ARLA/CLUSTER: CT 2 Versos CR7

Carlos Pinheiro karlus.pinheiro gmail.com
Terça-Feira, 24 de Agosto de 2010 - 22:31:36 WEST


Caro Gil,

Se vamos por aí, esta "troca de galhardetes" nunca mais acaba e eu não quero
ocupar muito tempo de antena com este assunto. Respondendo duma forma
simplista, como o colega(?) fez, há coisas que estão melhores e outras
piores, como é evidente.

No aspecto reivindicativo, não tenha dúvidas que estão melhores !

Naquele tempo era "comer e calar"... não havia net, telemóveis, os
fixos(macacos pretos, pois era a cor dominante), eram poucos e alguém que
tinha um transmissor, com ou sem licença, tinha de ter muito cuidado...
podiam confundi-lo com um perigoso "terrorista" ao serviço de Moscovo... e
mais não digo.

73 de CT1PT
CP

2010/8/24 Gil <eduardo.gil  sapo.pt>

>   Boa sorte aos colegas CR7 recém chegados, com ou sem espera. Olhem que
> no passado, antes de 1974, as coisas eram bem piores...
>
>
>
> Bem não  era para mais comentários sobre este assunto mas quebrando a
> promessa que fiz somente para aproveitar os conhecimentos de alguns colegas,
> e lendo eu este email, é assim:
>
> E depois de 1974, as coisas estão melhores?
>
> Obrigado
>
> 73
>
>
>
> *De:* cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces  radio-amador.net] *Em nome de *Carlos Pinheiro
> *Enviada:* terça-feira, 24 de Agosto de 2010 21:53
> *Para:* Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> *Assunto:* Re: ARLA/CLUSTER: CT 2 Versos CR7
>
>
>
> E no meu tempo havia ainda mais classes !
>
>
>
> Comecei em 1967, como radio-escuta, CT0267, e pedi logo para fazer exame
> para a classe "E", só que a burocracia e a demora da mesma era tal, que
> ninguém conseguia começar a transmitir sem esperar no mínimo 1,5 a 2 anos...
>
> Durante esse tempo fui escutando os 40 e 80m no "musiqueiro" lá de casa, em
> AM, claro, e aprendendo através do Boletim da REP(única associação existente
> e à qual era obrigatório pertencer), e dos óptimos QSO's sobre técnica, com
> o "mestre" CT1DT e muitos outros, como fazer um conversor com 1 válvula para
> escutar os 10, 15 e 20m. Depois ainda fui fazendo um emissor para AM, com
> uma 807, para dar uns 25/30Watts, mas sempre à espera que me chamassem para
> exame e com muito medo que alguém informasse a PIDE que eu tinha um emissor
> em casa(era um bocado pior que a Citroen da DSR, ó Mourato...).
>
>
>
> Resumindo, depois de finalmente ter a classe E, comecei então a transmitir
> com o tal emissor de AM e aprendendo telegrafia que era obrigatória para
> fazer exame e passar à classe C.
>
>
>
> Depois lá fiz a B e finalmente a almejada A !!!
>
>
>
> Não foi brincadeira, e levou muitos anos.
>
>
>
> Não quero armar-me em velho do Restelo e se houvesse os meios que existem
> hoje, também teria reclamado, mas naquele tempo do "Estado Novo" era
> complicado reclamar...
>
>
>
> Boa sorte aos colegas CR7 recém chegados, com ou sem espera. Olhem que no
> passado, antes de 1974, as coisas eram bem piores...
>
>
>
> 73 de CT1PT
>
> Carlos Pinheiro
>
> 2010/8/24 Carlos Mourato <radiofarol  gmail.com>
>
> Antes havia mais classes! Eu comecei pela clase "D" em 1977, depois fui
> obrigado a fazer exame de CW e para a classe "C", ao fim de 2 anos! senão
> ficava para fazer QSOs combinados por carta, com a meia duzia de estações
> que havia em 2m.
>
> E durante esses 2 anos podia transmitir apenas com 25 watts.
>
> Podem dizer que mesmo assim podia transmitir, mas como ja disse aqui
> repetidas vezes, a burucracia era tanta, que desde o exame até ao ter
> indicativo nunca ficava menos de 2 anos em escuta... Não era como
> agora!...Ai de quem se atrevesse a transmitir sem licença!...Não demorava
> uma semana e lá estava a velhinha "CITROEN" da DSR à porta!...Em 1980, levei
> uma contra ordenação de 150.000 escudos, só porque andava a construir um
> emissor de ATV em UHF, com 2,5 watts sem pedir autorização à DSR para tal!..
>
> O tempo que demorava-mos a ter um indicativo para a estação era o esperar
> pelo exame, os esperar pelos resultados, o pedir licença de instalação da
> estação, o esperar pela vistoria, e depois se tudo estivesse OK o esperar
> pelo indicativo!...No minimo eram 2 anos a ver os comboios passar!...Já
