ARLA/CLUSTER: Polarização vertical ou horizontal ? por Jose M. Valdes R. YV5LIX

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Quinta-Feira, 19 de Outubro de 2006 - 16:46:31 WEST


Polarização vertical ou horizontal ?
Jose M. Valdes R. YV5LIX"  yv5lix  yv5lix.org.ve 

Para trabalhar em VHF a grandes distancias se recomenda usar polarização
horizontal, isto devido a que os sinais  são predominantemente
débeis, o que em conseqüência faz que a relação sinal  ruído (S/N
ratio) seja um fator determinante para conseguir êxito.

Há duas  considerações principais pelas quais se prefere a
polarização horizontal:

1.- as antenas em horizontal apresentam um nível de ruído mais baixo que
as verticais, o que conseqüentemente melhora a relação sinal ruído.

2.- as antenas na horizontal apresentam um maior ganho que as
antenas na vertical; tomemos como exemplo uma antena Yagi-Uda
otimizada para 144.300 MHz de 9 elementos com boom de 6 metros e
instalada a 6 metros de altura (aproximadamente 3 comprimentos de onda)
sobre o plano de terra, a dita antena nos apresenta as seguintes

Características:

Polarização vertical:

Ângulo de abertura 37 graus
Máxima ganho 15.83 dBd a 4 graus de elevação
F/C (Frente / Costas) : 22.86 dB

Polarização horizontal:

Ângulo de abertura 34 graus
Máximo ganho 17.69 dBd a 4 graus de elevação 
F/C (Frente / Costas): 22.93 dB

Como podemos observar na polarização horizontal obtivemos 1.86 dB a mais
de ganho sobre a polarização vertical, adicionalmente o ângulo de abertura é 3 graus mais estreito, o que significa que a antena recebe menos "QRM" lateral, estas duas características são
suficientes para fazer a diferença entre copiar e não copiar uma estação fraca, ou entre ser o não copiado,  não esquecendo que cada 3 dB teremos o dobro do sinal e que isto se aplica tanto em recepção como em transmissão.

Este ganho adicional é devida ao que se conhece como "efeito solo" ou nos meios do VHF como "ground gain" e é causado pela chamada "antena imagem" que não é outra coisa que o sinal que é
refletido pelo plano terra o qual é de maior intensidade na horizontal que na vertical.

Com uma antena como a acima descrita eu realizei contatos via TEP com estações LU, CX y ZP em 144.300 a distancias de até mais de 5400 Km, estes contatos foram documentados pelo colega
Gabriel, EA6VQ, e podem ser vistos no link:

www.vfhdx.net/yv5lix.html 
 
Neste mesmo site:
www.vhfdx.net 
Você poderá encontrar mais informações sobre o trabalho de sinais fracos em VHF.

Em relação à modalidade, na teoria em qualquer modo, AM, FM, CW ou SSB, é possível realizar contatos troposféricos em VHF, porém os modos mais recomendados são o CW ou o SSB, isto devido a que FM é por natureza "ruidoso", o que dificulta  receber sinais fracos. Desde alguns anos se está sendo utilizado cada vez mais o programa WSJT(JT65), que oferece uns modos digitais que permitem receber sinais de até 10 dB mais fracos (-10 dB) que os que se podem receber em CW e se usa principalmente em Meteor Scatter, EME e Troposcatter em freqüências superiores a 50 Mhz.

Para mais informações visite o link: 

http://pulsar.princeton.edu/~joe/K1JT/. 



73/DX José M. Valdés R. (Joe) YV5LIX
eQSL.cc Advisory Board Member
QSL manager EA7FTR
SYSOP YV5LIX DX Cluster
telnet://yv5lix.org.ve:7300
VHF Packed: 145.430 using C YV5LIX
http://www.yv5lix.org.ve 




Mais informações acerca da lista CLUSTER