ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)

Salomao Fresco sal.fresco gmail.com
Segunda-Feira, 9 de Março de 2009 - 10:10:58 WET


Bom dia,

às vezes apetece-me gritar:

"Deixem lá o Morse em paz de uma vez por todas"


Justa ou injusta esta é a Legislação que temos, como tal temos que a
cumprir.
Se outros há que a não cumprem, problema deles.



Eu também sou CT2 sem Morse, não posso usar os 20m em fonia, mas também não
ando a chorar em todos os lados por causa disso.
A legislação está certa ou errada, por "obrigar" a fazer exame de Morse para
poder fazer fonia em 20m? Não sei, sei apenas que a devo cumprir e ponto
final.


Cumprimentos

Salomão Fresco
CT2IRJ (sem Morse e cumpridor da Lei)


2009/3/9 <amadeuct2hgl  sapo.pt>

> Citando João Cunha ct2gsn  gmail.com:
>
>
>  Carissimo colega
>
> Pois é.... Eu habituei-me a ver aqui muitos companheiros (repare não lhe
> chamo colegas) que se acham donos da verdade e os mais respeitadores da lei
> bla bla bla. Lembram-se de uma discussão de há um ano? Começada porque eu
> perguntei se era legal, ( eu  ouvi nos 7.034Mhz  a fazer fonia um ct1 classe
> A  dos que  aqui "bota" opinião quase todos os dias) fazer fonia abaixo dos
> 7.040. Estou como dizia ontem o padre da minha paroquia "olhai para o que eu
> digo não para o que eu faço.
>
> 73 amadeu rosa
>
>
>
>
>
> Boa noite Gomes 73
>
> O modelo liberal afinal é mesmo o que temos,toda a gente por sua conta e
> risco a procurar aprender morse com poucas ajudas de quem as deveria dar,a
> unica coisa que tem que ser é o exame .
> Tudo bem que faça exame quem quer fazer acho muito bem ,mas não privem os
> radioamadores  de poder utilizar outras frequências utilizando para isso
> fazer depender do exame de morse.
> Eu entendo muitas posições que tenho lido por aqui .ó se entendo, e aliás
> muitos CT2 entendem e alguns  CT1 também.
> Há montes de CT1 vindos da passagem administrativa e muita gente que hoje
> fala sobre esse assunto é ve-los em qso o tratamento que tem em frequencia
> uns com os outros para se ficar a saber  que os 30 anos que passaram não
> ensinaram nada a muita gente ,porque as convreças e o discurso é sempre o
> mesmo.
>
> Caro Gomes o que aqui acabo de escrever não é para ti mas para outros que
> vão ler .
> Tu sabes bem o que acho sobre isto tudo um abraço 73
>
> CT2GSN   JOÃO CUNHA
>
> 2009/3/8 Gomes <ct1hix  sapo.pt>
>
>>  Boas
>> Na historia da rádio o CW é muito importante, como tal não me espanta que
>> tenha sido uma das bases da avaliação usada até aos nossos dias.
>> É ou não necessária avaliar os conhecimentos dos rádioamadores e
>> atribuir-lhe uma licença que premei o seu esforço?
>> De que forma deve ser feita essa avaliação, prática, teórica ou das duas?
>> O modelo que propõe "se sentir capaz de escutar e transmitir ,força...."
>> não será demasiado liberal?
>>
>>
>> 73 Gomes CT1HIX
>>
>>
>>
>>
>>
>>  ----- Original Message -----
>> *From:* João Cunha <ct2gsn  gmail.com>
>> *To:* nobre.santos  netvisao.pt ; Resumo Noticioso Electrónico ARLA<cluster  radio-amador.net>
>> *Sent:* Sunday, March 08, 2009 6:17 PM
>> *Subject:* Re: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>
>>
>> Continuo a não entender  o problema de certas pessoas relativamente ao CW.
>> Aí vou eu bater na mesma tecla,porque é que mesmo não gostando de Morse e
>> gostando de fonia,e como CT2 classe B sem Morse não poder usufruir de
>> determinadas frequencias que não são especificas de morse ,mas até mais de
>> fonia   ,ter que fazer exame de Morse não entendo .
