ARLA/CLUSTER: Amanhã realizasse o 5º grande encontro Lusófono nas Caldas da Rainha

Sexta-Feira, 23 de Novembro de 2007 - 17:43:33 WET

De: GUY CALDAS [mailto:guycaldas  gmail.com]
Enviada: sex 23-11-2007 15:42

Caros colegas e Amigos,

É já amanhã o 5º grande encontro Lusófono em Caldas da Rainha.

Como é do conhecimento geral a nossa Associação propôs executar este
evento em parceria com a RESCUE (Associação Portuguesa de Voluntários
de Protecção Civil).

Foram feitas duas reuniões de trabalho na zona de Lisboa,  tendo
participado nela por parte da RESCUE o seu Presidente Sr. João Saraiva
, e por parte da LART eu próprio e o colega Fernando Castanheira
(CT1ETG), tendo este numa destas reuniões disponibilizado o seu QTH,
para o efeito.

Foi também efectuado um reconhecimento no local no Domingo passado com
o referido Senhor Presidente daquela Associação no sentido de
alinharmos o evento.

Sem que ninguém espera-se, esta Associação, na pessoa do seu  Exmo.
Senhor Presidente Sr. João  Saraiva, envia-me um e-mail a comunicar-me
que tinha recebido um convite para participar num outro evento e por
consequência não iriam estar no evento por nós e por eles promovido,
facto que lamento.

Transcrevo na íntegra o e-mail que me foi enviado:

"Caros associados

A RESCUE foi uma vez mais hoje convidada a prestar serviço de
prevenção a um evento. Desta vez no dia 24 de Novembro na margem sul
do Tejo, mais concretamente na zona de Porto Alto. Assim sendo fica
sem efeito a participação do GOPS RESGATE no exercício em Caldas da
Rainha, devido ao facto dos meios técnicos estarem empenhados na
protecção do evento em causa. Ficam desde já convidados 2 associados
com formação mínima TAT+DAE+PHTLS para prestar serviço gratificado
neste evento. "
..................

        Perante este vazio, contactei os o serviço de Bombeiros e
Protecção Civil de Caldas da Rainha e decidi promover um encontro
Lusófono em parceria com esta mui nobre instituição. Contacta esta e
relatando sem pormenor o nosso défice, estes prontamente puseram-se ao
nosso dispor.

Assim idealizou-se um simulacro, que passo a descrever:

OBJECTIVO

                   Demonstrar as capacidades, dos RADIOAMADORES em
situação reais de desastre e ou calamidade, onde as comunicações
convencionais encontram-se congestionadas pelo volume de chamadas, e
ou inoperativas.

CENÁRIO PROPOSTO

                  Falésia / Pesqueiro, na estrada Atlântica entre a
Foz do Arelho e Salir do Porto, junto ao Miradouro

DESCRIÇÃO

                   Eram cerca das 8 horas da manha, já o vento forte
se fazia sentir, nomeadamente na costa oeste do continente Português,
quando uma forte rajada de vento seguida de chuva intensa, derrubado
algumas torres de comunicações nomeadamente a dos Bombeiros
Voluntários de Caldas da Rainha, e as redes de telemóveis.

De entre várias ocorrências inerentes do mau tempo que se fazia sentir
(vento forte e chuva intensa), desenha-se uma que teria lugar no
pesqueiro frente ao miradouro na estrada atlântica, onde um pescador
de pesca desportiva cai ao mar empurrado pelo vento. Socorrido pelos
seus companheiros, e que após o conseguirem retirar da agua, verificam
que a gravidade dos seus ferimentos inviabiliza o seu transporte de
forma segura e sem lhe provocar ainda mais lesões. Tentam o contacto
por telemóvel para o 112, mas dada a intempérie estas comunicações
estão congestionadas pela afluência de inúmeros pedidos de socorro.

Perante o facto, um dos seus companheiros decide deslocar-se para a
estrada, com o intuito de pedir auxilio, pede a vários automobilistas
que ali circulavam para estabelecerem contacto com os bombeiros ou
outros entidades de socorro, mas o problema persistia, (rede
congestionada), eis que um RADIOAMADOR, se disponibiliza com o seu
rádio de VHF e entra em contacto com um seu colega em Caldas da
Rainha, e este deslocando-se de imediato ao Quartel dos soldados da
paz relata o sucedido.

