ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)

Salomao Fresco sal.fresco gmail.com
Terça-Feira, 10 de Março de 2009 - 08:35:35 WET


Bom dia,

Como nos grandes espectáculos:

Bravo!


Cumprimentos

Salomão Fresco



2009/3/10 Afonso Marques <amarques  efacec.pt>

> Simplesmente aplaudo o pensamento e exposição do colega José Miguel-CT1ENQ
> , pertinente, claro, conciso e educado.
>
> CT1RH
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de José Miguel Miranda Barroso
> da Fonte
> Enviada: terça-feira, 10 de Março de 2009 2:22
> Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
> Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>
> Se eu for mestre do bisturi, isso faz de mim médico (cirurgião)?
>
> Operadores de rádio não são necessariamente rádioamadores. O serviço de
> amador e amador por satélite é por definição, um serviço de cariz
> científico
> com o objectivo de instrução pessoal na temática da rádio-electricidade e
> afins.
>
> Para, simplesmente, operar rádio, tem por exemplo o serviço público de
> acesso não condicionado, denominado Banda do Cidadão, e serviços isentos de
> licença, tais como os PMR e LPD, estes últimos comungam de alguns canais em
> 433 MHz com o serviço de amador. Peço desculpa por parecer algo radical mas
> de facto era assim que deveria ser, talvez uma visão utópica...
>
> Pelo que sei, há festas noutras bandas, pelo que não é preciso virem todos
> para o serviço de amador a "puxar papagaios", a emitir dos seus QT's (acho
> que é QTH mas depois da última cerveja alguém comeu uma letra), a rirem-se
> enquanto primem o PTT (Push-To-Talk), a fazerem QSO sem espaços entre
> câmbios, a deixarem disparar o temporizador do repetidor, consecutivamente,
> num QSO de alguns minutos, etc.
>
> É um facto que estou a generalizar mas a palavra diz tudo, generalizar,
> quando de facto deveria ser a excepção. Também é um facto que a culpa é de
> muitos CT1, que ao verem isto acontecer, preferem ignorar. Eu sou um pouco
> assim, ignoro a maior parte das vezes, e quando digo algo em vez de ouvirem
> e reconhecerem um ou outro erro, preferem "atacar" ou ter uma atitude
> prepotente daí o ignorar cada vez mais.
>
> Eu fiz CB, foi uma boa escola mas nunca vi nenhum papagaio onde pudesse
> puxar. Tinha eu os meus 14 anos e nunca vi o Lindo Sol Brasileiro, nem
> piriquitos, e macanudo deve ser algo tipo elfo.
>
> Cedo tive consciência que não era aquilo que queria. Na cidade em que vivo,
> não havia amadores, não havia informação, não havia nada, apenas vontade.
> Felizmente o, agora, CT1ELQ pediu informação ao ICP e uns tempos depois
> éramos uns quantos amadores. O gosto pela rádio era tal que condicionou o
> meu futuro, através das minhas opções escolares e posteriormente
> académicas.
>
>
> Posso dizer que o meu primeiro rádio de HF multibanda foi adquirido apenas
> em 2007. Antes tinha uma herança dos meus tempos de CB, que apenas me
> permitia o uso dos 10 metros. E este problema, cuja limitação não é o
> conhecimento, pois já era classe A, mas sim o factor económico? Pois é,
> Felizmente com o evoluir dos anos os rádios ficaram mais baratos, existem
> em
> maior quantidade e devo dizer que a minha condição económica também se
> alterou. De facto é simples ir ao supermercado comprar cerveja, puxar pela
> goela e toca a falar...
>
> Apesar de não ter rádio (HF multibanda) isso não me impediu de fazer,
> ensinar e aprender, aprender, aprender...
>
> Se tiver que "lutar" um pouco para fazer deste serviço (hobbie) um lugar
> melhor, que seja.
>
>
> Existem imensas actividade que um CT2 e um CT5 (incluem-se aqui uns quantos
> CT1) podem fazer em VHF e UHF. No caso dos CT2, até que têm muitas bandas
> onde podem "trabalhar" com a excepção dos 20, 15 e parte dos 10 metros em
> fonia. Limitações essas que PODIAM ser circundadas durante os concursos.
