ARLA/CLUSTER: Que fazer?
Donato Macedo-CT3JT
ct3jt iol.pt
Terça-Feira, 17 de Agosto de 2010 - 13:48:52 WEST
Boa tarde a todos os colegas...
Decidi hoje vos dar a conhecer uma situação de "rádio-terrorismo" que
acontece desde há longos meses na Região da Madeira.
Do meu tempo disponível ao nosso *hobby*, dedico certamente mais de 80% a
fazer *scanning*, e uns meros 20% a emissão. Mas raramente mesmo apeado,
estou longe dum dos meus Alincos DJ-C7.
Por questões óbvias, não vou aqui denunciar abertamente o protagonista (isso
já fiz por diversas veze à Anacom (XEO46962994:46947646 e
XEO47010454:47010353) e a outros serviços do Estado). Contudo espero colher
junto dos colegas algum outro aconselhamento que porventura esteja me esteja
a faltar.
Há um nosso colega habilitado com a "anterior" categoria C, que desde há
muito tempo procura divertir-se, importunando e interferindo em algumas
frequências, quer do VHF marítimo e inclusivamente da rede analógica da PSP
do Funchal.
Cedo começou por solicitar reportes meteorológicos à marinha portuguesa
através da frequência de chamada (156.800 CH-16) reportando um indicativo ou
nome de embarcação falsa, depois evoluiu para uma frequência militar da
marinha (dito canal 39) até à rede analógica da PSP de UHF...
Quando identifiquei já no ano passado a modulação do colega no referido
canal 16 a solicitar reportes *meteo*, (na altura falava com o colega em
questão) e advertiu-o posteriormente dessa intromissão (nada que ele não
soubesse, apesar da sua juventude), mas de pouco valeu.
Em Fevereiro de 2010, aconteceu a tal tragédia natural na Madeira. Na altura
a Marinha Portuguesa fez deslocar a Fragata Corte-Real ao arquipélago. Novas
intromissões em frequências afectas ao VHF-marítimo detectei, algumas das
quais junto de equipas móveis que andavam a operar nalgumas partes do
Funchal...Acontece também, que este incremento das brincadeiras
protagonizadas por este nosso colega, deu-se sobretudo após a mudança de
residência do mesmo, para uma posição mais cimeira da cidade do Funchal, que
não é agora correspondente aos dados que a Anacom tem do seu registo de
utente do serviço-Amador.
Na altura e dada a gravidade da situação, procedi à denúncia junto da
Anacom, com conhecimento da Marinha Portuguesa sobre tais interferências e
dei a informação da nova morada do alegado prevaricador.
Passado pouco tempo, detectei novas intromissões, agora também na rede
analógica (UHF) da PSP com alguns insultos à mistura. Estas interferências
normalmente ocorrem em período nocturno. Nesta altura liguei ao oficial de
serviço às comunicações via 112 e após a minha identificação dei os dados
que dispunha enquanto continuava a ouvir as interferências...Ao mesmo tempo
formalizei nova denúncia à Anacom. Passado algum tempo, recebo um email do
Sr. Delegado Regional da Madeira da Anacom a agradecer as minhas
informações, que iriam tratar deste caso e até tinham reuniões agendadas com
a autoridade marítima.
Passou-se mais algum tempo sem que detectasse qualquer actividade rádio, que
lícita ou ilícita da referida pessoa. Depois notei que o colega já aparecia
nas "nossas" frequências de forma natural. Pensei eu que se havia
reabilitado...
Até que hoje, aos primeiros minutos do dia (00h30), voltei a ouvir o colega
na mesma frequência de chamada marítima (CH 16 156.800), com voz "enrolada"
a chamar SICOMAR-MADEIRA e POSTO RÁDIO do FUNCHAL sob um nome de embarcação
falsa, a reportar uma emergência a sul da Madeira...Os serviços de
emergência tentavam que ele mudasse para outro canal, mas a pessoa em
questão não respondia às questões concretas, ora simulando má recepção
(através de portátil), ora afirmando já não ter leme e outras situações.
Perante isto novamente contactei o 112, que entretanto passou a chamada para
a Protecção Civil regional, que por sua vez passou à Polícia Marítima, onde
identifiquei-me e relatei que o que se estava a passar, era na verdade um
embuste! Também denunciei o facto NOVAMENTE à Anacom, com os dados que
dispunha...Imagine-se se sairia um navio para o local da falsa ocorrência e
houvesse um acidente com os voluntariosos marinheiros? Além do dispêndio de
recursos?
É certo que todos os dias temos falsos-alarmes via telefone, desde cabines
telefónicas, telefones descartáveis, etc...Mas isto já é demais. Não tenho
mais dados, nem ninguém sequer quis perguntar-me por outros adicionais...
O país tem assistido nos últimos dias, ao flagelos dos incêndios, alguns por
mãos criminosas...E isto tudo que relatei é o quê? A quem cabe monitorizar o
espectro rádio-eléctrico? É a mim que sou (também) um "radio-amador de
RX"?...
Agora, só mesmo denunciando isto em fóruns da especialidade e inclusivamente
na comunicação social.
Obrigado!
CT3JT-Donato Macedo
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Um anexo em HTML foi limpo...
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