ARLA/CLUSTER: A origem das letras CT dos nossos indicativos

[Radiophilo]

Meu caro José Luis,

2010/8/15 José Luís Proença (CT1GZB) <ct1gzb  netcabo.pt>

>  Boa informação, sim senhor.
>
> Com respeito aos prefixos das matriculas dos aviões, serem quase todas
> coincidentes com os indicativos de radioamador, foi algo "aproveitado"
> destas convenções?
>

Sem dúvida.
A ICAO no seu Anexo 7 - " AIRCRAFT NATIONALITY AND REGISTRATION MARKS"
define as regras para a formação das matrículas das aeronaves.
Estas são divididas em duas partes, a nacionalidade e o registo.

"A nacionalidade será seleccionada da série de símbolos de nacionalidade
incluídos nos indicativos de chamada de rádio alocados ao Estado de Registo
(da aeronave) pela União Internacional de Telecomunicações."

"O registo serão letras, números ou uma combinação de letras e números, e
serão os atribuídos pelo Estado de Registo."

"A nacionalidade precederá o registo. Quando o primeiro caracter do registo
é uma letra, será precedida de um hífen."

As autoridades portuguesas, por seu lado entenderam definir um conjunto de
regras para a atribuição dos registos, conforme o José Luis e o Júlio César
avançaram.  Parece ainda haver uma relação entre a 2ª letra e o fabricante,
ou mais genéricamente com a frota.

Assim, por exemplo, a matrícula CS-TDA, do primeiro DC-3 da TAP poderia ser
descodificada como a primeira das aeronaves de transporte Douglas (ou talvez
Dakota ou ainda DC-3) registada em Portugal.

Curiosamente, a ICAO não define para as suas matrículas o comprimento de 5
caracteres, como a UIT vem fazendo há décadas para os indicativos de
chamada: "3 letras para estações costeiras, 4 para navios, 5 para aeronaves"

Já agora e para registo, poderia indicar de onde extraíu a informação
relativa às matrículas?

Obrigado.

73,
António Vilela
CT1JHQ
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