>> Sem exame sí faria Morse que quer quer gosta e quem sabe quem não sabe
>> ,procederia da mesma forma estudava como estuda agora com os mesmos meios e
>> quando chegar em frequencia e se sentir capaz de escutar e transmitir ,força
>> .
>> não é o exame que atesta nada.
>> Por causa dessa lei do tempo dos Afonsinhos estão muitos bons operadores
>> impedidos de uzar os 20 metros os 15 e outras frequencias muito
>> interessantes em fonia.
>>
>> MOSE SIM SEMPRE MAS PARA QUEM GOSTA ,ACABAR COM O MORSE NUNCA.
>>
>> CT2GSN    JOÃO CUNHA
>>
>>
>>
>> 2009/3/7 Jorge Santos <nobre.santos  netvisao.pt>
>>
>>> Colega Joel.
>>>
>>> Uma das razões que leva colegas B a reclamarem direitos é exactamente o
>>> facto de existirem CT1's sem morse, portanto a sua afirmação está de todo
>>> errada, aliás existem tantos CT1's sem morse do que com, consulte a lista
>>> publicada pela ANACOM e poderá ver que essa informação não está correcta.
>>>
>>>
>>> 73’s from:
>>> ***********************************
>>> CT1JIB / Jorge Santos
>>> QTH-Locator : IM58mo
>>> CQ Zone: 14 / ITU Zone: 37
>>> Watch data in www.qrz.com
>>> QSL Via: Bureau or Eqsl: www.eqsl.cc <http://www.eqsl.cc/>
>>>
>>> REP Member# 1748
>>>
>>> ARLA Member# 070
>>>
>>> ARRL/LoTW Member# 2000232451
>>>
>>> AMSAT Member# 36900
>>>
>>> EPC Member# 5302
>>>
>>> *
>>>
>>> Sysop of CQ0DSA, CQ0DAH, CQ0DCH
>>>
>>> D-Star System
>>> ************************************
>>>
>>>
>>>
>>> Joel Lobão escreveu:
>>>
>>>> Caro colega,
>>>> Não vi em parte alguma do texto do CT1ENQ algo que sugerisse uma luta de
>>>> galões.
>>>> Quanto a CT1's sem morse não existe. Todos os CT1 estão habilitados a
>>>> fazer morse, quer tenham feito o exame quer tenham passado
>>>> administrativamente. Além disso há poucos segmentos da banda de amador que
>>>> um CT1 não possa operar. Que me lembre só os 6m a faixa de 7100 a 7200 e
>>>> 70Mhz, pois esses carecem de uma licença especial que só é atribuida à
>>>> classe A.
>>>> Acho que todos querem o bem do radioamadorismo. Apenas cada um tem a sua
>>>> visão do que é melhor...
>>>> CT1HXB
>>>>
>>>> 2009/3/7 fernando seco <fernando.seco  netvisao.pt <mailto:
>>>> fernando.seco  netvisao.pt>>
>>>>
>>>>    " é normal escutar colegas CT2/CT5 (e talvez CT1s) fora dos
>>>>    segmentos que lhes "eram/são" permitidos"
>>>>
>>>>    Porque é que quando se refere aos CT2 não refere classe B? Sim
>>>>    porque existe uma grande parte dos CT1 classe B.
>>>>    "Talvez CT1s ..." tem duvidas que tambem os haverá?
>>>>
>>>>    Já agora qual a diferença em provas prestadas entre um CT1 sem
>>>>    Morse e um CT2 ? O "exame" foi diferente? As pessoas fizeram os
>>>>    exames que lhe foram exigidos para a classe e foram aprovados ou
>>>>    não ponto final.
>>>>
>>>>    Existem bons e maus em todas as classes e se for de mau caracter
>>>>    ha-de ser em todas .
>>>>
>>>>    Isto em vez de puxarmos todos no mesmo sentido para o futuro do
>>>>    rádioamadorismo, parece uma luta de galões para ver quem é o o
>>>> melhor.
