ARLA/CLUSTER: WRC declara ilegais transmissões da Rádio Marti contra Cuba em aviões.

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Sexta-Feira, 16 de Novembro de 2007 - 12:41:42 WET


A Conferência Mundial de Radiocomunicações reconheceu a ilegalidade das transmissões que são realizadas dos Estados Unidos contra Cuba, o que motivou a irritação dos representantes de Washington.

Depois de três semanas de negociações, o foro, que reúne especialistas de numerosos países, recusou esse tipo de prática.

Com relação a isso, concluiu que "uma estação de radiodifusão que funcione a bordo de uma aeronave e transmita unicamente para o território de outra Administração sem que esta esteja de acordo", não está em conformidade com o Regulamento das Radiocomunicações.

Diplomatas latino-americanos consultados pela Prensa Latina disseram que "este esclarecimento constitui uma firme rejeição das medidas aplicadas nos últimos anos pelo governo de Bush (George W.)".

Recordaram que em 2004, a Casa Branca decidiu utilizar um avião militar C-130 como plataforma no ar para enviar para Cuba os sinais de televisão, com todos os perigos que uma acção dessa natureza possa ter.

Outros delegados na reunião, que funciona nesta sede das Nações Unidas, comentaram que em 2006 foi anunciado o emprego de um novo avião G-1 com os mesmos propósitos.

O Plenário registrou que apesar de várias solicitações da UIT através dos seus Escritórios de Radiocomunicações, Washington não eliminou a interferência prejudicial que causam suas transmissões aos serviços de difusão cubanos.

Sobre o caso, instou a super potência do norte a adoptar as medidas necessárias para resolver este caso e pediu à União Internacional de Telecomunicações (UIT) que, na próxima reunião deste tipo, informe a respeito dos progressos.

As observações adoptadas sem votação pela Conferência Mundial fizeram com que a delegação estadounidense optasse por desassociar-se do acordo, e desafiando o plenário, adiantou que continuará sua política de transmissões ilegais para Cuba.

Segundo participantes do encontro, os Estados Unidos manifestaram dessa forma a falta de respeito ao multilateralismo e projectaram outra vez mais o seu estilo prepotente num evento internacional.

A delegação cubana valorizou fortemente a postura da Conferência, e denunciou a agressão radioeléctrica ilegal a que permanentemente tem estado submetida por parte do governo dos Estados Unidos desde 1959.

Um total de 22 transmissores de radiodifusão de diferentes serviços sonoros e de televisão transmitem mais de duas mil horas semanais para Cuba, com informação falsa e manipulada, com alocuções inclusive de carácter terrorista, recalcou.

"Não estamos, neste caso, diante de uma interferência casual ou não intencional, senão, como foi reconhecido pelo representante dos Estados Unidos, de uma política deliberada de Estado", afirmou a representação da ilha caribenha.

(Fonte: Agencia Noticioso Cuba "Prensa Latina")




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