ARLA/CLUSTER: História e algumas dicas e conselhos para a Internet
Roland Gonçalves Gomes
Roland.Goncalves oni.pt
Quarta-Feira, 8 de Novembro de 2006 - 14:11:37 WET
História e algumas dicas e conselhos, espero que vos tragam alguma utilidade e conhecimento adicional.
Se assim o entenderem poderei enviar mais informação de âmbito e conhecimento geral.
Também para que quer ir um pouco mais além, no documento encontra alguns concelhos para tal.
A Internet
O nascimento da Internet não tem uma data única. Mesmo assim, pode dizer-se que os primeiros passos para o aparecimento da rede de computadores que encolheu o mundo deram-se a 2 de Setembro de 1969. Nesse dia, abriram-se as portas para que, muito pouco tempo depois, dois computadores comunicassem entre si pela primeira vez.
No dia 2 de Setembro de 1969, a equipa de Leonard Kleinrock, professor de ciências computacionais na Universidade da Califórnia em Los Angeles, conseguiu que um computador se ligasse a um "router" - uma máquina usada para transferir dados, que na altura tinha o nome de Interphase Message Processor e era do tamanho de um frigorífico.
Mas 20 de Outubro de 1969 foi realmente o dia em que dois computadores falaram entre si. Por isso, também há quem diga que esse é o dia de nascimento da Internet. O próprio Kleinrock não contesta isso. "Pode dizer-se que a Internet nasceu numa daquelas duas datas." Da experiência de 2 de Setembro nem sequer existe qualquer registo. "Não há fotografias, nada."
Seja como for, essa primeira mensagem enviada de um computador para outro, um antepassado muito rudimentar do correio electrónico moderno, é simbólica. Aquele teste já se incluía nos planos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos em lançar as bases da Internet, que tinha encarregado a Advanced Research Project Agency (ARPA) de criar uma enorme rede de computadores militares - a ARPANet. A ARPA procurou então desenvolver um sistema que enviasse informação fragmentada em pacotes de dados. Esse sistema - chamado Transmission Control Protocol/ Internet Protocol (TCP/IP), que controla o modo como os computadores comunicam e trocam dados entre si - permitiu que a informação circulasse livremente pela rede militar. Se um dos computadores avariasse, por exemplo, a informação chegaria na mesma ao destino através de rotas alternativas.
Em 1970, a primeira rede de transmissão de informação por pacotes nos Estados Unidos assentava em quatro nós: a Universidade da Califórnia em Los Angeles e em Santa Cruz, a Universidade de Stanford e a Universidade de Utah, em Salt Lake City. Nascia assim a ARPANet.
Em 1974, VintonCerf e Robert Kahn publicaram o protocolo TCP, que inclui o que se tornará no protocolo IP. Assim, também criavam a palavra Internet.
No início dos anos 80, os militares norte-americanos abandonaram a ARPANet, mas deixaram a Internet como um legado. Rapidamente, várias instituições académicas e departamentos governamentais - como a Rede da Fundação Nacional para a Ciência, ou NSFNet - ligaram a sua própria rede de computadores à Internet.
Essa Internet, no entanto, não tinha nada a ver com a que conhecemos hoje. Era só texto. O grande salto acontece com a World Wide Web (WWW), desenvolvida em 1980 no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), em Genebra. A partir daí, a Internet passou a encher-se de páginas com imagens, sons, "links" entre páginas e tornou-se numa imensa rede de redes onde, apesar de tudo, o acesso a um gigantesco reservatório de informação é muito mais rápido.
O correio electrónico. O Microsoft Outlook e outros programas de gestão do correio electrónico. As "mailing lists".
O correio electrónico
O correio electrónico é uma ferramenta essencial para o trabalho ou mesmo lazer. Para contactar fontes, receber informações e imagens, participar em grupos de discussão, ou simplesmente trocar opiniões com colegas, tem de ter acesso a uma conta de correio electrónico, que não é mais que uma espécie de caixa de correio para onde quem quiser lhe pode enviar informação.
