ARLA/CLUSTER: Terras e "terras."

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Terça-Feira, 14 de Novembro de 2006 - 18:16:03 WET


Se a matemática não falhar e segundo os dados expostos, teremos o seguinte:

Atendendo a que a rigidez dieléctrica do ar em condições normais de humidade
e temperatura, é muito próxima de 1Kv por milimetro, é fácil ver quantos
volts pode atingir!....5000.000 de Kv....Isso mesmo!!!! 5 gigavolts a 150
Ka, é obra!!!...e que obra!    750.000000 de megawatts, ou seja 750
gigawatts descarregados em menos de 1 segundo. Aproximadamente a energia
produzida por uma central nuclear de grande porte durante mais de
30 horas!...A natureza é implacável!!!


Em 14/11/06, Mario Costa <aguia_negra  hotmail.com> escreveu:
>
> Caros Colegas
> Boas tardes.
> Realmente não basta desligar os equipamentos e a prova disso é o facto de
> bem perto do local onde moro ter caído um raio que rachou um eucalipto ao
> meio abriu um rasgo com mais de 5metros num penedo tendo entrado na
> esquina
> do prédio destruíndo toda e instalação eléctrica.
> A maioria dos relampagos tem um comprimento médio de 3 a 5 km e uma
> corrente
> de 10.000 a 150.000 Amperes. Será bom dar uma olhada ao seguite sit/
> www.furiaclimaterica.com.sapo.pt/como_se_forma_o_relampago.htm-8k-
> 73
> Mário Costa (CT2-IMP)
>
>
> >From: "Carlos Neves (CT3FQ)" <ct3fq  ct3team.com>
> >Reply-To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA<cluster  radio-amador.net>
> >To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA<cluster  radio-amador.net>
> >Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Terras e "terras."
> >Date: Tue, 14 Nov 2006 12:06:53 +0000
> >
> >Paulo deixe-me que lhe diga que não basta desligar os equipamentos das
> >antenas e da rede electrica. O campo electromagnético gerado pelo arco de
> >um relampago pode danificar qualquer equipamento mesmo a quilometros do
> >acidente. Que o diga o nosso colega CT3CD que ficou sem recepção no seu
> >ICOM 775  no CQWW em Outubro. Que o digam também os muitos GasFets que já
> >substitui nos meus preamplificadores  de VHF e UHF.
> >
> >Desligar os cabos pode atenuar o efeito do brutal campo eletromagnético
> >gerado por um  relampago.O modo mais seguro é desligar o cabo da
> antena  e
> >encaixar uma ficha PL curtocircuitada no receptor, ou em alternativa ter
> um
> >comutador de antenas com fecho à massa, ou então ser mais  arrojado e
> >construir   um "shack" como uma gaiola de faraday.
> >
> >Penso que é tudo uma questão de  estatística. O que mais me preocupa  é
> que
> >a probabilidade de cair um raio é maior do que sair o  Euromilhões...:-)
> >
> >Para quem gosta do assunto recomendo a consulta do site:
> >http://www.lightningsafety.com
> >
> >73
> >Carlos Neves  (CT3FQ)
> >
> >
> >
> >Paulo Santos wrote:
> >
> >>São tudo situações arrepiantes, mas mais vale prevenir do que remediar e
> >>desligar toda a estação, geralmente é que faço.
> >>
> >>Como vivo numa zona bastante plana e humida e dos quais a minha casa é a
> >>mais alta do pequeno povoado, torno-me simplesmente num potencial
> >>pára-raios dos meus vizinhos. Ah e ainda tenho o maldito rio a cerca de
> >>uns 40mts da traseira da casa sim esse maldito que de vez enquando
> >>lembra-se de entrar shack comercial a dentro.
> >>
> >>Já não basta no inverno passado verificar uma descarga tão forte na
> margem
> >>do rio que o desgraçado platano ficou aberto ao meio. Foi simplesmente
> >>magnifico e aterrador ao mesmo tempo. O estrondo foi táo grande que acho
> >>que os clientes que estavam ao balcão a beber o café se engasgaram
> >>hehehehe.
> >>
> >>Apartir desse dia simplesmente quando vejo aproximar mau tempo desligo
> >>todos os cabos coaxiais e não só, como alguém disse noutros comentários
> >>rezar a Deus que a leve daqui para fora.
> >>
> >>73's e boas faiscadelas.
> >>
> >>CT2IVH Paulo Santos.
