Re: ARLA/CLUSTER: A diferença do D-Star

CT1FZC - Carlos Freitas ct1fzc gmail.com
Domingo, 23 de Setembro de 2007 - 01:00:17 WEST


Olá Carlos...

O D-Star não é software, é sim um modo de transmissão digital para
Radioamadores
que permite Voz e/ou DATA, implementado em equipamentos transceptores de
amador como a ICOM já tem.
Segundo a REP, em parceria com a NAUCOM irá instalar alguns repetidores
de Amador no modo D-Star na região de Lisboa.

Não é, nem pode ser comparável ao "Echolink".
O futuro dirá se será mesmo a tecnologia do futuro em
termos de comunicações digitais em fonia e dados. Este sistema prima pela
muito pouca
necessidade de largura de banda na transmissão em formato DV (Digital Voice)
ou DD (Digital Data).

Em grosso modo será tudo o que de fáz hoje em FM, (V-H-SHF) mas em formato
digital.
Comunicações em directas ou em estações repetidoras bem como a aplicação de
outros serviços auxiliares
numa rede própria de Intranet, visto que a mesma pode suportar ligação em
TCP-IP.

O inimigo desta tecnologia para já é os €€€€€€€. Acredito que será uma
questão de tempo...

Mais informações: http://rep.pt/geeklog/index.php?topic=DSTAR

Um abraço
os melhores 73

CT1FZC
Freitas





Em 21/09/07, Carlos Mourato <radiofarol  gmail.com> escreveu:
>
> caros colegas
> Hoje dei aqui um saltinho para poder selecionar alguns dos 282 emails
> recebidos desde que estou em férias. Ainda não li muito acerca do  D-STAR,
> mas à primeira vista parece-me um sistema muito mais interessante do que os
> echolinks. Quanto à capacidade dos sinais serem descodificados com baixo
> SNR, ainda nada sei e por isso gostava de saber mais sobre isso. Irei
> estudar o sistema assim que tiver tempo para isso. Na minha vida
> profissional, como a maioria dos colegas sabe, trabalho com transmissões
> digitais, em OFDM, e com o software dream é possivel descodificar com varios
> niveis de SNR. Dependendo claro está do bit rate da emissão, assim o SNR
> necessário para descodificar as frames será mais ou menos alto. Por exemplo
> uma emissão em estereo com qualidade de radiodifusão em FM analógico,
> recorrendo ao AAC mais SBR, a uma cadencia de transmissão de 17,7 Kbps,
> pode-se descodificar 100% das frames de audio com um SNR de 18dB ou
> superior. Uma transmissão a 11 Kbps, o SNR será cerca de 10 dB ou superior.
> Para fonia, com uma banda passante relativamente estreita, creio que será
> possivel uma boa descodificação, com SNR menores que 10dBs SNR. Tudo isto
> depende evidentemente dos sistemas utilizados, e eu estou a referir
> especificamente o DRM. Convem referir, que apesar dos sistemas de proteção
> utilizados como sejam o "interleaving", é mais prejudicial uma interferencia
> num streaming digital do que a intensidade de sinal ser fraca.
> Para terminar, quero referir que o software Hamdream, é a versão DRM para
> amador, e que foram feitos alguns testes em 20m ao que parece com excelente
> qualidade com SNRs relativamente baixos.
> Alguem me sabe informar se o software do DSTAR é dedicado, ou se é um
> software adaptado? Toda a maneira este sistema D-STAR parece-me muito
> interessante e capaz de destronar o echolink.
>
> 73 de CT4RK
>
> Em 14/09/07, Mariano Gonçalves <ct1xi  sapo.pt> escreveu:
> >
> > Prezado João Gonçalves,
> >
> > Restrinjo-me a partilhar experiências e outros saberes, apenas isso.
> > Julgo ser essa a verdadeira essência do Radioamadorismo, é o que faço
> > enquanto amador de Rádio.
> > Infelizmente deixei de fazer rádio, pelo facto de ali não encontrar mais
> >
> > identidade e possibilidade de partilhar outras experiências. Limito-me a
> > escutar rádio, radioelectricidades e comunicações, e com isso a recordar
> > os
> > tempos em que existia aficcion entre os amadores. Lembrando figuras que
> > foram excelência humana e cultural entre radioamadores, mas isso faz
> > mais de
> > 40 anos. Tudo se perdeu e transformou, para pior.
> >
> > Um dia destes, se quiseres, é possível experimentar algumas comunicações
> > digitais (para um grupo de eventuais interessados) ensaiando ligações em
> >
> > frequência fixa e salto de frequência, com uma cadência de mais de 500
> > saltos por segundo.
> > Assim podes avaliar da importância da qualidade do link de rádio, e
> > consequente, poder determinar qual a relação sinal ruído que ele
> > comporta ou
> > exige.
> > Nessas condições extremas, é possível comparar com uma vulgar
> > transmissão de
> > SSB, NBFM ou mesmo CW, patrimónios que apesar do desenvolvimento
> > tecnológico, não irão desaparecer tão depressa, nem tão pouco das
> > comunicações de HF.
> >
> > Não sei avaliar se do D-Star conseguirá vingar, mas tudo indicia que vem
> > aí
> > as comunicações digitais, com base em VOIP, mas há um longo caminho a
> > percorrer, talvez depois de 2015 ou 2020 tudo mudará então (menos a
> > cultura
> > experimental dos radioamadores).
> >
> > 73, Mariano
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "João Gonçalves Costa" <joao.a.costa  ctt.pt>
> > To: "'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'" < cluster  radio-amador.net>
> > Sent: Friday, September 14, 2007 4:08 PM
> > Subject: RE: ARLA/CLUSTER: A diferença do D-Star
> >
> >