>
> Note-se o PODIAM pois pelo que vi no novo decreto, deixam de poder, e aqui,
> aplica-se a todos. Espero ver este ponto numa das portarias a sair em
> breve.
>
> "Sem exame sí faria Morse que quer quer gosta e quem sabe quem não sabe
> ,procederia da mesma forma estudava como estuda agora com os mesmos meios e
> quando chegar em frequencia e se sentir capaz de escutar e transmitir
> ,força
> .
> não é o exame que atesta nada. "
>
> Confesso que tive alguma dificuldade em perceber a frase mas depreendi o
> conteúdo e de certa forma até concordo, mas o cerne da questão seria outro,
> algo do género, nem todos os médicos são bons médicos (e não, sou mestre do
> bisturi logo sou médico).
>
> Infelizmente essa é a mentalidade reinante sendo depois o serviço de amador
> visto cada vez mais, como a nova CB, ao contrário de outros tempos em que o
> serviço de amador, de facto, inovava.
>
>
> Peço mais uma vez desculpa pelo teor da mensagem mas estou de ressaca e só
> vejo água a correr nesta lista...
>
> Já estou a ver a rima: "Bora pedir um ICOA na Zé Malhoa"
>
> Ah! E já agora... um chavão: "Quantidade não é qualidade".
>
> 73 de ct1enq
>
>
> PS: Desta vez foi mesmo de uma assentada, sem revisão e sem reflexão pois a
> falta de cerveja faz destas coisas... Na próxima já não faltará cerveja
> para
> continuar a festa!
>
> ________________________________________
> De: cluster-bounces  radio-amador.net
> [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de João Cunha
> Enviada: domingo, 8 de Março de 2009 18:17
> Para: nobre.santos  netvisao.pt; Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>
> Continuo a não entender  o problema de certas pessoas relativamente ao CW.
> Aí vou eu bater na mesma tecla,porque é que mesmo não gostando de Morse e
> gostando de fonia,e como CT2 classe B sem Morse não poder usufruir de
> determinadas frequencias que não são especificas de morse ,mas até mais de
> fonia   ,ter que fazer exame de Morse não entendo .
> Sem exame sí faria Morse que quer quer gosta e quem sabe quem não sabe
> ,procederia da mesma forma estudava como estuda agora com os mesmos meios e
> quando chegar em frequencia e se sentir capaz de escutar e transmitir
> ,força
> .
> não é o exame que atesta nada.
> Por causa dessa lei do tempo dos Afonsinhos estão muitos bons operadores
> impedidos de uzar os 20 metros os 15 e outras frequencias muito
> interessantes em fonia.
>
> MOSE SIM SEMPRE MAS PARA QUEM GOSTA ,ACABAR COM O MORSE NUNCA.
>
> CT2GSN    JOÃO CUNHA
>
>
> 2009/3/7 Jorge Santos <nobre.santos  netvisao.pt>
> Colega Joel.
>
> Uma das razões que leva colegas B a reclamarem direitos é exactamente o
> facto de existirem CT1's sem morse, portanto a sua afirmação está de todo
> errada, aliás existem tantos CT1's sem morse do que com, consulte a lista
> publicada pela ANACOM e poderá ver que essa informação não está correcta.
>
>
> 73's from:
> ***********************************
> CT1JIB / Jorge Santos
> QTH-Locator : IM58mo
> CQ Zone: 14 / ITU Zone: 37
> Watch data in www.qrz.com
> QSL Via: Bureau or Eqsl: www.eqsl.cc <http://www.eqsl.cc/>
>
> REP Member# 1748
>
> ARLA Member# 070
>
> ARRL/LoTW Member# 2000232451
>
> AMSAT Member# 36900
>
> EPC Member# 5302
>
> *
>
> Sysop of CQ0DSA, CQ0DAH, CQ0DCH
>
> D-Star System
> ************************************
>
>
>
> Joel Lobão escreveu:
> Caro colega,
> Não vi em parte alguma do texto do CT1ENQ algo que sugerisse uma luta de
> galões.
> Quanto a CT1's sem morse não existe. Todos os CT1 estão habilitados a fazer
> morse, quer tenham feito o exame quer tenham passado administrativamente.