>>>>    CT2GAI
>>>>
>>>>    ----- Original Message ----- From: "José Miguel Miranda Barroso da
>>>>    Fonte" <etjfonte  ua.pt <mailto:etjfonte  ua.pt>>
>>>>    To: "'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'"
>>>>    <cluster  radio-amador.net <mailto:cluster  radio-amador.net>>
>>>>    Sent: Saturday, March 07, 2009 2:33 AM
>>>>    Subject: RE: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    A prova que foi de uma assentada, é a de que comecei por tentar
>>>>    fazer uma
>>>>    comparação com os dois antigos decretos e a certa altura o cansaço
>>>>    já era
>>>>    notório e acabei por atirar alguns pensamentos. Eram quase três da
>>>>    manhã
>>>>    quando enviei a mensagem, isto depois de um dia de trabalho
>>>> cansativo.
>>>>    A reflexão que existiu foi a de alguns pensamentos recorrentes,
>>>>    daí algumas
>>>>    ideias já estarem definidas.
>>>>    :)
>>>>
>>>>    Quanto ao comentário do colega João Martins, o que posso dizer é
>>>>    que se isto
>>>>    fosse uma utopia, até os CT5 podiam ser CT1, desde que respeitassem
>>>> as
>>>>    imposições legais. Infelizmente, mesmo podendo ser identificados,
>>>>    é normal
>>>>    escutar colegas CT2/CT5 (e talvez CT1s) fora dos segmentos que lhes
>>>>    "eram/são" permitidos. Eram, porque agora não sabemos como vai ser.
>>>>
>>>>    (Gostei da estória do Inocêncio eheh)
>>>>
>>>>    No entanto, em relação ao novo decreto, houve uma questão que me
>>>>    suscitou
>>>>    curiosidade. Era, e continua a ser por mais 90 dias, comum escutar
>>>>    colegas
>>>>    dizer que bastava pedir um indicativo especial para operar todas
>>>>    as bandas,
>>>>    Isso, como já foi provado, é mentira. Mas existia outra questão.
>>>>    No decreto
>>>>    de 1995, artigo 18º ponto 2, diz:
>>>>
>>>>    "2 - O ICP pode, sempre que se realizem concursos entre os amadores
>>>>    nacionais, ou entre estes e os estrangeiros, mediante proposta
>>>>    fundamentada
>>>>    de amadores ou de associações de amadores, autorizar, durante o
>>>>    período
>>>>    desses concursos e para essa finalidade, a utilização sem restrição
>>>> de
>>>>    distância, tipo de emissão ou de categoria de amador, de qualquer
>>>>    das faixas
>>>>    de frequência atribuídas ao serviço de amador."
>>>>
>>>>    Ora, este ponto era interessante e eu concordava com ele, mas e
>>>> agora?
>>>>
>>>>    Agora é o Artigo 14º (da Lei de 2009). Este diz:
>>>>
>>>>    " Autorizações especiais
>>>>    1 - O ICP -ANACOM pode conceder autorizações
>>>>    temporárias para o funcionamento de estações, com localizações
>>>>    definidas, nos termos do n.º 1 do artigo 15.º, que
>>>>    não cumpram no todo ou em parte as disposições técnicas
>>>>    definidas no presente decreto -lei, a titulares de CAN,
>>>>    com excepção dos da categoria 3, bem como a titulares
>>>>    de licenças de estação de uso comum ou de documento
>>>>    habilitante válido emitido pela CEPT, UIT ou país com o
>>>>    qual Portugal tenha um acordo de reciprocidade.
>>>>
>>>>    2 - O ICP -ANACOM pode autorizar, em determinados
>>>>    eventos ou iniciativas, que indivíduos não habilitados para
>>>>    o efeito utilizem estações de amador, sob a supervisão de
>>>>    amadores das categorias 1, A ou B.
>>>>
>>>>    3 - As autorizações referidas nos n.os 1 e 2 são atribuídas
>>>>    mediante requerimento dirigido à ANACOM que
>>>>    invoque o objectivo exclusivamente de promoção e divulgação
>>>>    do conhecimento tecnológico e científico ou de
>>>>    desenvolvimento de actividades experimentais no âmbito
>>>>    das comunicações electrónicas em geral e das radiocomunicações
>>>>    em particular.
>>>>
>>>>    4 - No caso a que se refere o número anterior, os requerimentos
>>>>    devem ser apresentados ao ICP -ANACOM com
>>>>    uma antecedência mínima de 10 dias úteis relativamente à
>>>>    data pretendida para o início de vigência da autorização.
