Re: ARLA/CLUSTER: Vantagens e características das antenas circularmente polarizadas.

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Sexta-Feira, 11 de Setembro de 2009 - 00:52:58 WEST


Muito bom sem duvida. Recomendável em todos os aspectos.
73 CT4RK


2009/9/10 Carlos Pinheiro <karlus.pinheiro  gmail.com>

> Belo artigo, sim senhor !
>
> Bem explicado e com óptimos gráficos, parabéns !
>
> 73 de CT1PT
> Carlos Pinheiro
>
> 2009/9/10 João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt>
>
>>  *POLARIZAÇÃO DE ONDAS*
>>
>> *Por PY4ZBZ   *06-09-2005    atualizado em 21-09-2008
>>
>> Figuras animadas de András Szilágyi<http://www.enzim.hu/~szia/emanim/emanim.htm> e
>> Takuichi Hirano<http://www-antenna.pe.titech.ac.jp/~hira/hobby/edu/em/em.html>>
>>
>>
>> Por definição, a *polarização* de uma *onda eletromagnética* é o plano no
>> qual se encontra a componente *ELÉTRICA* desta onda.
>>
>> Toda onda eletromagnética é composta de dois campos, o *elétrico* e o *
>> magnético*, sempre situados em *planos ortogonais* (planos fisicamente a
>> 90 graus), e *variando em fase* (0 graus). Estes campos se propagam em
>> qualquer material isolante (dielétrico) com uma velocidade de propagação,
>> cujo vetor está a 90 graus dos vetores campo elétrico e magnético. No vácuo,
>> esta velocidade é a da luz.
>>
>> Um dipolo posicionado *verticalmente*, alimentado por um gerador de
>> freqüência F, gera portanto uma onda eletromagnética polarizada *
>> verticalmente*, pois o componente *campo elétrico* está no plano *
>> vertical* (e conseqüentemente, o componente *campo magnético* está no
>> plano *horizontal*). Veja a figura seguinte, onde aparecem os três
>> vetores *E, B e V*, com *90 graus físicos* entre qualquer um deles, com *E
>> e B* variando em *fase* ou com zero graus de defasamento elétrico,
>> característica básica da onda eletromagnética:
>>
>> Como esta onda está sempre situada no mesmo plano, é chamada de onda com
>> *polarização linear.*
>>
>> As figuras animadas seguintes ilustram uma *onda com polarização linear
>> vertical, *mostrando apenas o vetor do *campo elétrico* (o magnético está
>> sempre presente e a 90 graus físicos):
>>
>>
>>
>> As figuras animadas seguintes ilustram uma *onda com polarização linear
>> horizontal, *mostrando apenas o vetor do *campo elétrico* (o magnético
>> está sempre presente e a 90 graus físicos):
>>
>>
>>
>> A combinação de duas ondas linearmente polarizadas, uma vertical e outra
>> horizontal, e eletricamente em *fase*, resulta em uma onda *linearmente*polarizada
>> *inclinada*, como pode ser visto nas figuras animadas seguintes:
>>
>>
>>
>> A combinação de *duas ondas linearmente polarizadas*, uma *vertical* e
>> outra *horizontal*, de *mesma amplitude* e *eletricamente defasadas de 90
>> graus*, resulta em uma onda *circularmente polarizada*, (da mesma forma
>> que uma figura de Lissajous) como pode ser visto nas figuras animadas
>> seguintes:
>>
>>
>>
>> As figuras seguintes mostram também como é obtida uma onda de polarização
>> circular:
>>
>>  O exemplo acima é de uma onda *LHCP , *veja definição IEEE<http://www.ara-inc.com/PDF-RF/015-standard.pdf>a seguir:
>>
>>
>>
>> *Definição de RHCP e LHCP (norma da IEEE<http://www.ara-inc.com/PDF-RF/015-standard.pdf>
>> )*
>>
>> A figura seguinte mostra dois dipolos cruzados *A* e *B*, sendo *B*alimentado com 90 graus de defasamento (atrasado) em relação ao dipolo
>> *A*, e alimentados com as polaridades instantâneas indicadas (*+*). No
>> pico positivo da tensão senoidal aplicada ao dipolo *A*, este gera o
>> vetor *1*, que será o primeiro a deixar a antena e a atravessar o plano.
