Re: ARLA/CLUSTER: Notícias da AMRAD:À terceira é de Vez, será mesmo assim, questionamos?

TUXA luistuxa gmail.com
Segunda-Feira, 4 de Maio de 2009 - 22:48:18 WEST


Caríssimo Manuel Vasco

Muito francamente como é meu hábito, não se apresse a fazer juízos
precipitados sobre o que se faz em Portugal em matéria de radioamadorismo.
Não pode de forma alguma julgar uma comunidade de cerca de 5000
radioamadores, pelo que ouviu dizer a meia dúzia deles. Vá-se inteirando com
calma da realidade portuguesa, se está realmente interessado em fazer exame
contacte as Associações existentes, algumas fazem cursos de preparação,
nomeadamente a ARR. Se precisar de qualquer ajuda, disponha.

73, CT1GUJ
Luis Braz


2009/5/4 Manuel Vasco <ctvasco  gmail.com>

> Eu não fazia a mínima ideia que o radioamadorismo  está a ficar como os
> Bombeiros da minha terra.
> Uns já lá estiveram a nada fizeram ,outros nunca lá estiveram criticam quem
> lá está ou esteve mas não se apresentam para avançar.
> Outros mesmo sabendo que tem culpas no cartório e um passado de que nada se
> podem orgulhar ,continuam a querer ir para lá só pelo estatuto que isso lhes
> dá na terra.
> E a corporação continua a apagar fogos porque os verdadeiros bombeiros
> ,esses não querem saber dessas coisas para nada.
> Vejam bem o paralelismo até eu não sendo radioamador já entendi o que se
> passa.
> Pelo visto,um dia destes há a federação de meia dúzia de radioamadores e a
> maioria essa não vai ter voz ,porque segundo alguns ,são incultos mal
> preparados e como tal vão ter que criar outra mais outra associação fora da
> federação para assim poderem dizer que são a maioria.
> E os radios os transitores as aulas para quem como eu quer ser radioamador
> e até agora só me ofereceram um curso na Marinha Grande que eu agradeci mas
> é muito longe de minha casa?
> Estou a comessar a entender que se quero tirar a carta de radioamador,vou
> ter que me valer de algum  colega da antiga CB para ele me indicar como fez
> e qual a matéria e como fazer para estudar porque aqui já vi qual é a
> prioriudade.
> Desculpem mas é o que eu acho depois de ter lido os textos anteriores.
>
> Manuel Vasco
>
>
> 2009/5/4 João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt>
>
>>  *Notícias da AMRAD:*
>>
>>   À terceira é de Vez, será mesmo assim, questionamos?
>> <http://www.amrad.pt/newsctrl/scripts/full-news.php?1240698060>
>>
>> Esta data comemorativa, a do 25 de Abril de 1974, obriga-nos a uma séria
>> reflexão, as opiniões divergem, mas os factos são estes:
>>
>> A Plataforma Nacional das Associações de Radioamadorismo assume-se como um
>> Movimento Cívico, de cidadãos e de dirigentes associativos. Um movimento
>> plural, pela democracia, na defesa individual e colectiva dos titulares de
>> um CAN (Certificado de Amador Nacional) e também da representatividade do
>> Radioamadorismo português plural e multidisciplinar (fora da IARU).
>>
>> Durante o primeiro workshop, que a AMRAD subscreveu, e decorreu na
>> «capital da liberdade» em Santarém, em Abril de 2009, os promotores dessa
>> iniciativa aberta a todas as associações portuguesas do continente e regiões
>> autónomas, quiseram deixar formalmente reconhecido, um justo e merecido
>> reconhecimento e hoemagem pelo esforço ímpar e a dedicação cívica, com que
>> muitas centenas de amadores de rádio portugueses, logo após o 25 de Abril de
>> 1974 e até hoje, tem dedicado à defesa democrática do associativismo
>> nacional, na tentativa da criação de um organismo federativo nacional.
>>
>> Contudo, reconhecemos que, foi a dualidade de muitos, o individualismo de
>> outros, mas todos igualmente subordinados aos interesses materiais impostos
>> pela IARU, que fizeram com que nada disso tivesse sido possível de criar e
>> elevar em Portugal.
>> Foi o peso e o interesse pelo QSL, quem falou e fala, desde sempre, mais
