ARLA/CLUSTER: Radiação de antenas de telemóvel não é perigosa

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Quarta-Feira, 21 de Novembro de 2007 - 17:02:43 WET


Após cinco anos de medições de radiações electromagnéticas em comunicações móveis, a equipa do projecto monIT, da responsabilidade do Instituto de Telecomunicações do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, concluiu que "todos os locais medidos no país estão conforme os limites de segurança".

No balanço dos cinco primeiros anos, o coordenador do projecto, Luís Correia, divulgou que foram feitas 2.280 medições pela equipa do projecto em pontos distribuídos por todo o território nacional, incluindo as regiões autónomas.

Os resultados dessas medições, feitas em locais de acesso público, como praças, ruas, jardins, centros comerciais, hospitais, escolas, entre outros, e a pedido das instituições que usufruem do espaço, mostram que, em todos os locais medidos, os valores de exposição à radiação electromagnética se encontram abaixo do limite máximo de 02 watts por m2, o valor recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os aeroportos e a rede de metropolitano de Lisboa foram os locais que apresentaram valores de medições mais próximos do limite restritivo - algo que se explica pelas radiações serem emitidas em ambiente interior -, mas cerca de 94 por cento dos locais medidos apresentaram resultados cem vezes abaixo do limite.

Para além das medições localizadas, foram efectuadas pelo monIT medições contínuas, que se distinguem das localizadas por uma continuidade no tempo e pela utilização de equipamentos que funcionam como pequenas estações de medição instaladas em locais escolhidos pelas autarquias.

Os dados obtidos pelas medições contínuas mostram que quase 98 por cento dos locais se encontravam cem vezes abaixo do limite de 02 watts por m2.

Não há perigos para a saúde

Quanto às preocupações expressas pelos médicos relativamente ao perigo que estas radiações podem representar para a saúde das pessoas, Luís Correia afirma que estas só podem ser explicadas pela "desinformação em relação a este assunto".

"Às vezes, são ditas coisas que não correspondem à realidade", afirma o coordenador do projecto, dando como exemplos a ideia enraizada de que a utilização de auriculares com fio implica maior radiação e o medo de dormir com o telemóvel ao lado por causa das radiações, quando na verdade o telemóvel só emite radiações quando está em comunicação.

Fonte: Agencia Lusa e Sic On-Line.




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