>> Um quarto de período mais tarde, é a vez do dipolo *B* receber o pico
>> positivo da senóide, pois está atrasado 90 graus, e gerar então o vetor *
>> 2*, que será o segundo a atravessar o plano imaginário, e assim por
>> diante, quando chegar o pico negativo no dipolo *A* gerando o vetor *3*,
>> e depois o pico negativo da senóide no dipolo *B* gerando o vetor *4* :
>>
>> Na figura anterior, temos uma onda com *polarização circular à direita *(em
>> inglês: *RHCP* Right-Hand Circular Polarization), porque o *vetor gira no
>> sentido anti-horário* (regra da mão direita) *ao* *atravessar* *um plano
>> imaginário e perpendicular ao eixo de propagação, e visto pelo lado do plano
>> por onde a onda* *sai* deste plano (os planos quadrados nas figuras
>> animadas anteriores). Evidentemente, visto pelo lado por onde a mesma onda
>> *entra* no plano, a rotação fica *invertida: *no sentido *horário *! como
>> acontece quando se *olha na direção de propagação por trás da fonte*(IEEE).
>>
>> *ATENÇÃO*: Por isso há bastante confusão sobre o assunto... e também
>> porque em *óptica clássica <http://en.wikipedia.org/wiki/Polarization>, a
>> definição para luz com polarização circular é invertida em relação a
>> definição da IEEE para antenas e ondas de radio*, que é adotada pela
>> AMSAT, e outras entidades. A luz do sol por exemplo, é polarizada
>> randomicamente em todos os planos, por isso é chamada de não polarizada,
>> pois não é nem linear e nem circular. Filtros ópticos polarizadores permitem
>> separar determinados planos de polarização da luz natural.
>>
>>  Trocando a fase para* +90 graus*, ou invertendo a polaridade (fase) de
>> uma das ondas, teremos uma onda com *polarização circular a esquerda LHCP
>> * (Left-Hand circular polarization). O vetor campo elétrico (e magnético
>> também !) de uma onda circularmente polarizada, gira com uma velocidade de
>> rotação igual a freqüência da onda, pois faz uma volta completa por ciclo !.
>> Apenas para entender melhor, poderíamos obter uma onda circularmente
>> polarizada, girando um dipolo com uma velocidade igual a freqüência do
>> sinal...ou seja, em 100 MHz, girando o dipolo 100.000.000 de vezes por
>> segundo !
>>
>>
>>
>> Veja mais um exemplo de RHCP:
>>
>> Vermelho: campo elétrico, verde: campo magnético.  Direção de propagação:
>> de baixo para cima.
>>
>>       *a* *b* *a+b      (vista saindo do plano)* abs(a)=1, arg(a)=0° abs(b)=1,
>> arg(b)=-90° *RHCP*
>>
>> *a *e *b* : as duas ondas linearmente polarizadas e defasadas 90 graus; *
>> a+b* : a onda RHCP resultante.
>>
>> O nome RH e LH (Right-Hand, mão direita e Left-Hand, mão esquerda) é
>> derivado da analogia seguinte:
>>
>> Se a rotação for contraria a da figura acima, aplica-se a regra da mão
>> direita: RHCP.
>>
>> A figura seguinte mostra o resultado da combinação de duas ondas
>> linearmente polarizadas e ortogonais, com diferentes relações de *
>> amplitudes* e *defasamentos*, mostrando que a resultante pode ser
>> polarização *linear V / H / inclinada, elíptica ou circular. *Detalhe *importante:
>> *nesta figura a onda é vista se *aproximando *do observador (*ou saindo
>> do plano*), **portanto a onda *RHCP *agora roda no sentido *anti-horário
>> ! *Cuidado, tudo é *relativo:*
>>
>>
>>
>> A figura seguinte mostra a analogia entre onda circularmente polarizada
>> RHCP e parafusos com rosca à direita, e mostra porque as duas antenas TX e
>> RX de um enlace devem ter polarizações *idênticas, *ou *co-polarizadas*(veja a nota na definição IEEE acima):
>>
>> Para quem gosta de matemática, observe a posição do *Pi/2* (=*90* graus),
>> que tanto pode afetar a *fase* de alimentação (*Omega t*) como o *deslocamento
>> axial* (*k z*), donde os dois métodos explicados mais adiante:
>>
>> *Vantagens da polarização circular**:*
>>
>> Uma vantagem da polarização circular é não ser afetada pela rotação de
>> Faraday<http://www.daviddarling.info/encyclopedia/F/Faraday_rotation.html>em ondas que atravessam a atmosfera e ou a ionosfera, principalmente em
>> comunicações via satélite. Outra vantagem é que não é necessário ajustar a
>> polarização das antenas (posição em torno do eixo de propagação) como
>> acontece com antenas linearmente polarizadas.