>> alto, essa é a verdade inequívoca. Este dado permite-nos concluir que é o
>> desporto e a competição que movem os amadores associados em torno da IARU.
>> Mas existe Radioamadorismo para além deles, e são todos os outros, são 80%
>> dos amadores mundiais.
>>
>> Passaram longos 35 anos, três décadas e meia, são já quase meio século,
>> sobre a Revolução Democrática do 25 de Abril de 1974, quando um ou outro
>> organismo dotado de figura colectiva, ainda prossegue modelos de
>> funcionamento criados em 1926, durante o nascer do «estado novo», e que em
>> nada mudaram, são acicatados e tem de viver com as regras impostas pela
>> IARU, uma entidade estrangeira, com estatutos inconstitucionais em Portugal
>> e na União Europeia.
>>
>> Na Região 1 da UIT – União Internacional das Telecomunicações, mais de 80%
>> dos Amadores de Rádio não estão sequer representados nem são filiados na
>> IARU. Em Portugal são cerca de 87% com tendência para aumentar o número de
>> amadores que ou nunca se inseriram, ou saíram e estão presentemente fora da
>> IARU, noutros movimentos e associações. A grande maioria dos portugueses
>> considera que a IARU não serve nem a representatividade (cerca de 13% em
>> Portugal), nem sequer e menos ainda, os propósitos contemporâneos do
>> Radioamadorismo moderno e universal. Esse progresso depende das organizações
>> e nunca da IARU, que nem promove políticas nem estratégias
>> de desenvolvimento.
>>
>> A grande maioria das associações (desportivas) filiadas na IARU ficou-se
>> pela promoção competitiva do DX e concursos, segundo os modelos praticados
>> nos anos de 1950 nas faixas de frequência entre 7 e cerca dos 21 MHz,
>> continuam a operar em fonia, muitos nem querem estar qualificados para a
>> prática da telegrafia, e só fazem concursos desportivos. Nalguns casos mais
>> extremos, tem vindo a desvirtuar e a impedir o progresso do espírito
>> pioneiro do amador de rádio, em particular, são contra a promoção da cultura
>> científica e tecnológica (a base do radioamadorismo) e ainda da
>> auto-aprendizagem. Estes são alguns dos factores essenciais de valorização
>> do Radioamadorismo que se tem vindo a perder força cultural e a serem
>> desvirtuados nos últimos 30 anos.
>>
>> Atentos a essas evoluções, contra essas transformações menos virtuosas,
>> estão os restantes 80% dos amadores de rádio, que são livres da IARU, e que
>> se organizam democraticamente, em pequenos círculos de interesse,
>> descentralizados, buscando soluções integradas para a defesa de causas e
>> valores que consideram determinantes para o verdadeiro progresso do
>> Radioamadorismo, tudo aquilo que se obteve e faz fora da IARU, é sem dúvidas
>> a "verdade de La Palice" (uma evidência tão grande que se tornou ridícula
>> ...).
>>
>> A ARR teve a gentileza de Nos acolher neste workshop, e ainda a
>> dignidade de convidar todos os dirigentes e as associações portuguesas de
>> radioamadorismo.
>>
>> Em baixo uma pequena noticia (em castelhano) um gesto de amizade da nossa
>> congénere Ibérica a FEDI-EA, uma das fundadoras da recentemente criada *EURAO
>> – European Radio Amateur’s Organization*.
>>
>>
>>
>> ______________________________________________________________
>>
>> *Portugal: a la tercera va la vencida?*
>> ______________________________________________________________
>>
>> Nuevo intento de nuestros vecinos ibéricos para organizar y agrupar los
>> esfuerzos de sus distintos radio clubs bajo la Plataforma Nacional de las
>> Asociaciones de Radioafición.
>>
>> Veja mais em FEDI-EA: <http://fediea.org/news/?news=20090418> <http://www.amrad.pt/newsctrl/scripts/full-news.php?1240698060>
>>
>>  25-04-2009 23:21  Nasceu a EURAO – European Radio Amateur's Organization
>> <http://www.amrad.pt/newsctrl/scripts/full-news.php?1240383360>
>>
>> Nasceu a Organização Europeia de Radioamadorismo a EURAO. Surge com a
