Re: ARLA/CLUSTER: Notícias da AMRAD:À terceira é de Vez, será mesmo assim, questionamos?
Paulo Calvo
paulo.calvo brilhomania.pt
Terça-Feira, 5 de Maio de 2009 - 10:25:15 WEST
Olá
O radioamadorismo em Portugal é um espelho da sociedade portuguesa. O que até nem é de espantar.
Temos obrigação de melhorar e de aprender.
E eu acho que as coisas têm melhorado, devagar mas de forma segura.
Se o senhor consultar a legislação ainda em vigor encontrará a matéria para exame. Está tudo no site da ANACOM, e é fácil de encontrar na Gestão do Espectro.
Posso dizer-lhe como é que eu fiz:
- Imprimi a legislação e estudei-a;
- Comprei o Handbook da ARRL e procurei a matéria listada no legislação.
- Estudei essa legislação;
- Marquei o exame para a classe B.
- Apareci no dia do exame fiz o dito e passei.
Mais fácil que isto é dificil de encontrar.
Com os melhores cumprimentos
CT1IDW
----- Original Message -----
From: Manuel Vasco
To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Sent: Monday, May 04, 2009 10:22 PM
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Notícias da AMRAD:À terceira é de Vez, será mesmo assim, questionamos?
Eu não fazia a mínima ideia que o radioamadorismo está a ficar como os Bombeiros da minha terra.
Uns já lá estiveram a nada fizeram ,outros nunca lá estiveram criticam quem lá está ou esteve mas não se apresentam para avançar.
Outros mesmo sabendo que tem culpas no cartório e um passado de que nada se podem orgulhar ,continuam a querer ir para lá só pelo estatuto que isso lhes dá na terra.
E a corporação continua a apagar fogos porque os verdadeiros bombeiros ,esses não querem saber dessas coisas para nada.
Vejam bem o paralelismo até eu não sendo radioamador já entendi o que se passa.
Pelo visto,um dia destes há a federação de meia dúzia de radioamadores e a maioria essa não vai ter voz ,porque segundo alguns ,são incultos mal preparados e como tal vão ter que criar outra mais outra associação fora da federação para assim poderem dizer que são a maioria.
E os radios os transitores as aulas para quem como eu quer ser radioamador e até agora só me ofereceram um curso na Marinha Grande que eu agradeci mas é muito longe de minha casa?
Estou a comessar a entender que se quero tirar a carta de radioamador,vou ter que me valer de algum colega da antiga CB para ele me indicar como fez e qual a matéria e como fazer para estudar porque aqui já vi qual é a prioriudade.
Desculpem mas é o que eu acho depois de ter lido os textos anteriores.
Manuel Vasco
2009/5/4 João Gonçalves Costa <joao.a.costa ctt.pt>
Notícias da AMRAD:
À terceira é de Vez, será mesmo assim, questionamos?
Esta data comemorativa, a do 25 de Abril de 1974, obriga-nos a uma séria reflexão, as opiniões divergem, mas os factos são estes:
A Plataforma Nacional das Associações de Radioamadorismo assume-se como um Movimento Cívico, de cidadãos e de dirigentes associativos. Um movimento plural, pela democracia, na defesa individual e colectiva dos titulares de um CAN (Certificado de Amador Nacional) e também da representatividade do Radioamadorismo português plural e multidisciplinar (fora da IARU).
Durante o primeiro workshop, que a AMRAD subscreveu, e decorreu na «capital da liberdade» em Santarém, em Abril de 2009, os promotores dessa iniciativa aberta a todas as associações portuguesas do continente e regiões autónomas, quiseram deixar formalmente reconhecido, um justo e merecido reconhecimento e hoemagem pelo esforço ímpar e a dedicação cívica, com que muitas centenas de amadores de rádio portugueses, logo após o 25 de Abril de 1974 e até hoje, tem dedicado à defesa democrática do associativismo nacional, na tentativa da criação de um organismo federativo nacional.
Contudo, reconhecemos que, foi a dualidade de muitos, o individualismo de outros, mas todos igualmente subordinados aos interesses materiais impostos pela IARU, que fizeram com que nada disso tivesse sido possível de criar e elevar em Portugal.
Foi o peso e o interesse pelo QSL, quem falou e fala, desde sempre, mais alto, essa é a verdade inequívoca. Este dado permite-nos concluir que é o desporto e a competição que movem os amadores associados em torno da IARU. Mas existe Radioamadorismo para além deles, e são todos os outros, são 80% dos amadores mundiais.
Passaram longos 35 anos, três décadas e meia, são já quase meio século, sobre a Revolução Democrática do 25 de Abril de 1974, quando um ou outro organismo dotado de figura colectiva, ainda prossegue modelos de funcionamento criados em 1926, durante o nascer do «estado novo», e que em nada mudaram, são acicatados e tem de viver com as regras impostas pela IARU, uma entidade estrangeira, com estatutos inconstitucionais em Portugal e na União Europeia.
Na Região 1 da UIT – União Internacional das Telecomunicações, mais de 80% dos Amadores de Rádio não estão sequer representados nem são filiados na IARU. Em Portugal são cerca de 87% com tendência para aumentar o número de amadores que ou nunca se inseriram, ou saíram e estão presentemente fora da IARU, noutros movimentos e associações. A grande maioria dos portugueses considera que a IARU não serve nem a representatividade (cerca de 13% em Portugal), nem sequer e menos ainda, os propósitos contemporâneos do Radioamadorismo moderno e universal. Esse progresso depende das organizações e nunca da IARU, que nem promove políticas nem estratégias de desenvolvimento.