> Além disso há poucos segmentos da banda de amador que um CT1 não possa
> operar. Que me lembre só os 6m a faixa de 7100 a 7200 e 70Mhz, pois esses
> carecem de uma licença especial que só é atribuida à classe A.
> Acho que todos querem o bem do radioamadorismo. Apenas cada um tem a sua
> visão do que é melhor...
> CT1HXB
>
> 2009/3/7 fernando seco <fernando.seco  netvisao.pt
> <mailto:fernando.seco  netvisao.pt>>
>
>    " é normal escutar colegas CT2/CT5 (e talvez CT1s) fora dos
>    segmentos que lhes "eram/são" permitidos"
>
>    Porque é que quando se refere aos CT2 não refere classe B? Sim
>    porque existe uma grande parte dos CT1 classe B.
>    "Talvez CT1s ..." tem duvidas que tambem os haverá?
>
>    Já agora qual a diferença em provas prestadas entre um CT1 sem
>    Morse e um CT2 ? O "exame" foi diferente? As pessoas fizeram os
>    exames que lhe foram exigidos para a classe e foram aprovados ou
>    não ponto final.
>
>    Existem bons e maus em todas as classes e se for de mau caracter
>    ha-de ser em todas .
>
>    Isto em vez de puxarmos todos no mesmo sentido para o futuro do
>    rádioamadorismo, parece uma luta de galões para ver quem é o o melhor.
>    CT2GAI
>
>    ----- Original Message ----- From: "José Miguel Miranda Barroso da
>    Fonte" <etjfonte  ua.pt <mailto:etjfonte  ua.pt>>
>    To: "'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'"
>    <cluster  radio-amador.net <mailto:cluster  radio-amador.net>>
>    Sent: Saturday, March 07, 2009 2:33 AM
>    Subject: RE: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>
>
>
>
>    A prova que foi de uma assentada, é a de que comecei por tentar
>    fazer uma
>    comparação com os dois antigos decretos e a certa altura o cansaço
>    já era
>    notório e acabei por atirar alguns pensamentos. Eram quase três da
>    manhã
>    quando enviei a mensagem, isto depois de um dia de trabalho cansativo.
>    A reflexão que existiu foi a de alguns pensamentos recorrentes,
>    daí algumas
>    ideias já estarem definidas.
>    :)
>
>    Quanto ao comentário do colega João Martins, o que posso dizer é
>    que se isto
>    fosse uma utopia, até os CT5 podiam ser CT1, desde que respeitassem as
>    imposições legais. Infelizmente, mesmo podendo ser identificados,
>    é normal
>    escutar colegas CT2/CT5 (e talvez CT1s) fora dos segmentos que lhes
>    "eram/são" permitidos. Eram, porque agora não sabemos como vai ser.
>
>    (Gostei da estória do Inocêncio eheh)
>
>    No entanto, em relação ao novo decreto, houve uma questão que me
>    suscitou
>    curiosidade. Era, e continua a ser por mais 90 dias, comum escutar
>    colegas
>    dizer que bastava pedir um indicativo especial para operar todas
>    as bandas,
>    Isso, como já foi provado, é mentira. Mas existia outra questão.
>    No decreto
>    de 1995, artigo 18º ponto 2, diz:
>
>    "2 - O ICP pode, sempre que se realizem concursos entre os amadores
>    nacionais, ou entre estes e os estrangeiros, mediante proposta
>    fundamentada
>    de amadores ou de associações de amadores, autorizar, durante o
>    período
>    desses concursos e para essa finalidade, a utilização sem restrição de
>    distância, tipo de emissão ou de categoria de amador, de qualquer
>    das faixas
>    de frequência atribuídas ao serviço de amador."
>
>    Ora, este ponto era interessante e eu concordava com ele, mas e agora?
>
>    Agora é o Artigo 14º (da Lei de 2009). Este diz:
>
>    " Autorizações especiais
>    1 - O ICP -ANACOM pode conceder autorizações
>    temporárias para o funcionamento de estações, com localizações
>    definidas, nos termos do n.º 1 do artigo 15.º, que
>    não cumpram no todo ou em parte as disposições técnicas
>    definidas no presente decreto -lei, a titulares de CAN,
>    com excepção dos da categoria 3, bem como a titulares
>    de licenças de estação de uso comum ou de documento
>    habilitante válido emitido pela CEPT, UIT ou país com o
>    qual Portugal tenha um acordo de reciprocidade.
