ARLA/CLUSTER: Clube Escolar
Mariano Gonçalves
ct1xi sapo.pt
Terça-Feira, 13 de Novembro de 2007 - 08:12:48 WET
Caro Prof.. Paulo Sousa,
Os minhas saudações, e muitos parabéns pela sua iniciativa. Um exemplo a seguir.
Pessoalmente tenho pena de estar aqui tão longe de Gouveia, para o poder ajudar no seu trabalho, que acho determinante, para a educação das crianças e jovens quer estudantes, quer à procura do primeiro emprego.
Participei na fundação de uma ONGD, a AMRAD (www.amrad.pt) é uma associação exclusivamente dedicada à educação e desenvolvimento, que mantém actividade de facto desde 1998, e trabalha justamente através da multidisciplinaridade que o radioamadorismo nos propicia, e tem resultado.
Anualmente, participam mais de 1.500 crianças e jovens, de estabelecimentos do ensino básico, secundário, politécnico e universitário, e também de formação profissional, incluindo organismos oficiais, no âmbito da formação técnica, designadamente forças militares e para-militares, com as quais se desenvolvem quadros de cooperação, com palestras e acções de treino e formação em tecnologias de radiocomunicações seguras e tácticas.
Para facilitar o acesso dos alunos e das pessoas, a AMRAD teve de criar dois espaços públicos dedicados, em 2000 o Observatório Aeroespacial de Oeiras - CS1RAD sedeado em Oeiras e mais vocacionado para os ensinos básico e secundário, e em 2006 o Centro Espacial Português - CS5CEP este sedeado no Parque de Ciência e Tecnologia de Oeiras, um espaço ao serviço da universidade, mais dirigido para a investigação e desenvolvimento, mas não exclusivamente, pois pode ser visitado e empregue em acções de sensibilização dos alunos do ensino secundário, com o fim de os poder vocacionar para a tecnologia e ciência de nível universitário.
A AMRAD dispõe ainda de um pequeno atelier oficina e laboratório radioeléctrico de desenvolvimento e construção modular, que não está aberto ao público, é para uso exclusivo dos trabalhos em curso, nomeadamente para uso da AMSAT-CT, como o desenvolvimento modular de satélites e a construção de simuladores de satélites, por balões estratosféricos.
A associação dispõe de algum material dedicado à educação e sensibilização das crianças e dos jovens, que foi cedido mediante acordo (a algumas associações) mas que infelizmente não tem conseguido recuperar e dedicar de novo aos interesses juvenis e educativos (o fim a que se destinam).
Sugiro que ao invés de adquirir uma antena, insira o seu desenvolvimento e a sua construção, como tema de participação dos próprios alunos e da escola.
Nós conseguimos introduzir esse conceito até em escolas do ensino básico, onde os alunos e até os país, construíram receptores de rádio e participam nas acções, aos fins de semana.
É tudo uma questão de, quer de tempo (essencial), quer de organização. Tanto mais que, e no caso da sua escola, sendo uma antena para a faixa de VHF é fácil de adquirir os materiais e de a construir, com os mesmos ganhos e eficiências radioeléctricas (embora possa deter no final, um aspecto físico diferente).
Caso a nossa pequena associação, consiga recuperar esse material disperso, que não nos tem querido restituir, seguramente que os poderíamos auxiliar, mediante a cedência de algum material por um acordo de comodato, formalizado.
É muito importante que os amadores de rádio, promovam esse tipo de iniciativas, já que, infelizmente, a generalidade do movimento associativos português, não está vocacionado e ou disponível para esse modelo de intervenção educacional e cultural.
Naturalmente que essas acções exigem imenso tempo e muito trabalho (individual e de grupo) mas é gratificante, ver que, algumas dessas crianças e jovens, ficam, inevitavelmente mais despertos, para estes temas de tecnologia e de ciências da rádio, que afinal de contas para cada um de nós, são tão gratificantes e divertidas.
Eu desde a criação do observatório em Oeiras no ano 2000, que coloquei todo o meu melhor equipamento de LF, HF, VHF, UHF e SHF, no fundo as minhas melhores estações de rádio de sempre, ao serviço dessa associação, deixando mesmo de fazer rádio em minha casa e no meu shack. Divirto-me muitíssimo mais a partilhar alguns conhecimentos que tenho, com esses jovens e crianças. Mas isto são outras opções, próprias de outras idades e outras experiências de vida, coisas dos tempos.
Finalmente: tenho um imensa pena, de ter nascido aqui na região de Lisboa, onde afinal de contas as crianças e os jovens tem de tudo, nalguns casos, até em demasia, e no fim, não fazem quase nada. Sabendo que noutras regiões do nosso país, outras crianças (da interioridade) estão ansiosas de partilhar novas experiências e vivências, mas a demografia, é assim. Isto é fruto da desigualdade que nos é imposta.
Tudo isto deveria ser um movimento de difusão cultural, onde o amador de rádio, através do interdisciplinaridade do próprio Radioamadorismo, deveria saber promover e sustentar esses factores de integração e protecção cultural, educativa e social também, prevenindo comportamentos de risco e até aditivos, que nas grandes áreas metropolitanas são um risco permanente.
Em baixo (anexo), pode ler um Curriculum necessário às candidaturas para o Serviço de Amador e Amador de Satélite de um país fora da Europa, veja bem, o grau de elevação em que o Radioamadorismo seria tido (e é para quem o exerce com elevação) caso fossem cumpridos por todos os países, tudo aquilo que cada um de nós amadores poderíamos ganhar de conhecimento, saber e outras culturas.