>> finalidade de agrupar todo o movimento associativo de radioamadorismo, que
>> existe e funciona fora da IARU, em toda a Europa, designadamente em Portugal
>> e Espanha.
>>
>> Presentemente, as associações filiadas da IARU (em virtude da sua
>> inconstitucionalidade), representam apenas uma pequena percentagem dos
>> titulares do serviço de amador em toda a Europa, onde as constituições
>> nacionais e europeia proíbem o monopólio e o oligopólio (agentes e
>> delegações do monopólio). Considerando que nem a IARU nem as associações
>> nela filiadas, são do ponto de vista estatutário, organismos federativos e
>> ou confederativos, salvo alguns casos pontuais, como a França.
>>
>> Numa fase inicial, subscreveram o projecto de fundação da EURAO,
>> Organização Europeia de Radioamadorismo, constituindo-se numa Comissão, as
>> seguintes organizações europeias e mediterrânicas: a Union des Radio-Clubs
>> et des Radioamateurs, pela França, o Centro Italiano di Sperimentazione ed
>> Attività Radiantistiche, pela Itália, a Federación Digital EA pela Espanha,
>> e ao que se deverão seguir Portugal, com o recente projecto do movimento
>> cívico, criado a partir da Plataforma Nacional das Associações de
>> Radioamadorismo, este é desde logo, um tema em debate conjunto, em
>> dirigentes de Portugal e Espanha.
>>
>> Temos de considerar que foram um longo percurso de 35 anos de exclusão, e
>> mais grave, de um profundo autismo civilizacional e cultural. Uma situação
>> de exclusão, que impera baseada num mero negócio, o do QSL, e não nos
>> interesses comuns e estruturantes do próprio Radioamadorismo e da sua
>> multidisciplinaridade. Onde a própria IARU se auto-restringiu ao amador de
>> radiocomunicações de HF, deixando que todas as modernas disciplinas e
>> tecnologias do Radioamadorismo do pós 1980, estejam a ser promovidas e
>> desenvolvidas fora da sua estrutura e mais grave, fora das sociedade que a
>> compõem, e que com ela nasceram no primeiro quarto do século passado.
>> Excluindo o pluralismo e a diversidade cultural e cientifica do Amador de
>> Rádio e do Radioamadorismo contemporâneo, o do século XXI.
>>
>>
>>
>> Portugal seguramente que fará parte da EURAO, e acompanhará o movimento
>> europeu.
>>
>> Na Europa, a média dos amadores não filiados na IARU é de 60%, são os
>> cidadãos livres, os organismos democráticos, que não pertencem ou que não se
>> subordinam às imposições antidemocráticas, às regras impostas por algumas
>> sociedades filiadas na IARU. No caso de Portugal, no continente e nas
>> regiões autónomas, apenas cerca de 10 a 12 % estão filiados ou contribuem
>> para a IARU. Todavia a situação em toda a Europa é similar, a IARU pelo
>> facto de não se actualizar, e manter no centro das suas actividades, não a
>> interdisciplinaridade e a criação de um organismo confederativo mundial,
>> suporta apenas o negócio do postal de QSL e dos diplomas e troféus, o grande
>> motor económico da IARU.
>>
>> Sem entrarmos em grandes rácios, e segundo dados dos nossos colegas
>> europeus, a verdade é que no caso da Europa, se encontram situações iguais
>> quer em Espanha, onde 64% dos amadores licenciados está fora da IARU, na
>> Itália são 65%, na França 61%, em Portugal deverão ser mais de 87%, e no
>> Reino Unido são 65%, sendo menor o rácio na Alemanha, de apenas 45%,
>> considerando que a DARC é uma organização culturalmente multidisciplinar e
>> tecnologicamente muito avançada, onde há lugar à diferença cultural, o que
>> não corre nem em Portugal, nem na generalidade dos países mediterrânicos.
>>
>> Veja mais em EURAO: <http://www.eurao.org/> <http://www.amrad.pt/newsctrl/scripts/full-news.php?1240383360>
>>
>>  www.amrad.pt
>>
>> _______________________________________________
>> CLUSTER mailing list
>> CLUSTER  radio-amador.net
>> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>>
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