ARLA/CLUSTER: Pseudotécnicos. Reparações.

Carlos L.R. de A.Gonçalves carlos-relvas sapo.pt
Quarta-Feira, 4 de Julho de 2007 - 16:39:50 WEST


Têm algum rádio antigo p/ recuperar?  "Caveat emptor!"

Alguns de nós nutrem por rádios antigos um interesse especial.   Não me
refiro especialmente a equipamento dito de comunicações (de amador), mas a
musiqueiros doutras épocas... coisas que muitos arrumam a um canto antes de
os porem à porta, quando não levam ordem de despejo a toque de caixa!

É assim que se perdem muitas relíquias, infelizmente, e eu próprio terei
que dar a mão à palmatória por ter, em tempos idos, feito isso mesmo:
coisas da (pouca) idade.

Felizmente, porém, há (?) casas que recuperam (?) essas curiosidades,
p/ satisfação dos carolas.    Bom, deveria ter acrescentado 3º ponto
de interrogação a seguir a "satisfação", mas sucede que os menos avisados,
ao comprarem um tal item,  podem até julgar ter comprado uma peça antiga a
funcionar ou então estimam ter conseguido que o "mono" que tinham em casa
foi resuscitado por algum "especialista."

Convém estar alerta neste campo, pois há verdadeiros logros, p/ não usar de
léxico diferente e mais directo.  Muitas vezes, o que parece fica-se por
isso mesmo: só aparência, nada de concreto.

Ora, deparando c/ determinada casa "especializada" que até surge na lista de
"úteis" da associação congénere ARVM e visitando a págª respectª, deparei c/
determinado modelo de receptor de final dos anos '40, embora versão
ligeiramente diferente de rx usado na m/ juventude, sendo que o segundo
incluía OLonga.   Ao contactarem essa firma, os clientes ficam inteirados do
custo, e ficam tb. a saber que só após encomenda as "velharias" (não) são
recuperadas.

Alto!  A frase não parece fazer sentido: há uma "não recuperação"?   Em que
ficamos?

Bom, teòricamente, há recuperação, mas, pelos vistos, só mesmo no
imaginário... à espera, realmente, de que os tais clientes menos
atentos nem notem o logro... mas há quem note, chame à atenção (para algo
que nem deveria ser preciso chamar à atenção), reclame subtilmente e devolva
à origem, claro... e espere meses, uns belos meses até que o rádio volte ou
que, relutantemente e após insistência, a casa "especializada" admita o
reembolso.

Mas, afinal e entretanto, a casa "especializada", que apelido de "Rádios
Antigos" (...) afirma mesmo capaz de aventurar-se em receptores antigos,
comos os conhecidos Hallicrafters, Hammarlund e outros que tais!!!

Mais, gaba-se de ter (?) ampla colecção de válvulas antigas, pelo que
"já é meio caminho andado p/ um realinhamento bem sucedido."

Postas as coisas assim, e p/ mais sendo algo tratado à distância, que razões
terão muitos de nós p/ pôr em dúvida o que nos é apresentado pela
"Rádios Antigos"?

Certo? Errado!  Com balelas atrás de baleas durante meses, assim se vai
entretendo o cliente - que não sem insistência lá acaba por receber de
volta e silenciosamente a sua preciosidade...   Hurra!...  O advérvio é
propositado: da "Rádios Antigos", nem uma palavra, quiçá por pudor.

Adiante, já chega de história, que, contudo, não é ficção!   Por esta
altura, os que sabem a quem me refiro já estão a pensar nos choupais e no
fado dos estudantes...

Neste mesmo "cluster", que prefiro sempre designar por círculo, já surgiu
publicidade da "Rádios Antigos", e esta  vem incluída em lista de "úteis"
de congénere da ARLA - suponho que há um equívoco, deveria haver
uma lista de *inúteis*, precisamente p/ sabermos prèviamente que terrenos
pisamos.

Sublinhe-se que os comentários supra se baseiam em factos reais, em
(desagradáveis) experiências próprias e aplicam-se tão-sòmente às ditas
recuperações de rádios antigos, não a qq. outra actividade que essa casa
contempla, que desconheço e, perante tais peripécias, passei a fazer
questão de desconhecer.

Convém, pois, estarmos atentos, porque muitos de nós não estão habilitados
ou estão impossibilitados de executar os trabalhos apontados e têm, por
conseguinte, de recorrer a quem está no mercado p/ tal, mas é pena que
andem por aí  verdadeiros *enganos*, p/ classificar as coisas c/ certa
suavidade.

73.
Carlos Gonçalves.





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