> > Caros Jorge Santos e Mariano Gonçalves,
> >
> > Verdadeiramente EXEMPLAR a analise que o Mariano (CT1XI) faz, Parabéns.
> >
> > Isto, quando temos especialistas deste gabarito entre nós, até
> > esquecemos as
> > "bacoradas" que todos os dias ouvimos e lemos.
> >
> > Como vários colegas tem referido, é com muita mágoa e algum desalento
> > que
> > constatamos que estes assuntos não são discutidos a este nível, nas
> > bandas
> > do Serviço de Amador. Afinal, muitos de nós, antes de sermos
> > internautas,
> > somos Amadores de Rádio (vulgo, radioamadores).
> >
> > Sinceramente, comungo cada vez mais, infelizmente, da opinião que os
> > verdadeiros assuntos de interesse do radioamadorismo passam cada vez
> > mais
> > pela Internet.
> >
> > Poderíamos aqui apresentar várias razões para isso acontecer, mas tenho
> > muita pena que estas coisas não cheguem a um maior numero de Amadores de
> > Rádio, via rádio
> >
> > Como moderador, desta lista, só tenho de agradecer terem aceite o
> > convite
> > para fazerem parte deste Grupo e a vossa participação atenta.
> >
> > Muito OBRIGADO.
> >
> > João Costa
> > CT1FBF
> > Moderador da Lista ARLA/CLUSTER
> >
> >
> >
> > -----Original Message-----
> > From: cluster-bounces  radio-amador.net
> > [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] On Behalf Of Mariano Gonçalves
> > Sent: quinta-feira, 13 de Setembro de 2007 19:29
> > To: nobre.santos  netvisao.pt; Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> > Subject: Re: ARLA/CLUSTER: A diferença do D-Star
> >
> > Caro Jorge Santos,
> >
> >
> >
> > Os meus cumprimentos e obrigado pelo seu exemplo.
> >
> > Porque faz alguns anos, que trabalho no desenvolvimento e fabrico de
> > sistemas de transmissão digital (para aplicações militares e tácticas)
> > alguns que funcionam por salto de frequência e são dotados de
> > dispositivos
> > de COMSEC e TRANSEC, para comunicações seguras, o exemplo que refere
> > suscita-me o seguinte ponto de vista:
> >
> >
> >
> > A transmissão analógica, permite uma degradação substancial no link
> > (ligação
> > rádio), com degradação na relação sinal ruído até ao patamar em que
> > ambos os
> > níveis se confundem (quando se situam no mesmo nível), este é o momento
> > em
> > que a transmissão é imperceptível e a relação S/N será próxima de 0 dB
> > (imperceptível). Até se atingir esse patamar de degradação (que é
> > total),
> > dependendo do operador e da sua capacidade de correlação, muitas partes
> > da
> > mensagem são perceptíveis e podem ser interpretadas.
> >
> > A relação S/N numa emissão analógica, dependendo da largura de banda,
> > pode
> > ir de 12, 10 a cerca de 5 ou 3 dB (caso da telegrafia).
> >
> >
> >
> > No entanto, uma emissão digital, dependendo da velocidade de transmissão
> > e
> > largura de banda, regra geral, exige qualidade do link, que nunca será
> > inferior a 20 ou mesmo 25 dB de relação S/N (20 a 30 vezes mais
> > potência).
> >
> > Para a transmissão digital, não existe lugar à degradação progressiva ou
> > diminuição da relação S/N, como no SSB, FM ou CW.
> >
> >
> >
> > Quando os CODEC mesmo com o apoio do FEC, por degradação do link já não
> > descodificam a informação digital (descodificação dos pacotes), ocorre a
> > perda parcial ou total dos pacotes e deixa de existir informação útil.
> >
> > Significa que 1) a qualidade do link radioeléctrico para transmissão
> > digital, tem de ser sempre melhor e muito mais estável que para o
> > analógico
> > e 2) a qualidade da informação descodificada, será sempre melhor que a
> > analógica, sim, mas em virtude de não tolerar a mesma degradação (é tudo
> > ou
> > nada).
> >
> >
> >
> > No exemplo da sua gravação, enquanto se recebe o sinal da emissão
> > analógica,
> > com degradação do sinal, eventual relação S/N de 8 a 6 dB, para a
> > emissão
> > digital, o que se escuta na emissão digital, significa uma relação S/N
> > superior a 20 ou 25 dB, caso contrário, para as mesmas condições do link
> > analógico, na transmissão digital já não se escutaria absolutamente
> > nada.
> >
> >
> > Para além disto, a transmissão digital tem sempre as vantagens que a
> > analógica não permite conferir.
> >
> > Mas, é importante referir que, nas comunicações extremas (extrema
> > degradação
> > do link) numa transmissão em tempo real, ainda nada supera as emissões
> > analógicas de banda estreita entre 300 a 3000 Hz.
> >
> >
> >
> > 73, Mariano CT1XI
> >
> >
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Jorge Santos" <nobre.santos  netvisao.pt>
> > To: "Cluster" < cluster  radio-amador.net>
> > Sent: Thursday, September 13, 2007 3:16 PM
> > Subject: ARLA/CLUSTER: A diferença do D-Star
> >
> >
> > Boas tardes colegas.
> >
> > Para quem ainda não tenha ouvido (ou assistido a uma emissão de
> > televisão
> > digital) o som fantástico de um sistema digital, junto anexo (e espero
> > que
> > passe) um ficheiro em formato mp3 para que possam ver a diferença entre
> > um
> > sinal fraco D-Star e o mesmo transmitido em modo analógico.
> >
> >
> > /3's de Jorge Santos - CT2JIB
> >
> >
> >
> >
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> Carlos Mourato
> Sines
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