ARLA/CLUSTER: O futuro está nos SDR-Software Defined Radio...?
João Gonçalves Costa
joao.a.costa ctt.pt
Sexta-Feira, 1 de Junho de 2007 - 17:38:45 WEST
Prezados Colegas,
Depois de ler algumas dezenas de opiniões de radioamadores que tiveram presentes na ultima Dayton Hamvention 2007, um tema parece consensual na maioria das analises; os SDR-Software Defined Radios vieram para ficar e dentro 5 anos, para alguns, o mercado dos transceptores e receptores será totalmente diferente do que é hoje.
Alias, estavam a ser vendidos Kits de receptores a 8 Dólares e Transceptores a 30, com software gratuito incluído.
As conferencias sobre o tema foram das mais concorridas, pois existe um grande desenvolvimento e envolvimento ao nível dos amadores com inovações mais do software que do hardware. O Ham Rádio Deluxe 2007 é disso um excelente exemplo e gratuito.
Escrevia um colega americano, que se vive hoje, nesta área, um pioneirismos muito próximo do que existia nos anos 60 do século passado, quando muitos amadores apresentavam muitas inovações que acabaram por ser utilizadas pelos grandes fabricantes posteriormente.
Hoje, ao que parece, o campo a desenvolver já não é tanto o hardware analógico pois chegou-se a um impasse, onde para se melhorar um pouco é preciso investir vários milhares. As hipóteses oferecidas pelos SDR são imensas e por 1/10 ou 1/100 do custo.
Pode-se criticar, mas quando vimos equipamentos do tamanho de um maço de tabaco "all mode" e comunicações de dados possíveis a -25 dB`s abaixo do nível de ruído algo se passa, nunca antes possível.
Por definição e simplisticamente um SDR é composto pelo menos por duas partes:
- um circuito conversor de frequência em quadratura (hardware), que converte a frequência do sinal RF a ser recebida, para uma frequência intermediária FI suficientemente baixa para poder ser processada por uma placa de som de um computador ou outro conversor A/D (analógico / digital) adequado, com dois canais, chamados I e Q.
- um programa de computador (software) que permite processar matematicamente os sinais I e Q vindos do hardware e digitalizados pelo conversor A/D da placa de som. Esse software realiza a combinação matemática adequada dos sinais I e Q de modo a rejeitar a frequência imagem indesejável existente na conversão de frequência e em seguida, efectua a desmodulação do sinal...
Será que o fim do analógico está próximo....? Provavelmente.... os nossos filhos e os nossos netos jamais sentiram o encanto do crepitar de um receptor a vavulas numa noite fria de Inverno, pelo menos a mim, já ninguém me tira esse prazer.
Bom Fim-de-Semana.
João Costa
CT1FBF
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