>>>>    5 - Em casos excepcionais, devidamente justificados,
>>>>    o ICP -ANACOM pode dispensar o cumprimento do prazo
>>>>    a que se refere o número anterior. "
>>>>
>>>>    (A lei de 95 tem dois pontos.)
>>>>
>>>>    Ora, no ponto 1 refere o ponto 1 de artigo seguinte (15º), que diz:
>>>>
>>>>    "1 - As faixas de frequências atribuídas ao serviço de
>>>>    amador e ao serviço de amador por satélite, bem como as
>>>>    condições de utilização para cada uma das categorias a
>>>>    que se refere o n.º 1 do artigo 5.º, incluindo as respectivas
>>>>    potências de emissão são fixadas e publicitadas no Quadro
>>>>    Nacional de Atribuição de Frequências (QNAF)."
>>>>
>>>>    Se não estou em erro, acabou-se a cerveja...
>>>>
>>>>    Autorizações especiais, de cariz temporário, aplicam-se nos termos
>>>>    do ponto
>>>>    1 do artigo 15º. Este ponto refere que as categorias e suas faixas
>>>>    serão
>>>>    publicitadas no QNAF. Das duas uma, ou o QNAF vai ficar ainda maior
>>>> ou
>>>>    alguém meteu água (na cerveja). Será o fim das eventuais excepções
>>>>    consentidas pela ANACOM após requerimento "fundamentado".
>>>>
>>>>    O texto além de mais extenso complica o que era fácil.
>>>>
>>>>    Comentários?
>>>>
>>>>    Já agora, alguém sabe as razões da divisão da banda dos 30m em 3
>>>>    parcelas?
>>>>    Não vi ninguém comentar isso. Já há algum tempo que vi esta
>>>>    divisão aparecer
>>>>    no QNAF mas não vi nenhuma reacção. O serviço de amador tem estatuto
>>>>    secundário nesta banda, mas e daí? Se nem nas bandas de estatuto
>>>>    primário
>>>>    com protecção estamos à vontade...)
>>>>
>>>>    Enfim, alguém para a "after-hours" na Zé Malhoa?
>>>>
>>>>    73 de ct1enq
>>>>
>>>>
>>>>    -----Mensagem original-----
>>>>    De: cluster-bounces  radio-amador.net
>>>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>
>>>>    [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net
>>>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>] Em nome de João
>>>>    Gonçalves Costa
>>>>    Enviada: sexta-feira, 6 de Março de 2009 10:14
>>>>    Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
>>>>    Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>>>
>>>>    Muitos Parabéns CT1ENQ,
>>>>
>>>>    Pela sua bem elaborada e fundamentada analise que vem recentrar e
>>>>    enriquecer a discussão em muito do que é essencial se discutir no
>>>>    presente e
>>>>    para o futuro.
>>>>
>>>>    Discordando em alguns pontos por si abordados, caso do morse, no
>>>> geral
>>>>    concordo com muito do que escreveu e do muito que existe para
>>>>    escrever e
>>>>    debater.
>>>>
>>>>    Infelizmente, muitas vezes ficamo-nos pela "espuma dos dias " e
>>>>    não paramos
>>>>    para distinguir o joio no meio do campo de trigo.
>>>>
>>>>    Discordo completamente desta sua frase "...escrevi isto duma
>>>>    assentada sem
>>>>    muita reflexão " pois não é de todo verdade.
>>>>
>>>>    João Costa,CT1FBF
>>>>
>>>>    ________________________________
>>>>
>>>>    De: cluster-bounces  radio-amador.net
>>>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>
>>>>    [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net
>>>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>] Em nome de José Miguel
>>>>    Miranda
>>>>    Barroso da Fonte
>>>>    Enviada: sexta-feira, 6 de Março de 2009 2:49
>>>>    Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
>>>>    Assunto: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    As notas introdutórias, do antigo e novo decreto, diferem, como
>>>>    seria de
>>>>    esperar. O decreto antigo começa por se queixar da complexidade e
>>>>    multiplicidade normativa do decreto de 1983. Também afirma que
>>>>    ocorreram
>>>>    alterações normativas que justificam as alterações que, entretanto,
>>>>    entrariam em vigor. Modificaram-se as categorias, faixas de
>>>>    frequências,
>>>>    classes de emissão (mas nem todas contempladas.) e dizem que a as
>>>>    práticas
>>>>    decorridas também ajudaram e reformular o "novo", de 1995, decreto.
