ARLA/CLUSTER: FW: Uma antena NVIS por Luíz Belem, PY1UR.
João Gonçalves Costa
joao.a.costa ctt.pt
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2009 - 10:56:41 WEST
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De: Miguel Aires Tinoco Andrade
Enviada: quinta-feira, 21 de Maio de 2009 17:05
Para: João Gonçalves Costa
Assunto: RE: Uma antena NVIS por LuÃz Belem, PY1UR.
Funciona e muito bem !
Deu-me muitas alegrias pois foi a minha primeira antena de HF.
Como não tinha fita de 300 Ohms usei fio da mesma secção com separadores ( muito artesanal ), no entanto essa opção destina-se apenas a compensar a baixa impedância que o mesmo desenho apresenta se realizado com um vulgar dipolo.
Descobri-o por tentativa e erro.
Para DX é de facto péssima e como na altura era um principiante e não sabia da existência de algo denominado NVIS... abandonei o projecto em poucos meses.
Mais tarde montei outra em Lisboa mas o impacto visual “ matou-a “ em poucos meses também.
Para além disso já não havia propagação nos 40 metros nessa altura.
Um abraço
Miguel
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From: João Gonçalves Costa <joao.a.costa ctt.pt> [mailto:João Gonçalves Costa <joao.a.costa ctt.pt>]
Sent: quinta-feira, 21 de Maio de 2009 16:17
To: 'Resumo Noticioso Electr¾nico ARLA'
Subject: Uma antena NVIS por LuÃz Belem, PY1UR.
Importance: High

NVIS
NVIS quer dizer Near Vertical Incidence Skywave, que pode ser traduzido como onda espacial com incidência próxima à vertical. Então a antena irradia para cima, não é? É mais ou menos isso, mas eu não vou me alongar com esses conceitos. Só sei que funciona bem (se é que funciona) para frequências abaixo de 8MHz, abrangendo as faixas de 40, 80 e 160m. O fato de a antena ser posicionada próxima ao solo, faz com que os ruÃdos provenientes de um ângulo baixo sejam bastante atenuados, qualquer coisa em torno de 15 dB. Como o ângulo de irradiação é bastante grande, escutam-se estações em um raio de 500 km com um sinal bem mais forte do que com um dipolo de meia onda convencional. Funciona muito bem nos horários em que se deseja falar com o “colega da esquina†e só se escutam estações mais distantes. Acontece muito em 40 e 80m. Em contrapartida, esta antena não se presta ao DX.
Como sempre, andei fuçando a Internet e coleccionei algumas opiniões e conceitos sobre essa antena. Alguns acham que é fantástica e chegam a falar em ganho de até 10 dB sobre o dipolo, para as estações próximas!!! Outros acham que não fede, nem cheira. Uma minoria afirma que é uma… porcaria, digamos assim! Eu fico com os optimistas e os indiferentes. Afinal de contas, eu ainda não testei a antena, nem vou faze-lo enquanto estiver morando em um lote com 24 X 10m, com uma casa no meio, mas pretendo experimentá-la nos concursos brasileiros que começarão a partir do meio do ano, do shack da PY1AFR, em 40 e 80m. Naturalmente, usarei também a boa, velha e confinável dipolo, além de uma yagi de 2 elementos com carga linear, esta última somente em 40m.
O projecto que mais me chamou a atenção foi o de uma antena NVIS para 40m, para ser construÃda a 2,15 m do solo, com 3 reflectores sobre o mesmo. O artigo original, para quem quiser ver, está neste link<http://www.hamuniverse.com/supernvis.html>. Refiz o desenho do autor, com dizeres em português e mais esclarecedores.
Pode parecer esquisito fazer uma antena baixinha assim, pois pode encorajar a cristal a pendurar a roupa lavada no “varalâ€. Contudo, a proximidade em relação ao solo é que confere à antena as propriedades anunciadas: privilegiar as estações em um raio de até 500 km e reduzir bastante o QRM/QRN. No desenho acima, sugere-se a utilização de um dipolo dobrado feito com fita de 300 ohms para TV, como elemento irradiante. Por este motivo, escolhi este projecto para comentar. Se se utilizasse um dipolo de 1/2 onda comum, a impedância da antena ficaria muito baixa, algo entre 10 e 15 ohms, haja vista a proximidade do solo e dos elementos reflectores. Como a impedância de um dipolo dobrado, no espaço livre, é 200 e poucos ohms, quando fica próximo ao solo e aos elementos reflectores parasitas, cai para 50 ohms, mais ou menos. Muito conveniente!
[http://py1ur.files.wordpress.com/2009/03/nvis-5002.gif?w=500&h=345]
As medidas no desenho estão indicadas como fracções do comprimento de onda relativo à frequência central que se quer utilizar.
Por exemplo, para a faixa de 40m, na frequência de 7,070 MHz, o comprimento de onda é 42,43m, calculado pela formulazinha do desenho: λ = 300/f (MHz). DaÃ, e só fazer as continhas de multiplicar: 0,51λ = 21,64m; 0,476λ = 20,20m; 0,043λ = 1,82m e 0,05λ = 2,12m. No mais, o desenho já diz tudo. O negócio é experimentar, experimentar e experimentar, mas é proibido usar mastros metálicos para a sustentação da antena.
[http://tbn3.google.com/images?q=tbn:AVIHabQjFAynFM:http://www.radioamador.org.br/colegas/cc-py1ur.jpg]<http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.radioamador.org.br/colegas/cc-py1ur.jpg&imgrefurl=http://www.radioamador.org.br/colegas/index.php%3Ft%3D1&usg=__3pt6NpJaVIWUPjQ4kcuWetaUlUI=&h=294&w=400&sz=22&hl=pt-PT&start=3&sig2=nuKH0Mh8V7_YEIAEyEsOlw&um=1&tbnid=AVIHabQjFAynFM:&tbnh=91&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3DPY1UR%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN%26um%3D1&ei=hGQVSu3rNcSP-Aad1YzvDA>
LuÃz Belém, PY1UR. http://py1ur.wordpress.com<http://py1ur.wordpress.com/>
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Um anexo em HTML foi limpo...
URL: http://radio-amador.net/pipermail/cluster/attachments/20090522/db38767d/attachment.htm
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