A grande maioria das associações (desportivas) filiadas na IARU ficou-se pela promoção competitiva do DX e concursos, segundo os modelos praticados nos anos de 1950 nas faixas de frequência entre 7 e cerca dos 21 MHz, continuam a operar em fonia, muitos nem querem estar qualificados para a prática da telegrafia, e só fazem concursos desportivos. Nalguns casos mais extremos, tem vindo a desvirtuar e a impedir o progresso do espírito pioneiro do amador de rádio, em particular, são contra a promoção da cultura científica e tecnológica (a base do radioamadorismo) e ainda da auto-aprendizagem. Estes são alguns dos factores essenciais de valorização do Radioamadorismo que se tem vindo a perder força cultural e a serem desvirtuados nos últimos 30 anos.
Atentos a essas evoluções, contra essas transformações menos virtuosas, estão os restantes 80% dos amadores de rádio, que são livres da IARU, e que se organizam democraticamente, em pequenos círculos de interesse, descentralizados, buscando soluções integradas para a defesa de causas e valores que consideram determinantes para o verdadeiro progresso do Radioamadorismo, tudo aquilo que se obteve e faz fora da IARU, é sem dúvidas a "verdade de La Palice" (uma evidência tão grande que se tornou ridícula ...).
A ARR teve a gentileza de Nos acolher neste workshop, e ainda a dignidade de convidar todos os dirigentes e as associações portuguesas de radioamadorismo.
Em baixo uma pequena noticia (em castelhano) um gesto de amizade da nossa congénere Ibérica a FEDI-EA, uma das fundadoras da recentemente criada EURAO – European Radio Amateur’s Organization.
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Portugal: a la tercera va la vencida?
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Nuevo intento de nuestros vecinos ibéricos para organizar y agrupar los esfuerzos de sus distintos radio clubs bajo la Plataforma Nacional de las Asociaciones de Radioafición.
Veja mais em FEDI-EA:
25-04-2009 23:21
Nasceu a EURAO – European Radio Amateur's Organization
Nasceu a Organização Europeia de Radioamadorismo a EURAO. Surge com a finalidade de agrupar todo o movimento associativo de radioamadorismo, que existe e funciona fora da IARU, em toda a Europa, designadamente em Portugal e Espanha.
Presentemente, as associações filiadas da IARU (em virtude da sua inconstitucionalidade), representam apenas uma pequena percentagem dos titulares do serviço de amador em toda a Europa, onde as constituições nacionais e europeia proíbem o monopólio e o oligopólio (agentes e delegações do monopólio). Considerando que nem a IARU nem as associações nela filiadas, são do ponto de vista estatutário, organismos federativos e ou confederativos, salvo alguns casos pontuais, como a França.
Numa fase inicial, subscreveram o projecto de fundação da EURAO, Organização Europeia de Radioamadorismo, constituindo-se numa Comissão, as seguintes organizações europeias e mediterrânicas: a Union des Radio-Clubs et des Radioamateurs, pela França, o Centro Italiano di Sperimentazione ed Attività Radiantistiche, pela Itália, a Federación Digital EA pela Espanha, e ao que se deverão seguir Portugal, com o recente projecto do movimento cívico, criado a partir da Plataforma Nacional das Associações de Radioamadorismo, este é desde logo, um tema em debate conjunto, em dirigentes de Portugal e Espanha.
Temos de considerar que foram um longo percurso de 35 anos de exclusão, e mais grave, de um profundo autismo civilizacional e cultural. Uma situação de exclusão, que impera baseada num mero negócio, o do QSL, e não nos interesses comuns e estruturantes do próprio Radioamadorismo e da sua multidisciplinaridade. Onde a própria IARU se auto-restringiu ao amador de radiocomunicações de HF, deixando que todas as modernas disciplinas e tecnologias do Radioamadorismo do pós 1980, estejam a ser promovidas e desenvolvidas fora da sua estrutura e mais grave, fora das sociedade que a compõem, e que com ela nasceram no primeiro quarto do século passado. Excluindo o pluralismo e a diversidade cultural e cientifica do Amador de Rádio e do Radioamadorismo contemporâneo, o do século XXI.
Portugal seguramente que fará parte da EURAO, e acompanhará o movimento europeu.
Na Europa, a média dos amadores não filiados na IARU é de 60%, são os cidadãos livres, os organismos democráticos, que não pertencem ou que não se subordinam às imposições antidemocráticas, às regras impostas por algumas sociedades filiadas na IARU. No caso de Portugal, no continente e nas regiões autónomas, apenas cerca de 10 a 12 % estão filiados ou contribuem para a IARU. Todavia a situação em toda a Europa é similar, a IARU pelo facto de não se actualizar, e manter no centro das suas actividades, não a interdisciplinaridade e a criação de um organismo confederativo mundial, suporta apenas o negócio do postal de QSL e dos diplomas e troféus, o grande motor económico da IARU.
Sem entrarmos em grandes rácios, e segundo dados dos nossos colegas europeus, a verdade é que no caso da Europa, se encontram situações iguais quer em Espanha, onde 64% dos amadores licenciados está fora da IARU, na Itália são 65%, na França 61%, em Portugal deverão ser mais de 87%, e no Reino Unido são 65%, sendo menor o rácio na Alemanha, de apenas 45%, considerando que a DARC é uma organização culturalmente multidisciplinar e tecnologicamente muito avançada, onde há lugar à diferença cultural, o que não corre nem em Portugal, nem na generalidade dos países mediterrânicos.
Veja mais em EURAO:
www.amrad.pt
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http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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