>
>    2 - O ICP -ANACOM pode autorizar, em determinados
>    eventos ou iniciativas, que indivíduos não habilitados para
>    o efeito utilizem estações de amador, sob a supervisão de
>    amadores das categorias 1, A ou B.
>
>    3 - As autorizações referidas nos n.os 1 e 2 são atribuídas
>    mediante requerimento dirigido à ANACOM que
>    invoque o objectivo exclusivamente de promoção e divulgação
>    do conhecimento tecnológico e científico ou de
>    desenvolvimento de actividades experimentais no âmbito
>    das comunicações electrónicas em geral e das radiocomunicações
>    em particular.
>
>    4 - No caso a que se refere o número anterior, os requerimentos
>    devem ser apresentados ao ICP -ANACOM com
>    uma antecedência mínima de 10 dias úteis relativamente à
>    data pretendida para o início de vigência da autorização.
>    5 - Em casos excepcionais, devidamente justificados,
>    o ICP -ANACOM pode dispensar o cumprimento do prazo
>    a que se refere o número anterior. "
>
>    (A lei de 95 tem dois pontos.)
>
>    Ora, no ponto 1 refere o ponto 1 de artigo seguinte (15º), que diz:
>
>    "1 - As faixas de frequências atribuídas ao serviço de
>    amador e ao serviço de amador por satélite, bem como as
>    condições de utilização para cada uma das categorias a
>    que se refere o n.º 1 do artigo 5.º, incluindo as respectivas
>    potências de emissão são fixadas e publicitadas no Quadro
>    Nacional de Atribuição de Frequências (QNAF)."
>
>    Se não estou em erro, acabou-se a cerveja...
>
>    Autorizações especiais, de cariz temporário, aplicam-se nos termos
>    do ponto
>    1 do artigo 15º. Este ponto refere que as categorias e suas faixas
>    serão
>    publicitadas no QNAF. Das duas uma, ou o QNAF vai ficar ainda maior ou
>    alguém meteu água (na cerveja). Será o fim das eventuais excepções
>    consentidas pela ANACOM após requerimento "fundamentado".
>
>    O texto além de mais extenso complica o que era fácil.
>
>    Comentários?
>
>    Já agora, alguém sabe as razões da divisão da banda dos 30m em 3
>    parcelas?
>    Não vi ninguém comentar isso. Já há algum tempo que vi esta
>    divisão aparecer
>    no QNAF mas não vi nenhuma reacção. O serviço de amador tem estatuto
>    secundário nesta banda, mas e daí? Se nem nas bandas de estatuto
>    primário
>    com protecção estamos à vontade...)
>
>    Enfim, alguém para a "after-hours" na Zé Malhoa?
>
>    73 de ct1enq
>
>
>    -----Mensagem original-----
>    De: cluster-bounces  radio-amador.net
>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>
>    [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net
>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>] Em nome de João
>    Gonçalves Costa
>    Enviada: sexta-feira, 6 de Março de 2009 10:14
>    Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
>    Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>
>    Muitos Parabéns CT1ENQ,
>
>    Pela sua bem elaborada e fundamentada analise que vem recentrar e
>    enriquecer a discussão em muito do que é essencial se discutir no
>    presente e
>    para o futuro.
>
>    Discordando em alguns pontos por si abordados, caso do morse, no geral
>    concordo com muito do que escreveu e do muito que existe para
>    escrever e
>    debater.
>
>    Infelizmente, muitas vezes ficamo-nos pela "espuma dos dias " e
>    não paramos
>    para distinguir o joio no meio do campo de trigo.
>
>    Discordo completamente desta sua frase "...escrevi isto duma
>    assentada sem
>    muita reflexão " pois não é de todo verdade.