> >>
> >>
> >>>From: "Carlos Mourato" <radiofarol  gmail.com>
> >>>Reply-To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA<cluster  radio-amador.net>
> >>>To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA"<cluster  radio-amador.net>
> >>>Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Terras e "terras."
> >>>Date: Tue, 14 Nov 2006 01:18:23 +0000
> >>>
> >>>Ahhh esqueci-me de referir as varetas de terra!
> >>>Salvo aquelas belissimas placas de cobre zincado que faziam antigamente
> >>>as
> >>>belas terras das torres de suporte das linhas de HV (nessa altura havia
> >>>uma
> >>>coisa que já não se ve hoje! Brio profissional) , Eu já assisti a
> >>>montagens
> >>>profissionais de alto gabarito. Uma vez na Serra  D`Àire, como aquilo
>> >>>em
> >>>cima é só rocha calcária, os "técnicos" instaladores, (certamente até
> >>>certeficados pela ANACOM) não estiveram com muito trabalho para
> enterrar
> >>>a
> >>>vara de terra. ...Simplesmente deitaram a vara no chão e colocaram-lhe
> >>>uma
> >>>camada de pedras em cima!!!!....E isto é verdade...Não é só
> publicidade!.
> >>>
> >>>Mas tambem vos digo que as faiscas é que escolhem onde cair. Uma vez na
> >>>Igreja lá da minha aldeia, uma ignorou pura e simplesmente o pára-raios
> e
> >>>mandou uma porrada no sino que até o mandou ao chão.  Acho que na terra
> >>>devem existir "manchas" mais ou menos carregadas, o que provoca
> >>>diferenças
> >>>de potencial diversas entre a terra e as nuvens. Lembro-me que já este
> >>>ano,
> >>>estava eu na casa de meus pais, lá na aldeia, e que a casa fica no
> fundo
> >>>de
> >>>um vale e por cima a mais de 300m de altura passam 6 linhas de alta
> >>>tensão
> >>>vindas da barragem de Belver. No entanto, estava eu sentadinho na
> varanda
> >>>a
> >>>ver uma trovoada e então uma faisca enfiou-se por entre as linhas de
> alta
> >>>tensão, ignorou simplesmente o cimo do montes e caiu bem lá no fundo do
> >>>vale, num ribeiro. Lembram-se daquela moça que morreu carbonizada faz 2
> >>>anos
> >>>na praia do Guincho??? Pois é!, com a serra de Sintra mesmo ali ao
> lado,
> >>>tão
> >>>alta, e com tanto lugar onde o raio podia ter saltado, logo teve a
> >>>infelicidade de ser ela o pára-raios, só porque estava no lugar errado
> à
> >>>hora errada.
> >>>
> >>>73 de CT4RK
> >>>
> >>>
> >>>
> >>>
> >>>2006/11/14, Carlos Mourato <radiofarol  gmail.com>:
> >>>
> >>>>
> >>>>Caros colegas
> >>>>Estou 100% de acordo com o que diz o Carlos Gonçalves e o CT1FBF.
> >>>>  Cá para mim, eu tenho em cima do predio uma pequena torre com
> antenas
> >>>>e
> >>>>não um pára raios.. Por tal, a unica ligação à terra é o betão do
> >>>>predio,
> >>>>que espero que seja bom isolador. Na entrada da janela coloquei um
> >>>>perfil em
> >>>>L com 16 passadores coaxiais, do tipo PL e N. Aí chegam todos os cabos
> >>>>vindos das antenas, e daí é que partem os cabos para os equipamentos.
> >>>>Inclusive o cabo do rotor é interrompido aí! Caso eu "sonhe" que andam
> >>>>por
> >>>>aí descargas atmosfericas, desligo tudo nos passadores coaxiais, junto
> à
> >>>>janela e todos os cabos terminam aí. Apesar de que posso ficar com a
> >>>>parede
> >>>>toda chamuscada, e com os cabos feitos num 8, sempre acho que os
> >>>>equipamentos ficam mais protegidos. Mas aqui as trovoadas, como diz o
> >>>>Carlos
> >>>>Gonçalves, não brincam em serviço. Quando se junta o ar frio e humido
> do
> >>>>Oceano, com o quente e seco da planicie, e se começa tudo a enrolar
> aqui
> >>>>por
> >>>>cima da costa, é de ter respeitinho.
> >>>>Aqui no batente uma vez vi uma das antenas rotativas levar com umas
> >>>>quantas descargas em cima
> >>>>Era com cada tiro que abanava o edificio. Mas felizmente nada de
> anormal
> >>>>aconteceu o emissor desligava e rearmava de novo. Para proteção, temos
> >>>>nas
> >>>>antenas, o ponto de alimentação ligado à terra através de uma bobine
> de
> >>>>elevada indutancia . Só que existe um problema que nem todos conhecem,
> e
> >>>>julgam-se protegidos.