> referi isto várias vezes aqui, por isso chega de dizer que agora está tudo
> mal, que antes é que era bom, etc!!!...O que na realidade aconteceu, foi que
> em determinada altura só houve facilitismos que deram mau resultado.
>
> Apesar de não concordar com os 2 anos, não deixo de admitir que os actuais
> CR7 não são os unicos a esperar esse tempo até poderem transmitir...Eu
> tambem esperei, (até mais de 2 anos porque a estação não passou à primeira
> vistoria, e sem vistoria não havia nada para ninguem) embora por força não
> da legislação, mas sim por força da burocracia dos anos 70.
>
>
>
> 73 de CT4RK
>
>
>
>
>
>
>
> 73 CT4RK
>
>
>
> 2010/8/24 <ct2hgl  sapo.pt>
>
>
>
>   Boas tardes colega Paulo
>   Sinceramente estava convencido que me perguntaram "para que classe quer
> fazer exame ?  A, B ou C (só havia 3 classes Dezembro de 1998)mas posso
> estar enganado. E se assim for peço desculpa pelo engano. De qualquer forma
> muito obrigado pelo reparo.
> 73 do Amadeu Rosa ct2hgl
>
>
> itando Paulo Santos <ct4dk.santos  gmail.com>:
>
> Boas colega Amadeu Rosa
> Deve haver um engano pois nessa altura o maximo que se conseguia "entrar"
> directo era para a cat B tendo de ficar 2 anos nessa mesma cat e só de pois
> fazer o exame para a cat A
> estou-me a referir aos anos 90 pois foi nessa altura que fiz o exame, fiz
> logo o exame para a cat B e posteriormente (2 anos) depois para a cat A,
> nessa altura existiam 4 cat. eram
> a cat A, B, C e D. Se não fosse essa imposição dos 2 anos na cat B eu teria
> feito o exame logo para a categoria A
>
> Vy 73 de ,
> Paulo Santos, CT4DK
>
> Em 24/08/2010 9:01, ct2hgl  sapo.pt escreveu:
>
>  Bom dia
>  Tem o colega toda a razão. Nessa altura podia-se "entrar" logo para a
> classe A desde, que,como é evidente, tivesse conhecimentos para isso. E eu
> fiz exame directamente para a 2.
> 73 CT2HGL
>
>
>
> Citando Fernando Mano <fmano  online.ipx.pt> <fmano  online.ipx.pt>:
>
>
> Boa Tarde.
>
> Mas na altura concerteza teve a hipótese de fazer logo exame para CT2. Nos
> (os CR7) fazemos exame apenas para CAT3 sem hipótese de pedir o de CAT2.
>
> E afinal o que fez na altura, é exactamente o que se esta a tentar fazer
> agora, ou seja, tentar "dar a volta" a uma injustiça.
>
> Melhores 73's
> CR7ABS
>
> Fernando Mano
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net [
> mailto:cluster-bounces  radio-amador.net <cluster-bounces  radio-amador.net>]
> Em nome de ct2hgl  sapo.pt
> Enviada: segunda-feira, 23 de Agosto de 2010 16:41
> Para: cluster  radio-amador.net
> Assunto: ARLA/CLUSTER: CT 2 Versos CR7
>
>
>
>    Boa Tarde Caros Colegas
>
>    Tinha para mim não voltar a este assunto. Se todos forem reclamar por
> uma lei que os prejudica (?) está este pais lindo....Para informação devo
> escrever o seguinte. Quando fiz exame conhecia a materia, mas na questão do
> morse era 0. por isso nem tentei o exame.
> Curiosamente eu que não entendia nada de PCs fiz exame numas folhas a4 tal
> como outro colega esse mestre em morse (era profissional) e os exames eram
> iguais. Ora eu ao ser-me negada a possibilidade de trabalhar os 15 e 2o e os
> 180 mts estava a ser discriminado coisa que a nossa contituição não permite.
> Andei calado uns tempos e entretanto encontrei-me com um juiz conselheiro
> que na altura estava no Tribunal Constitucional a quem perguntei.Resposta
> imediata "isso é inconstitucional essa lei tem que ser alterada". Dada a
> nossa amizade e o facto de sermos conterraneos e até com alguns laços
> familiares ele prontificou-se a fazer a minuta da reclamação a apresentar à
> Anacom.
> No entanto disse-me " eu sou intimo amigo do Eng tal e quando o ver vou-lhe
> falar nisso.
> A resposta do dito Sr. Eng. foi nós já demos pelo "gato" brevemente vai
> sair legislação nova onde vai deixar de constar essa exigencia.
> Fica quieto.... Estavamos
> em 2002. Todos os radioamadores se lembram que esse DL este anos para sair.
>
> Há colegas nossos a quem eu contei na altura. Isto prova que não foi o que
> as Associações disseram, se disseram, que fez alterar a lei. A solução
> estava tomada hà anos.
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