Portanto Prof. Paulo Sousa, nunca desista, e prossiga nessa batalha, porque vale de facto a pena, esse é o maior e o mais generoso DX que qualquer amador de rádio deveria saber fazer e cumprir, embora tenha todo e pleno direito de ser diferente e optar por outras formas de intervenção, individual ou de grupo.
Cumprimentos,
Mariano, CT1XI (ex. CR6XI)
The candidate for the Amateur Radio and Amateur Satellite Service is expected to have a very basic knowledge and must be able to add, subtract, multiply and handle fractions:
1. Basics Units and symbols
b. Electrical circuits
c. Power and resistance
d. Ohms Law
e. Alternating currents and voltages
2. Frequency and wavelength
3. Transmitters
a. Block diagram of a simple transmitter
b. Modulation types
4. Receivers
a. Block diagram of a simple receiver and detector
5. Feeders and Antennas
a. Feeders, coaxial and suitable plugs
b. Antenna types, dipole, ground plane, end fed wire
c. Antenna matching
d. Antenna Tuning Unit
e. Standing waves and SWR meters, radiated power and e.i.r.p.
f. Dummy loads
6. Propagation
a. Wave propagation
b. Range
c. Ionosphere
d. Daily changes in propagation
7. Electromagnetic Compatibility
a. Causes of interference
b. Minimising the problems
c. Earthing, antenna types
d. Power and emission types
e. Immunity
f. Social aspects
g. Sources of assistance
8. Safety Considerations
a. High voltages and currents
b. Mains plugs and earthing
c. Accidents
d. Antenna location
e. Batteries
f. General shock hazards
9. Amateur Radio Regulations
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----- Original Message -----
From: jorge ferreira
To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Sent: Monday, November 12, 2007 11:38 PM
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Clube Escolar
Caro colega alguem aparece a ensinar o que é radioamadoris há por ai muitas criticas mas ninguem ainda têve a ousadia de fazer o que o colega está comessando parabens 73 jorge ferreira ct5gbf
----- Original Message -----
From: ct1fuh
To: cluster radio-amador.net
Sent: Monday, November 12, 2007 8:05 PM
Subject: ARLA/CLUSTER: Clube Escolar
Caros amigos:
Sendo radioamador e professor, tento pôr em prática um projecto de criação na minha escola de um clube de comunicações.
Da parte do estabelecimento de ensino obtive luz verde. Por parte da ANACOM uma autorização para trabalhar com o meu indicativo /1 dentro do espaço escolar também é autorizado. Mais tarde o indicativo escolar a ser usado em comemoração de efemérides em dias e horas previamente agendados poderá ser uma forte probabilidade.
Assim, torna-se necessário montar a estação pelo que venho por este meio pedir a vossa generosidade para com os alunos da escola EB 2 de Gouveia. Não tenho coragem de pedir rádio (tentarei com as firmas das respectivas marcas marcas), mas talvez haja por aí perdidas e sem uso uma fonte de alimentação, algum cabo coaxial e uma antena vertical tipo X-30 ou X-50.
Desde já bem hajam pela generosidade.
PROJECTO DE CRIAÇÃO DO CLUBE
de
COMUNICAÇÕES
(EB2 de GOUVEIA)
OBJECTIVOS
Com a criação do Clube de Comunicações na Escola EB 2 de Gouveia é nosso principal objectivo desenvolver o gosto pelas comunicações e as relações inter-pessoais. Além disto, pretendemos ainda:
- Promover a troca de mensagens entre a nossa escola e diversos pontos do país e do mundo.
- Fomentar nos alunos o gosto pelas comunicações via rádio e pela troca de experiências com pessoas de diversos pontos do país e do mundo.
- Desenvolver a dicção, entoação e expressão oral.
- Divulgar a nossa Escola e a nossa região em Portugal.
- Cativar os alunos de forma a mantê-los na escola nos seus tempos livres.
- Participar em acções de auxílio à comunidade dentro da protecção civil da Área.
- Auxiliar nas comunicações de socorro. (ex. Bombeiros)
- Apoiar com comunicações as actividades da escola no exterior, facilitando um contacto com a base instalada na nossa escola.
- Desenvolver o gosto pelo rádio amadorismo na suas vertentes técnica e lúdica.
ACTIVIDADES
- Activação da estação base do Clube de Comunicações na EB2 de Gouveia realizando contactos com diversos pontos de Portugal e do Mundo.
- Acompanhamento dos grupos que realizam actividades no exterior da escola.
- Produção, pelos alunos, de cartões Q.S.L. da nossa estação.
RECURSOS
- Para montar uma estação de Radio amador são necessárias verbas. Todo o material deverá ser eficaz e fiável pelo que terá que ser adquirido por quem detenha os conhecimentos técnicos para o efeito.
- Para podermos, de forma simples e eficaz pôr uma estação radioamador a funcionar necessitaríamos de 500 euros para aquisição do material que julgo ser indispensável.(*)
HORÁRIO
- Necessitaria de 4 a 5 horas por semana para formação teórica e prática dos alunos operadores rádio.
(*) - O dispêndio de verbas nas rádio comunicações é avultado, mas apenas na fase de arranque da modalidade, uma vez que se parte do zero.
Professor responsável: Paulo Sousa
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http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
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