>>
>> *Características da polarização circular**:*
>>
>> Uma característica da polarização circular é que *muda o sentido de
>> rotação* quando *refletida* por um plano condutor, como por exemplo,
>> refletores planos ou parabólicos, reflexão lunar, etc... Na onda linearmente
>> polarizada, muda somente a fase (inversão ou 180 graus), quando refletida.
>> Outra característica da polarização circular é a *razão axial*, que é a
>> relação das amplitudes dos vetores no plano *X* pelo plano *Y*. Num
>> circulo perfeito, esta relação é *1*, ou *0 dB*. Relação axial diferente
>> de 0 dB significa que a polarização não é perfeitamente circular, mas
>> elíptica.
>>
>>
>>
>>
>>
>> *Antenas circularmente polarizadas.*
>>
>>
>>
>> *Método 1* - Do exposto acima, pode se deduzir que para obter antenas com
>> polarização circular, a partir de antenas linearmente polarizadas (dipolos
>> ou Yagis, etc..), basta colocar duas destas antenas *cruzadas a 90 graus*,
>> sem deslocamento longitudinal, e *alimentadas* com *90 graus de
>> defasamento* elétrico (com um cabo com um quarto de onda<http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm>a mais no seu comprimento em uma das antenas por exemplo):
>>
>>
>>
>>  *Método 2 *- Outra forma de obter este defasamento é alimentar os *dois
>> dipolos em fase*, porém *deslocando* um dos dipolos de *um quarto de onda
>> * do outro, longitudinalmente no sentido da propagação, como na foto
>> abaixo:
>>
>> Obs.: os dois métodos anteriores só geram uma onda com polarização
>> circular  na direção de maior ganho, perpendicular ao plano dos dipolos.
>> Fora desta direção, a onda é elíptica, e a 90 graus desta direção, a onda é
>> linearmente polarizada.
>>
>> *Método 3* - Uma outra forma é usar antenas que já produzem *diretamente*
>> *a polarização circular*, como por exemplo as antenas *helicoidais*(longitudinais ou axiais). De acordo com a IEEE, o sentido de rotação da
>> onda circular gerada por uma helicoidal é o mesmo da rosca de um parafuso
>> gigante na qual a helicóide se encaixaria. Na foto é RHCP, pois tem
>> "rosca" idêntica a de um parafuso com rosca direita:
>>
>>
>>
>> *Importante*: antenas como a loop circular, Yagi com aros circulares,
>> magnetic loop, cúbica de quadro, delta loop, etc..., geram todas ondas *
>> linearmente* polarizadas ! Somente uma helicoidal no modo axial ou
>> longitudinal, ou a correta associação de duas antenas lineares quaisquer,
>> permite obter polarização circular. E duas helicoidais, uma RHCP e a outra
>> LHCP, alimentadas em fase e posicionadas lado lado e no mesmo sentido, geram
>> uma onda com polarização linear !.
>>
>>
>>
>>
>>
>> *Rejeição da polarização cruzada "X-pol rejection" ou "XPD"*
>>
>>
>>
>> Uma *característica de qualquer antena* (além de ganho, relação
>> frente/costas, impedância, banda passante, etc...), é a sua capacidade (ou
>> não) de *rejeição da polarização cruzada "X-pol ou cross-pol rejection *ou
>> *discrimination XPD" * em dB. Ou seja, é a capacidade da antena em
>> rejeitar a polarização ortogonal a sua, como por exemplo, uma antena com
>> polarização vertical rejeitar a polarização horizontal (e vice e versa) ou
>> uma antena com RHCP rejeitar a LHCP (ou vice e versa). Uma antena perfeita
>> teria rejeição X-pol infinita.
>>
>> Esta rejeição geralmente só é alta em freqüências de VHF para cima,
>> principalmente em micro-ondas. Rejeição alta de X-pol (20 dB ou mais)
>> permite *usar a mesma freqüência* para *duas transmissões simultâneas e
>> diferentes*, uma com RHCP e outra com LHCP, ou uma na vertical e outra na
>> horizontal, como é o caso em satélites de comunicação e TV
>> geoestacionários. Mas as duas antenas (TX e RX) de cada enlace devem ter
>> evidentemente o mesmo tipo de polarização e alta rejeição X-pol.