> >>>>  É que uma descarga sobre um dos elementos da antena, provoca um
> >>>>violento
> >>>>impulso nas linhas. Esse impulso é uma onda quadrada e como tal tem
> >>>>harmónicas muito poderosas até frequencias muito elevadas. Então logo
> >>>>produz
> >>>>uma forte corrente electromagnética nas linhas que pode ser muito
> >>>>perigosa e
> >>>>que acima de certas frequencias "ignora" simplesmente os choques de
> >>>>terra.
> >>>>Salva-nos o BALUN, que é uma estrutura completamente ligada à terra e
> de
> >>>>banda estreita.
> >>>>Para finalizar, e quando estiverem na presença de uma trovoada,
> >>>>desliguem
> >>>>tudo e ...rezem!!!!...rezem muito!
> >>>>
> >>>>73 de CT4RK
> >>>>
> >>>>
> >>>>
> >>>>
> >>>>Em 13/11/06, Carlos L. R. de A. Gonçalves <carlos-relvas  sapo.pt>
> >>>>escreveu:
> >>>> >
> >>>> > João Costa, e demais Colegas:
> >>>> >
> >>>> > Se já viu uma torre de transporte ter a "sorte" que descreveu,
> >>>> > imagine-se o
> >>>> > que sucede numa torre-antena ou num sistema de irradiação mais
> >>>> > complicado...
> >>>> > bom, foi quase o que sucedeu há pouco mais de um ano no centro
> >>>>emissor
> >>>> > automatizado de Rangitaiki, da R.Nova Zelândia Intl.
> >>>> >
> >>>> > Passou mais de um mês até regressarem ao éter!   Tiveram estragos
> >>>> > importantes, mormente no (único) tx de que tinham.    Suponho que
> os
> >>>> > sistemas de protecção das torres-emissoras de LF e MF, concedem
> maior
> >>>> > protecção.
> >>>> >
> >>>> > Mas imagine-se o equivalente numa estação amadora, por mais
> >>>>sofisticada
> >>>> > que
> >>>> > seja!
> >>>> >
> >>>> > Todavia, parece que mesmo só os amadores se podem permitir usar da
> >>>> > prudência - e, como diz, e bem, confiar na estatística!... -,
> porque
> >>>> > muitos
> >>>> > serviços de LF~HF simplesmente não desligam os equipamentos,
> >>>> > restando-lhes
> >>>> > confiar na sofisticação das protecções.
> >>>> >
> >>>> > Tenho meditado sobre isto cada vez que, na costa SW, se assiste a
> um
> >>>> > "documentário" de descargas ao largo, e - por prudência, mas
> >>>>confiando
> >>>> > na
> >>>> > tal estatística... - mantenho tudo desligado.    Como sabe, algumas
> >>>>das
> >>>> > antenas por lá são Beverage...
> >>>> >
> >>>> > Terras.   A questão do acessório p/ substituir a terra não será
> mais
> >>>>uma
> >>>> > das
> >>>> > "maravilhas" apregoadas pela MFJ?
> >>>> >
> >>>> > Restando-nos confiar mais na estatítica, de uma lado, defendo que
> >>>>será
> >>>> > mesmo
> >>>> > de tentar o melhor que pudermos quanto ao ruído, por outro, sabendo
> >>>>que
> >>>> > uma
> >>>> > boa dose dele pode ser encaminhado p/ o chamado potencial nulo,
> logo,
> >>>> > será
> >>>> > mesmo de apostar numa terra.
> >>>> >
> >>>> > Como aludiu ao seu distema no outro QTH, pergunto-lhe: fia-se nas
> >>>>comuns
> >>>> >
> >>>> > varetas de terra, que, de cobre, apenas têm uma finíssima camada
> que
> >>>>é
> >>>> > corroída ao fim de pouco tempo, ou em varetas de cobre
> puro?    Estou
> >>>> > ciente
> >>>> > de que as ditas "apropriadas" até permitem, mercê da sua rigidez,
> >>>> > fixação de
> >>>> > umas às outras, mas nada como varetas de cobre puro, e uma for
> >>>> > insuficiente,
> >>>> > sempre se pode recorrer a uma bateria delas, não será?
> >>>> >
> >>>> > Melhores 73.
> >>>> > Carlos Gonçalves.
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