>>>>    Acolhem-se princípios da WRC e CEPT (T/R 61-01 e T/R 61-02). Dai a
>>>>    existência de apenas 3 classes.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Ora, o novo decreto começa por afirmar que o decreto anterior
>>>>    demonstra a
>>>>    necessidade de actualização (com atraso de 14 anos). Afirmam que este
>>>>    decreto traduz esse esforço! (Bem, a começar com 6 categorias, parece
>>>>    simples!).
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    A verdade é que alguns dos erros do decreto de 1995 foram
>>>>    corrigidos. Alguns
>>>>    pontos do novo decreto já existiam no decreto de 1983.
>>>>    "Desapareceram" desde
>>>>    1995 e voltam agora, como o caso de um operador de classe inferior
>>>>    poder
>>>>    utilizar a estação de um amador de classe superior desde que
>>>>    respeitando as
>>>>    limitações da sua classe. Outro erro corrigido é a frase que
>>>>    consta no CAN,
>>>>    actual, de cada um, onde, no verso, diz:
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    "A instalação e utilização de estação de amador própria carece de
>>>>    licença"
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    A incoerência deste frase é tal que nem merece comentários, no
>>>>    entanto no
>>>>    novo decreto, o de 2009, Capítulo III artigo 9º ponto 1, é dito:
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    "O funcionamento de estações individuais de amador não carece de
>>>>    licença"
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Contemplam-se normas, extensivamente, para as estações de uso
>>>>    comum, algo
>>>>    que não estava contemplado no decreto de 1995, o que é de salutar.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    A renovação automática também me parece bem, contemplada na lei de
>>>>    2000 cuja
>>>>    aplicação excluía o serviço de Amador e Amador por satélite.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Depois surgem os erros, tipo: Artigo 6º ponto 3:
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    " Os CAN são válidos por um período de 10 anos, independentemente da
>>>>    alteração de categoria durante esse período."
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Depois o ponto 4 diz:
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    " O CAN deve ser alterados nos seguintes casos:
>>>>
>>>>    a) Por iniciativa do ICP-ANACOM, sempre que se verifique uma
>>>> alteração
>>>>    na categoria de amador;"
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Esta "redundância" parece completamente desnecessária, do tipo,
>>>>    decreto de
>>>>    1995. Este é apenas um dos, alguns, casos. A verdade é que li o
>>>>    decreto uma
>>>>    vezes mas sempre na "diagonal" e foi o suficiente para perceber
>>>>    que os 14
>>>>    anos de espera não vislumbram nada de novo, apenas mais do mesmo,
>>>>    isto,
>>>>    mesmo sem conhecer o conteúdo das portarias que se avizinham.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Um dos pontos que me preocupa é o novo valor das taxas, tendo em
>>>>    conta que o
>>>>    serviço de amador NÃO É UM SERVIÇO PÚBLICO mas sim de cariz
>>>> cientifico
>>>>    apesar da "CBização" que se tem verificado.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Preocupa-me a questão dos novos indicativos. Desde há uns anos que
>>>> não
>>>>    entendo o que a ANACOM anda a fazer. Todos sabem que a série
>>>>    atribuída a
>>>>    Portugal é CQ-CU, já para não falar da série XX que se perdeu em
>>>>    2007 para a
>>>>    China sem que ninguém desse por ela (sem comentários).