>
>    João Costa,CT1FBF
>
>    ________________________________
>
>    De: cluster-bounces  radio-amador.net
>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>
>    [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net
>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>] Em nome de José Miguel
>    Miranda
>    Barroso da Fonte
>    Enviada: sexta-feira, 6 de Março de 2009 2:49
>    Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
>    Assunto: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>
>
>
>    As notas introdutórias, do antigo e novo decreto, diferem, como
>    seria de
>    esperar. O decreto antigo começa por se queixar da complexidade e
>    multiplicidade normativa do decreto de 1983. Também afirma que
>    ocorreram
>    alterações normativas que justificam as alterações que, entretanto,
>    entrariam em vigor. Modificaram-se as categorias, faixas de
>    frequências,
>    classes de emissão (mas nem todas contempladas.) e dizem que a as
>    práticas
>    decorridas também ajudaram e reformular o "novo", de 1995, decreto.
>    Acolhem-se princípios da WRC e CEPT (T/R 61-01 e T/R 61-02). Dai a
>    existência de apenas 3 classes.
>
>
>
>    Ora, o novo decreto começa por afirmar que o decreto anterior
>    demonstra a
>    necessidade de actualização (com atraso de 14 anos). Afirmam que este
>    decreto traduz esse esforço! (Bem, a começar com 6 categorias, parece
>    simples!).
>
>
>
>    A verdade é que alguns dos erros do decreto de 1995 foram
>    corrigidos. Alguns
>    pontos do novo decreto já existiam no decreto de 1983.
>    "Desapareceram" desde
>    1995 e voltam agora, como o caso de um operador de classe inferior
>    poder
>    utilizar a estação de um amador de classe superior desde que
>    respeitando as
>    limitações da sua classe. Outro erro corrigido é a frase que
>    consta no CAN,
>    actual, de cada um, onde, no verso, diz:
>
>
>
>    "A instalação e utilização de estação de amador própria carece de
>    licença"
>
>
>
>    A incoerência deste frase é tal que nem merece comentários, no
>    entanto no
>    novo decreto, o de 2009, Capítulo III artigo 9º ponto 1, é dito:
>
>
>
>    "O funcionamento de estações individuais de amador não carece de
>    licença"
>
>
>
>    Contemplam-se normas, extensivamente, para as estações de uso
>    comum, algo
>    que não estava contemplado no decreto de 1995, o que é de salutar.
>
>
>
>    A renovação automática também me parece bem, contemplada na lei de
>    2000 cuja
>    aplicação excluía o serviço de Amador e Amador por satélite.
>
>
>
>    Depois surgem os erros, tipo: Artigo 6º ponto 3:
>
>
>
>    " Os CAN são válidos por um período de 10 anos, independentemente da
>    alteração de categoria durante esse período."
>
>
>
>    Depois o ponto 4 diz:
>
>
>
>    " O CAN deve ser alterados nos seguintes casos:
>
>    a) Por iniciativa do ICP-ANACOM, sempre que se verifique uma alteração
>    na categoria de amador;"
>
>
>
>    Esta "redundância" parece completamente desnecessária, do tipo,
>    decreto de
>    1995. Este é apenas um dos, alguns, casos. A verdade é que li o
>    decreto uma
>    vezes mas sempre na "diagonal" e foi o suficiente para perceber
>    que os 14
>    anos de espera não vislumbram nada de novo, apenas mais do mesmo,
>    isto,
>    mesmo sem conhecer o conteúdo das portarias que se avizinham.
>
>
>
>    Um dos pontos que me preocupa é o novo valor das taxas, tendo em
>    conta que o
>    serviço de amador NÃO É UM SERVIÇO PÚBLICO mas sim de cariz cientifico
>    apesar da "CBização" que se tem verificado.
>
>
>
>    Preocupa-me a questão dos novos indicativos. Desde há uns anos que não
>    entendo o que a ANACOM anda a fazer. Todos sabem que a série
>    atribuída a
>    Portugal é CQ-CU, já para não falar da série XX que se perdeu em
>    2007 para a
>    China sem que ninguém desse por ela (sem comentários).
