lado o verdadeiro valor do ser humano. Nas comunicações, e em nome da eficácia, os sistemas de radiotelegrafia, mostravam-se demasiado simplistas para sobreviver. Alem disso eram precisos verdadeiros especialistas em telegrafia, para assegurar um serviço eficaz.
Os engenheiros mais jovens, homens com uma visão mais modernista, e que nunca conheceram as verdadeiras virtudes da telegrafia, trataram de implementar a todos os niveis sistemas cada vez mais complexos e automáticos, de modo a dispensarem cada vez mais a capacidade interventiva do ser humano, enquanto elemento de decisão. Construiram autenticas teias, completamente incompreensiveis para uma só pessoa, altamente dependentes de tudo e todos, e cada vez mais complexas técnicamente, o que leva à inevitável perda de controlo sobre todo o sistema. Por outro lado, a probabilidade de cortes na comunicação por avaria, nos sistemas modernos é imensamente mais elevada do que nos simples sistemas radiotelegraficos utilizados no passado, porque as ligações já não são feitas ponto a ponto, e o elemento principal já não é o ser humano. Hoje uma cadeia de comunicação, entre dois pontos, mesmo que seja a curta distância, implica um manancial enorme de meios técnicos, entre equipamentos e software, e não é raro, que para se comunicar a um ou dois quilometros, através dos sistemas modernos, a informação tenha que percorrer centenas de quilometros, porque a gestão da comunicação é feita num qualquer servidor instalado ninguem sabe bem onde, e muitas vezes num lugar distante, e onde se chega através de varios meios como cobre, feixes hertezianos, fibra óptica etc. Ora todos esses meios técnicos intermédios, entre dois terminais de comunicação, acabam por serem pontos onde potencialmente pode vir a acontecer uma avaria, e como cada um é um "elo" da cadeia de comunicação, basta uma falha num para que a comunicação se quebre. Não é de desprezar também, que a operação de tais meios, implica operadores com alguma especialização e conhecimentos na área, pois um mau operador, pode comprometer seriamente a eficácia das comunicações nestes meios modernos. Se a tudo isto juntar-mos uma calamidade natural que comprometa o funcionamento de alguns pontos da cadeia de comunicação, veremos que é um risco elevado, estar dependente dos modernos sistemas de comunicações. Certo é que os meios modernos de comunicação, proporcionam um elevado débito de informação, e são capazes de veicular dezenas, senão centenas de Mbps. Todavia este aspecto é apenas interessante, no ponto de vista comercial, em que o que conta é o comércio de largura de banda versus quantidade de informação. Tambem só é viável em situações pré determinadas, onde os eventos sejam todos previstos e esperados. Na outra face, existem as situações, em que a grande quantidade de informação não tem interesse e nem sequer é desejável. Falo nos casos das comunicações de emergência, de socorro, de perigo de sinalisação etc. Neste tipo de comunicação, pretende-se trocar ou receber informação através de meios simples e altamente fiáveis. Essa informação deve ser apenas a essencial para permitir a tomada de decisão rápida e inequivoca, com vista a responder prontamente à gravidade do evento. Deve ser uma informação clara, precisa, sem demoras de interligações e latências, e suportadas por sistemas unicos e simples que comuniquem entre si, de uma forma autónoma, sem recursos a sistemas intermédios, e de preferência completamente controláveis pela capacidade interventiva do ser humano. É aqui que a radiotelegrafia com os seus transmissores na forma mais simples, e os radiotelegrafistas experientes, como muitos que temos entre nós radioamadores, continuam a mostrar ao mundo e aos "senhores da era digital", que a telegrafia é um meio de comunicação, tão simples como importante, tão fiável como eficaz, que por muito que se tentem justificar os milhões gastos em alta tecnologia, nunca desaparecerá, e fará sempre parte do mundo das comunicações, como a mais simples, rápida, económica, fiável e eficaz maneira de comunicar, mesmo nas condições mais adversas. Todavia as eternas virtudes da radiotelegrafia, não existiam senão fosse a enorme capacidade do cérbero humano de se adaptar aos mais diversos ambientes de escuta, muitas vezes povoados de todo o tipo de ruido, onde apenas o telegrafista experiente e atento, consegue discriminar aquele sinal importante, transmitido de um lugar longinquo, onde alguem tem necessidade de ser escutado.
A todos os radiotelegrafistas, que o são ou que o foram, pela vossa capacidade de comunicar de uma forma tão simples quanto eficaz, por serem capazes de transformar o vosso sentido auditivo, em mensagens entre os homens, por transformarem a ponta dos vossos dedos em sinais de informação claros simples e precisos, pelo lugar impar que ocupam no mundo das comunicações, e por todas as vidas que salvaram, pelas alegrias e tristezas que fizeram chegar ao destino, pelo vosso desinteressado e anónimo trabalho ao longo de quase 200 anos, aqui deixo a minha homenagem como simples cidadão do mundo.
73 de CT4RK
Carlos Mourato
Sines
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Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal
Warning
Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line.
Salve o espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir dados. Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa fortes interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não à tecnologia power line. Proteja o ambiente electromagnético. Utilize tecnologia de redes sem fio, denominadas wireless.
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