ARLA/CLUSTER: Balizas no segmento 13,553 - 13,567 Mhz
Mariano Gonçalves
ct1xi sapo.pt
Sexta-Feira, 23 de Novembro de 2007 - 08:39:10 WET
Mourato,
Bom então a maior utilidade do beacon em 6.7 MHz, era justamente a possibilidade de prever a existência de condições de propagação por efeito de NVIS na banda dos 40 metros, uma boa ideia.
Ainda recentemente, os 80 m estiveram excelentes, porque o NVIS se situava dentro desta faixa.
Ocorreu num destes dias em que houve bloqueio nas comunicações das faixas de HF, aliás voltou a ocorrer nos dias 20, 21 e 22 deste mês.
É curioso, que a propagação ionosférica de forte incidência vertical, tem a precisa vantagem, de haver menos perdas em termos de link. Contra os tradicionais 130 ou 140 dB de path loss na propagação por onda de solo e mesmo de superfície.
Aqui ficas sempre com um ganho de pelo menos uns 30 dB.
No teu exemplo, um vulgar dipolo para 40 metros, instalado a 6 metros do solo, seria a antena ideal para NVIS.
Temos aqui uns pequenos TX para 3,5 e 7 MHz, que empregamos nas balizas dos balões SimSat, que até poderiam servir para umas coisas dessas, faltam os cristais.
Um abraço e boas experiências.
Mariano
----- Original Message -----
From: Carlos Mourato
To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Sent: Thursday, November 22, 2007 9:38 PM
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Balizas no segmento 13,553 - 13,567 Mhz
Olá Mariano
Neste caso, como se trata de SRD, não seria necessária licença, dando-se conhecimento apenas da entrada em funcionamento do equipamento. É de salientar que ja efectuei um contacto em CW A1A em 40m com EA7 com apenas 1 mW.
Está certo que a NVIS nestas paragens raramente vem aos 7MHz, mas os testes seriam feitos em continuo e assim, quando a NVIS estivesse a 6.7MHz, seria sinal que certamente chegaria aos 7MHz. Quanto à antena, um simples dipolo horizontal, com a impedancia de 75 ohms, daria para colocar a 1/10 de onda, ou seja a 4m de altura e assim a sua impedancia seria reduzida para perto dos 50 ohms. Para colocações mais baixas teria de se recorrer ao dipolo dobrado de 300 ohms, que ficaria com cerca de 150/200 ohms e depois com auxilio de um transformador de impedancias de 4/1 adaptava-se ao emissor....Vou dar uma volta à caixa dos cristais para ver o que por lá existe
73 de CT4RK
Em 22/11/07, Mariano Gonçalves <ct1xi sapo.pt> escreveu:
Mourato,
Não te esqueças do tipo de antenas a empregar.
A frequência onde mais ocorre o NVIS, entre o período da noite e dia, é entre cerca de 2 a 6 MHz, ocasional e muito raramente vai a 7 ou 8 MHz, aqui na Península Ibérica e à nossa latitude.
Em África, no final do ano passado quando eu estive na EUFOR-Congo e no Gabão, o NVIS andava pelos 12 MHz.
A antena ideal seria o dipolo focado em relação ao solo a cerca de 0,15 do comprimento de onda. Não baixar muito a altura, por causa de não diminuir a resistência de radiação da antena, e introduzir mais perdas. Contudo, e mesmo com perdas mais elevadas, desde que a radiação seja bem vertical, o path loss é muito baixo, menos de 110 dB. Ficas com energia que chega, se o EIRP for de 10 dBm e o receptor melhor do que -125 a -135 dBm para 8 ou 10 dB S/N (em A1A).
Isso seria muito interessante, mas se fosse devidamente autorizado pela ANACOM, de molde a obter desses sistemas, a máxima eficácia, em termos de dados e caracterização da propagação.
73, Mariano
----- Original Message -----
From: Carlos Mourato
To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Sent: Thursday, November 22, 2007 6:53 PM
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Balizas no segmento 13,553 - 13,567 Mhz
Boa!
O colega Matias falou de uma coisa muito importante. ´que 10mW em ondas curtas chegam à Europa inteira se houver boa propagação. Já me deixou a pensar em fazer uma "ronca" com 10 mW para a frequencia dos 6,7 Mhz para ir-mos dando uma olhadela na NVIS.
E nem é preciso licença!...Mas que rica ideia o Matias despoletou!!!
73 de CT4RK
Em 22/11/07, Sérgio Matias < sergio.matias gmail.com> escreveu:
Olá a todos.
Existem zonas do espectro radioeléctrico isentas de licenciamento
radioeléctrico e/ou de estação, que se destinam normalmente a SRD - "Short
Range Devices" (estações de pequena potência e curto alcance).
Consultando o QNAF 2007 disponível no sítio do ICP-ANACOM, temos em HF os
seguintes segmentos:
6,765 - 6,795 Mhz
13,553 - 13,567 Mhz
26,957 - 27,283 Mhz e outros.
Nos três segmentos acima referidos o limite máximo de potência ou
intensidade de campo é de 42 dBuA/m a 10m.
Convertendo para EIRP (Watt), se os cálculos não estiverem errados, dá cerca
de 7,5 mW EIRP.
Nos USA e em outros países, existem em funcionamento diversas balizas no
segmento 13,553 - 13,567 (22m) e nos segmentos em torno dos 4 MHz, 8 Mhz e
10 MHz. Em Itália, encontra-se em funcionamento uma rede de balizas em
28,322 MHz.
Este tipo de balizas assume a designação de "HiFER Beacon" em HF ou "LowFer
Beacon" em LF (137 KHz, p.ex.) e são normalmente construídas e
experimentadas por radioamadores.
Experiências efectuadas entre a Austrália e os USA demonstraram que é
possível a recepção das balizas, recorrendo a software de processamento de
sinal, normalmente utilizado em experiências desta natureza.
Após algumas pesquisas, fui ganhando curiosidade e um maior interesse na
parte experimental, com a vantagem expressa da isenção de licença de estação
para tal.
Mediante o que foi exposto, gostaria de recolher algumas opiniões acerca
desta matéria, e se possível, evoluir um pouco mais para além da leitura. A
disponibilidade para um projecto deste tipo não é muita actualmente, mas
independentemente disso, tal não impede que o apresente à comunidade ;-)
Cumprimentos,
--
Sérgio Matias, CT1HMN
ARLA #21
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