>
>    A sub-divisão interna é internacionalmente conhecida:
>
>
>
>    CQ-CT 0,1,2,4,5,6,7,8 PORTUGAL
>
>    CQ-CT 3,9 MADEIRA
>
>    CU 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 AÇORES
>
>
>
>    Até aqui, e apesar dos erros do passado, tudo bem, até que os
>    iluminados da
>    Anacom se lembraram de começar a atribuir CQ0 para os repetidores
>    continentais, CQ1 e CQ2 para as ilhas, no entanto uma estação
>    continental
>    "pode" pedir um indicativo com CQ2 para um concurso. Os CR até à
>    data foram
>    reservados para os buracos negros. Enfim, são estes os
>    especialistas de
>    trazer por casa, que recebem bateladas de euros ao fim do mês, que
>    andam a
>    deliberar e a gerir o nosso serviço.
>
>
>
>    Hmm, eles sabem que podem ter indicativos com sufixos de dimensão 4.
>
>
>
>    Algo que me preocupa profundamente são as novas classes. O decreto
>    de 95 já
>    era suposto aproximar-se do modelo da CEPT dai terem desaparecido
>    as cinco
>    classes que existiam (A, B, C, D e E - sim a E existia, era em
>    norma para as
>    XYL, e todas as operadoras tinham sufixo do tipo CT1Yxx) e passarem a
>    existir apenas 3. Já era suposto serem só três mas agora, julgo,
>    pela razão
>    de se evitarem passagens administrativas (os CT2 que se queixaram
>    tanto
>    perderam a oportunidade) serão 6. Seis para um universo de, menos
>    de, 6000
>    utentes dos quais metade deve estar inoperativa. Isto é no mínimo
>    um absurdo
>    mas talvez sejam as consequências do facilitismo verificado nos
>    últimos
>    anos, com exames de cruzinhas, e perguntas cuja resposta já era
>    domínio
>    público mesmo sem se saber o conteúdo dessa mesma resposta. Alias,
>    basta
>    ouvir as conversas no VHF (2m) hoje em dia, para se ouvirem os
>    "macanudos"
>    que para terem licença de amador deveriam saber coisas básicas como
>    circuitos ressonantes série-paralelo, relação comprimento de onda e
>    frequência, etc, mas são os primeiros a admitir que não percebem nada.
>    Atenção estou a generalizar e não são apenas CT2, também são CT1s
>    que pelas
>    passagens administrativas subiram de classe (mas aqui a idade é um
>    posto e
>    não discordo). Mas também é verdade que existem muitos
>    radioamadores que o
>    são e no entanto não são especialistas sobre rádio-electricidade, mas
>    procuram-no à sua maneira.
>
>
>
>    Vão-me desculpar, mas para falar existem muitas outras formas e
>    algumas
>    destas são hertzianas, que não o serviço de amador.
>
>
>
>    Quanto ao morse, continuo a achar que deve ser um factor de
>    distinção. Foi a
>    única "benesse" que as passagens administrativas me deram mas no
>    entanto
>    isso não me impediu de o aprender e tentar, sempre, melhorar e ser
>    mais
>    rápido. Com este modo podemos escutar balizas de satélites, cujo
>    efeito de
>    doppler, inviabiliza (ou dificulta bastante) a descodificação com
>    métodos
>    não humanos. Em situações de emergência, quando muitas vezes só
>    temos acesso
>    ao "keying" de um transceptor, que por razões várias possa estar
>    danificado
>    impossibilitando transmissões noutro modo. O "meteor-scattering"
>    que recorre
>    a "pings" ultra rápidos de morse, que obrigam a uma perícia imensa
>    para em
>    tempo real, desacelerar esses mesmos "pings", escutar o morse e
>    responder à
>    chamada. Enfim, uma panóplia de situações que recorrem ao ser
>    humano e ao
>    seu conhecimento adquirido. Quanto à informática, a "óptica do
>    utilizador"
>    não me parece relevante, mas o conhecimento dos modos digitais e
>    sub-faixas
>    alocadas e estes modos é importante.
>
>
>
>    Em relação às novas classes, não me parece que vá haver grandes
>    alterações
>    para as classes actuais, dai elas se manterem.
>
>
>
>    Enfim..
>
>
>
>    É tarde e escrevi isto duma assentada sem muita reflexão. Julgo
>    que temos
>    uns 85 dias, mais coisa menos coisa para tentarmos minorar os efeitos
>    nefastos que esta lei possa trazer.
>
>
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>    Esta é uma das minhas contribuições. para que a festa continue!
>
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>    73 de ct1enq
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