>>
>> Captar uma onda polarizada *circularmente* com uma antena de polarização
>> *linear *(ou vice e versa) causa sempre uma *perda de 3 dB* ! (nem mais,
>> nem menos. Não há rejeição X-pol entre polarizações linear e circular, ou
>> melhor, a rejeição é igual à aceitação: -3dB, pois a onda circular é
>> composta de duas componentes lineares. A antena linear capta apenas uma
>> destas componentes, portanto metade da potencia=-3dB). E captar uma onda
>> RHCP com uma antena LHCP sofre uma perda igual a rejeição de polarização
>> cruzada, que idealmente seria infinita.
>>
>> Em freqüências *abaixo de VHF*, como em ondas curtas e medias, a
>> polarização da onda não mantém o seu plano original devido a fenômenos de
>> propagação, e as próprias antenas tem baixa rejeição de X-pol, permitindo
>> assim usar polarizações diferentes na transmissão e recepção, sem muita
>> perda, ou seja, usar indiscriminadamente antenas verticais e horizontais
>> para TX e RX, sem muito prejuízo.
>>
>>
>>
>> *Como obter RHCP ou LHCP com dipolos cruzados.*
>>
>>
>>
>> Mostrarei a seguir como obter na pratica as formas 1 e 2 mencionadas
>> anteriormente. É claro que além de dipolos cruzados, podem ser cruzadas as
>> mais diversas antenas com polarização linear, como Yagis e outras. Mas
>> sempre teremos apenas dois pontos de alimentação, um em cada elemento
>> radiador, denominados dipolos no texto seguinte.
>>
>>
>>
>> *Método 1 :*
>>
>> Os dois dipolos estão na *mesma posição longitudinal *(no mesmo plano).
>> Portanto devem ser *alimentados* com um *defasamento relativo de 90 graus
>> *. A figura seguinte mostra os dipolos *vistos por trás*, portanto
>> olhando na direção <http://educar.sc.usp.br/fisica/vetores.html> da
>> propagação (se forem de duas Yagis, são vistos pelo lado dos refletores). As
>> polaridades instantâneas indicadas correspondem por exemplo ao condutor *interno
>> *do coaxial = *+*, sendo o *-* a blindagem do coaxial ou o outro lado do
>> balun. *Alimentando o dipolo B com um sinal atrazado 90 graus em relação
>> ao dipolo A,  teremos RHCP, pois quando o dipolo A receber o pico positivo
>> da senóide, o B não recebe nada. Quando o B receber o pico positivo, após
>> 1/4 de período, o A não recebe nada. Visto por traz, na direção de
>> propagação, o vetor campo elétrico passa da posição vertical e para cima,
>> para a posição horizontal e para a direita, portanto, rodou à direita ou
>> sentido horário. ao entrar num plano imaginário situado na frente da antena
>> *. Invertendo este defasamento relativo ou invertendo a polaridade de
>> alimentação de um dos dipolos, teremos LHCP.
>>
>> A figura seguinte mostra um exemplo da configuração dos cabos, para *antenas
>> com 50 ohms* de impedância e obter *RHCP, respeitando as polaridades da
>> figura anterior*. O trecho de cabo *D* de 50 ohms e de 1/4 de onda é o
>> que *gera o atraso <http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm#def>(ou
>> defasamento <http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm#def>) relativo
>> de 90 graus*, e *sem transformar a impedância *da antena. Os dois trechos
>> de cabos *Z* de 75 ohms atuam como* transformador de impedância<http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm#tra>
>> ,* transformando os 50 ohms de cada antena em 112 ohms, que ligados em
>> paralelo no T, voltam para 50 ohms (na verdade 56 ohms...), e introduzem
>> ambos 90 graus de atraso. Mas o que importa é que a fase da antena B esteja
>> 90 para trás da antena A, o que é feito pelo cabo *D*.