>>>>
>>>>    A sub-divisão interna é internacionalmente conhecida:
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    CQ-CT 0,1,2,4,5,6,7,8 PORTUGAL
>>>>
>>>>    CQ-CT 3,9 MADEIRA
>>>>
>>>>    CU 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 AÇORES
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Até aqui, e apesar dos erros do passado, tudo bem, até que os
>>>>    iluminados da
>>>>    Anacom se lembraram de começar a atribuir CQ0 para os repetidores
>>>>    continentais, CQ1 e CQ2 para as ilhas, no entanto uma estação
>>>>    continental
>>>>    "pode" pedir um indicativo com CQ2 para um concurso. Os CR até à
>>>>    data foram
>>>>    reservados para os buracos negros. Enfim, são estes os
>>>>    especialistas de
>>>>    trazer por casa, que recebem bateladas de euros ao fim do mês, que
>>>>    andam a
>>>>    deliberar e a gerir o nosso serviço.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Hmm, eles sabem que podem ter indicativos com sufixos de dimensão 4.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Algo que me preocupa profundamente são as novas classes. O decreto
>>>>    de 95 já
>>>>    era suposto aproximar-se do modelo da CEPT dai terem desaparecido
>>>>    as cinco
>>>>    classes que existiam (A, B, C, D e E - sim a E existia, era em
>>>>    norma para as
>>>>    XYL, e todas as operadoras tinham sufixo do tipo CT1Yxx) e passarem a
>>>>    existir apenas 3. Já era suposto serem só três mas agora, julgo,
>>>>    pela razão
>>>>    de se evitarem passagens administrativas (os CT2 que se queixaram
>>>>    tanto
>>>>    perderam a oportunidade) serão 6. Seis para um universo de, menos
>>>>    de, 6000
>>>>    utentes dos quais metade deve estar inoperativa. Isto é no mínimo
>>>>    um absurdo
>>>>    mas talvez sejam as consequências do facilitismo verificado nos
>>>>    últimos
>>>>    anos, com exames de cruzinhas, e perguntas cuja resposta já era
>>>>    domínio
>>>>    público mesmo sem se saber o conteúdo dessa mesma resposta. Alias,
>>>>    basta
>>>>    ouvir as conversas no VHF (2m) hoje em dia, para se ouvirem os
>>>>    "macanudos"
>>>>    que para terem licença de amador deveriam saber coisas básicas como
>>>>    circuitos ressonantes série-paralelo, relação comprimento de onda e
>>>>    frequência, etc, mas são os primeiros a admitir que não percebem
>>>> nada.
>>>>    Atenção estou a generalizar e não são apenas CT2, também são CT1s
>>>>    que pelas
>>>>    passagens administrativas subiram de classe (mas aqui a idade é um
>>>>    posto e
>>>>    não discordo). Mas também é verdade que existem muitos
>>>>    radioamadores que o
>>>>    são e no entanto não são especialistas sobre rádio-electricidade, mas
>>>>    procuram-no à sua maneira.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Vão-me desculpar, mas para falar existem muitas outras formas e
>>>>    algumas
>>>>    destas são hertzianas, que não o serviço de amador.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Quanto ao morse, continuo a achar que deve ser um factor de
>>>>    distinção. Foi a
>>>>    única "benesse" que as passagens administrativas me deram mas no
>>>>    entanto
>>>>    isso não me impediu de o aprender e tentar, sempre, melhorar e ser
>>>>    mais
>>>>    rápido. Com este modo podemos escutar balizas de satélites, cujo
>>>>    efeito de
>>>>    doppler, inviabiliza (ou dificulta bastante) a descodificação com
>>>>    métodos
>>>>    não humanos. Em situações de emergência, quando muitas vezes só
>>>>    temos acesso
>>>>    ao "keying" de um transceptor, que por razões várias possa estar
>>>>    danificado
>>>>    impossibilitando transmissões noutro modo. O "meteor-scattering"
>>>>    que recorre
>>>>    a "pings" ultra rápidos de morse, que obrigam a uma perícia imensa
>>>>    para em
>>>>    tempo real, desacelerar esses mesmos "pings", escutar o morse e
>>>>    responder à
>>>>    chamada. Enfim, uma panóplia de situações que recorrem ao ser
>>>>    humano e ao
>>>>    seu conhecimento adquirido. Quanto à informática, a "óptica do
>>>>    utilizador"
>>>>    não me parece relevante, mas o conhecimento dos modos digitais e
>>>>    sub-faixas
>>>>    alocadas e estes modos é importante.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Em relação às novas classes, não me parece que vá haver grandes
>>>>    alterações
>>>>    para as classes actuais, dai elas se manterem.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Enfim..
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    É tarde e escrevi isto duma assentada sem muita reflexão. Julgo
>>>>    que temos
>>>>    uns 85 dias, mais coisa menos coisa para tentarmos minorar os efeitos
>>>>    nefastos que esta lei possa trazer.
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    Esta é uma das minhas contribuições. para que a festa continue!
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>    73 de ct1enq
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
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