Volvidos alguns minutos e já no local do sinistro, Os bombeiros montam
todo o dispositivo de resgate á vitima (pescador), deparando-se agora
estes com um problema, tinham comunicações localmente nos canais de
manobra e táctico, mas estavam privados de comunicar com o seu quartel
em Caldas da Rainha, dado que a sua torre de comunicações teria ficado
inoperativa, vitimada pelas fortes rajadas de vento.

Prevendo a situação um dos radioamadores fica no quartel dos Bombeiros
e o outro desloca-se também ao local do sinistro, acompanhado do seu
rádio e de um repetidor portátil, colocando este meio ao serviço dos
Bombeiros.

Posicionado o repetidor portátil de VHF no ponto de cota mais elevado
(junto a estrada) assegurando assim as comunicações dos operacionais
intervenientes com o seu quartel.

Após este Simulacro terá lugar uma palestra/acção de formação,
subordinada ao tema; Comunicações de emergência.

Levada a efeito pelo colega e amigo João Manuel Duarte Parra Plácido
com o seguinte currículo:

- nascido em Leiria em 1958, técnico de radiocomunicações e electrónica, com
um trajecto de 40 anos em radiocomunicações, logo de  início em grande
colaboração com os Bombeiros Municipais de Leiria, como consultor de
todos os
respectivos Comandantes até hoje, bem como: Técnico de confiança do
Sr. Inspector Regional de Bombeiros Manuel Velloso (SNB e SNPC).

- Técnico de comunicações dos B.V. Leiria e respectivo Grupo Especial
de Intervenção Terrestre (GEIT) ajudando a debelar alguns dos
incêndios mais
devastadores do país em 1993,1995,2003,2005.

- Técnico de confiança ou pontual de inúmeros Corpos de  Bombeiros, em
especial no Distrito de Leiria e limítrofes (por uma questão de
rapidez de
intervenção).

- Na Cruz Vermelha Portuguesa: (fundador da Unidade de Socorro de
Leiria e também Chefe de Comunicações na mesma) com imensas
colaborações no apoio a Operações nacionais (acampamentos de final de
recruta com aulas de comunicações, intervenção em incidentes como
incêndio do Chiado. Apoio a vários acidentes ferroviários de impacto
nacional,acidentes de aviação,acidentes
rodoviários de grande vulto como o choque em cadeia na A1,zona de
Santarém,todas as operações Fátima distritais e nacionais, apoio a
grandes provas
desportivas)  e no estrangeiro (Congo-Brazaville,  operação conjunta
com GOE,Paraquedistas e FAP, em colaboração com o MNE).

- Técnico de confiança ou pontual de um enorme número de Unidades de
Socorro da CVP por todo o país com colaboração directa com o Comando
Geral da CVP,
ministrando ensinamentos na área de comunicações em cursos para
elementos de Comando.

- Colaborador como técnico de confiança do Delegado Distrital de
Protecção Civil de Leiria, Dr. António Morais.

- Técnico de comunicações das Protecções Civis  Municipais de: Lisboa,
Leiria, Marinha Grande, Alcobaça, Batalha, Figueiró dos Vinhos,
Óbidos, Bombarral,Figueira da Foz.

- Técnico de confiança do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.

- Técnico colaborador em quase todas as entidades  policiais e algumas
militares.
TAT e AED, Curso de Reanimador da CVP, Desencarceramento, Formador no
Curso Complementar de Operações de Socorro da ANAFS, sendo também
titular de formação dos níveis Elementar e Complementar da mesma.

Actividades paralelas: Espeleologia, Orientação, Escalada,
Montanhismo, Para quedismo, Treinos de Operações Especiais, Artes
Marciais (Karate-Do Shotokan e Jiu-Jitsu).

Sendo um dos CB mais antigo do país (CQD6576) (ainda é do tempo de ter
a PIDE e o exército à perna por causa do CB), radioamador (CT1BIL),
radioescuta (CT0 646), e  técnico de comunicações (CS2 AC).

Esta  resenha serve apenas para dar uma ideia  das actividades que
favorecem a capacidade de visão operacional, com respectiva
transposição para a área
das comunicações no terreno, bem como as de emergência  e catástrofe.

Espero que este encontro Lusófono seja mais um convívio de toda a
família Lusófona, e que saibamos tirar dele o máximo proveito.

Com os melhores cumprimentos

GUI CALDAS
CT1EXE
Presidente da Liga A. R. T.

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