>>
>> É evidente que os cabos *Z* também (e somente eles) podem ter
>> comprimentos iguais a *múltiplos impares inteiros de 1/4* de onda, o que
>> as vezes facilita a sua instalação, mas desde que os dois cabos também
>> tenham comprimentos *iguais*. Nunca é demais lembrar que o comprimento de
>> um cabo coaxial é igual ao comprimento elétrico de onda desejado no ar,
>> multiplicado pelo *fator de velocidade do cabo*. É obvio que também podem
>> ser feitas outras combinações de cabos, desde que se consiga transformar a
>> impedância das duas antenas em paralelo para 50 ohms e ao mesmo tempo os 90
>> graus de atraso relativo. Trocando a polaridade das conexões de uma das
>> antenas, ou inserindo mais um cabo de meia onda em uma delas, teremos
>> LHCP. Uma outra forma *alternativa* de ligar os cabos é fazer o paralelo
>> das duas antenas de 50 ohms, o que resulta em 25 ohms no T, e depois
>> transformar estes 25 ohms para 50 ohms, com um cabo de 1/4 de onda e 35
>> ohms, que pode ser feito com dois cabos de 75 ohms em paralelo, como mostra
>> a figura seguinte:
>>
>>
>>
>>
>>
>> *Método 2 :*
>>
>> Agora os dois dipolos (ou as duas Yagis) são *deslocados
>> longitudinalmente de 1/4 de onda* (no ar). Portanto as duas antenas agora
>> devem ser *alimentadas em fase*. Usando novamente a figura dos dipolos
>> anterior, e supondo que o dipolo* B está mais perto do observador situado
>> atrás* da antena (ou seja, está mais recuado em relação ao *A* na direção
>> de propagação) teremos *RHCP*.  A pequena desvantagem deste método é que
>> o boom da antena fica 1/4 de onda mais comprido em relação ao método 1, mas
>> a *grande vantagem *em relação ao método 1 é que não precisa do cabo
>> defasador *D*, que pelo fato de ter 1/4 de onda, pode causar
>> transformação indesejável de impedância caso a antena não tenha a mesma
>> impedância que esta cabo !. A figura seguinte mostra um exemplo de
>> interligação:
>>
>> Continuam valendo as observações anteriores em relação aos cabos *Z**,* e
>> mudança de polarização. Veja um exemplo OZ2OE<http://hjem.get2net.dk/ole_nykjaer/oz2oe/xyagi/build_yagi.html>.
>> Veja mais um exemplo deste método, por PY2BBS<http://www.msxpro.com/py2bbs/satelite_cross_yagi.php>.
>> Também pode ser usada a seguinte configuração *alternativa *de cabos:
>>
>>
>>
>>
>>
>> E nos dois métodos *alternativos* anteriores, a transformação de *25 para
>> 50 ohms* pode ser ainda *mais bem feita* usando o transformador de *
>> Regier* <http://www.cebik.com/trans/ser.html> ou *1/12 lambda*<http://ourworld.compuserve.com/homepages/demerson/twelfth.htm>,
>> como mostra a figura seguinte (não esquecer o fator de velocidade do cabo!),
>> com a grande vantagem de usar *somente cabos de 50 ohms* !:
>>
>> (No caso das linhas com 75 ohms, a resultante é 75x75/50=56,25 ohms ou
>> (75/2)x(75/2)/25=56,25 ohms. O transformador acima fornece exatamente 50
>> ohms a partir de 25 ohms.)
>>
>>
>>
>> *IMPORTANTE*: em ambos os métodos 1 e 2, o *ganho total* das duas antenas
>> continua *igual ao ganho de uma só*, contrariamente ao que acontece em
>> sistemas colineares, onde as antenas são alimentadas em fase. Se por
>> exemplo, uma antena tem 10 dBi de ganho, duas delas cruzadas e eletricamente
>> a 90 graus pelo método 1 ou 2, terão um ganho total de 10 dBic, o *c*indicando apenas a polarização circular.
>>
>>
>>
>> *Método intermediário ao 1 e 2 ...*
>>
>> Podemos combinar os dois métodos anteriores (mas para que complicar ?)
>> fazendo com que os 90 graus necessários sejam feitos em parte eletricamente
>> e em parte fisicamente. Por exemplo, podemos deslocar longitudinalmente as
>> duas antenas de *1/8 de onda* (no ar) o que equivale a 45 graus
>> elétricos. Ainda faltam 45 graus que serão feitos com um pedaço de *cabo
>> de 1/8 do onda* a mais em uma das antenas, desde que na antena certa !.
>> Para obter *RHCP* por exemplo, usamos o exemplo do método 1, mas com o
>> cabo *D* de 1/8 de onda (não esquecer o fator de velocidade do cabo) e
>> deslocamos as antenas como no exemplo 2, mas apenas de 1/8 de onda no ar.
>> Qualquer outra combinação, como 1/12 de cabo + 1/6 de onda de deslocamento
>> (30 graus +60 graus) também funciona... Uma desvantagem deste método é
>> que não permite inverter de RHCP para LHCP simplesmente trocando a
>> polaridade de uma das antenas.
>>
>>
>>
>> *Conclusão*: é evidente que podem ser feitas inúmeras outras formas de
>> interligação, polaridades, comprimentos, deslocamentos, impedâncias de
>> antenas, impedâncias de cabos, etc.. Basta verificar a correta *transformação
>> e combinação* de impedâncias<http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm>,
>> e *como o vetor onda* eletromagnética de cada radiador se *situa na
>> direção de propagação* em relação ao do outro radiador, incluindo o
>> defasamento elétrico relativo dos dois radiadores:
>>
>>
>>
>> Trocando em miúdos, veja este exemplo do método 2:
>>
>>  Na foto acima, temos uma antena feita por Luciano PY2BBS<http://www.msxpro.com/py2bbs/satelite_cross_yagi.php>.
>> Ela é vista *por trás* (como manda a IEEE). O vetor que sai primeiro
>> desta antena é logicamente o do dipolo mais adiantado (mais na frente da
>> antena), que no caso é o dipolo vertical . Como as duas antenas estão
>> alimentadas *em fase*, na mesma hora que o dipolo vertical recebe o pico
>> positivo da onda senoidal de tensão, gerando um vetor vertical para cima (12
>> horas no relógio, seta para cima),  o dipolo horizontal também recebe este
>> mesmo pico positivo, e portanto gera um vetor na horizontal e para esquerda
>> (9 horas no relógio). Isto porque a polaridade de ligação dos coaxiais é:
>> condutor interno para cima no dipolo vertical e condutor interno para a
>> esquerda do dipolo horizontal. Como o *primeiro vetor a sair da frente*da antena é o vertical para cima (12 horas), seguido (apos um tempo de um
>> quarto de período da onda) pelo horizontal à esquerda (9 horas), o vetor, ao
>> se propagar na direção de propagação e olhando por trás, rodou no sentido
>> *anti-horário* (de 12 para 9 horas), portanto corresponde a uma onda*LHCP.
>> *Não importa se rodarmos a antena em torno do boom, sempre teremos LHCP,
>> mesmo virando-a de costas. A rosca de um parafuso não muda com a sua posição
>> ! .
>>
>>   *Trocando a polaridade de apenas um dos cabos*, por exemplo, ligando o
>> condutor interno do coaxial à direita do dipolo horizontal, teremos *RHCP,
>> *pois o dipolo horizontal gera agora um vetor horizontal a direita (3
>> horas) ao mesmo tempo que o dipolo vertical continua gerando o mesmo "12
>> horas". O primeiro vetor a deixar a antena continua sendo o "12 horas",
>> seguido, um quarto de período depois, pelo "3 horas", portanto girando agora
>> no sentido horário e gerando, de acordo com a IEEE, *RHCP.* Mas se
>> olharmos de frente para antena, a onda indo em nossa direção (não mais se
>> afastando), o sentido de rotação do vetor é invertido (saindo do plano), mas
>> a polarização é sempre a mesma. Num parafuso com rosca direita, você gira a
>> porca a direita para apertar, e a gira a esquerda para desapertar, mas a
>> rosca sempre é direita.
>>
>> *Detalhe interessante:* os dois dipolos também irradiam para trás, em
>> direção ao observador da foto anterior, mas gerando uma onda RHCP !. Esta
>> onda será redirecionada para a frente da antena pelos refletores. Como a
>> onda circular muda de sentido ao ser refletida, esta onda refletida está
>> agora no mesmo sentido LHCP da onda gerada para frente, e portanto se
>> somando construtivamente e contribuindo para o ganho da antena, desde que a
>> distancia relativa refletores/dipolos esteja correta.
>>
>>
>>
>> Fonte: Site de *Roland, PY4ZBZ / F5NCB*.( http://www.qsl.net/p/py4zbz/ )
>>
>>
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>> CLUSTER mailing list
>> CLUSTER  radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal

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espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir dados.
Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa fortes
interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não à tecnologia
power line. Proteja o ambiente
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