A abertura de uma conta de correio electrónico pode ser feita através de um qualquer fornecedor de serviço Internet ou, no caso de o utilizador querer, pode ser feita de forma gratuita, através de um dos muitos serviços desse tipo disponibilizados na rede. Para além do Mega Mail, um "site" de correio electrónico gratuito criado pelo Governo português há algumas semanas atrás, os cibernautas portugueses têm à sua disposição caixas de correio criadas por várias outras entidades, nacionais e estrangeiras. Internacionalmente, os "sites" mais conhecidos são o HotMail e o Yahoo. Diversos fornecedores de acesso gratuito em Portugal disponibilizam também contas de correio electrónico gratuitas.
O endereço de correio electrónico tem normalmente a configuração nome fornecedor.sufixo. Assim, o meu endereço no PÚBLICO é arla publico.pt (.pt é o sufixo para Portugal), enquanto o meu endereço particular é arla ip.pt (o que quer dizer que a minha conta está sediada no fornecedor IP, também em Portugal).
O Microsoft Outlook e outros programas de gestão do correio electrónico
Para receber correio electrónico utiliza-se normalmente um programa que vai ao nosso fornecedor de acesso buscar as mensagens que nos foram enviadas. O mais conhecido desses programas é o Microsoft Outlook que, para além de uma maior compatibilidade com outros programas da Microsoft (como o Internet Explorer ou o Excel, por exemplo), possui ainda algumas características que o tornam ideal para o trabalho jornalístico, como sejam a possibilidade de criação de uma enorme base de dados de contactos de fontes. Para um conhecimento mais abrangente da utilização queiram consultar os documentos do colega Miguel Andrade (CT1ETL).
O Outlook pode ainda gerir várias contas de correio electrónico de uma mesma pessoa ou ser configurado para suportar múltiplos utilizadores. Podem ser criadas várias pastas para separar o correio recebido automaticamente, e a base de dados de contactos pode ser alimentada a partir de mensagens que nos foram enviadas. O Outlook dá ainda acesso aos grupos de discussão - "newsgroups" - de forma directa, não sendo necessário possuir um outro programa para essa finalidade.
Para além do Outlook, há muitos outros programas de gestão do correio electrónico, de que se destaca o Eudora. Muitos destes programas também possuem as funcionalidades aqui descritas para o Outlook.
[Quem abre uma conta de correio gratuita, no Hotmail ou no Yahoo, por exemplo, não precisa de possuir um programa de gestão do correio electrónico, já que as mensagens são lidas no próprio "browser" com que se acede à página na Web.]
As "mailing lists"
As "mailing lists" são grupos de discussão que funcionam por correio electrónico, (e que têm um interesse comum), muitos outros grupos de interesse no mundo se juntaram e organizaram "mailing lists" sobre os mais interessantes, extraordinários ou simplesmente curiosos assuntos. Há "mailing lists" para discutir plantas carnívoras, política norte-americana, modelos de comboios ou marsupiais. Algumas "mailing lists" são públicas, outras são privadas. Algumas têm um moderador, que aprova as mensagens que seguem para o resto do grupo, outras não têm qualquer moderação.
Para se inscrever numa "mailing list", o procedimento é quase sempre idêntico. Descobre-se o endereço para onde enviar uma mensagem de inscrição (este endereço é diferente do que se utiliza para enviar mensagens para serem lidas por todo o grupo!), preenche-se o corpo da mensagem com a frase de inscrição e, na volta do correio, recebe-se normalmente uma mensagem a dizer que a inscrição foi aceite, ou que foi enviada para o moderador para aprovação.
A World Wide Web. Os "browsers". Os motores de pesquisa. Os "newsgroups".
A World Wide Web
A World Wide Web é uma gigantesca rede de milhares de computadores, que permite ter acesso a textos, gráficos, sons e imagens. Desenvolvida em 1980 no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), em Genebra, a Web tem como característica principal o facto de nos permitir passar de umas páginas para outras através de "hyperlinks". É por esse motivo que, à frente de todos os endereços da World Wide Web, aparecem as letras http://, que siginficam Hypertext Transfer Protocol.
Cada computador ligado à Web tem um endereço próprio, a que se chama URL - Uniform Resource Locator. Estes endereços têm normalmente um domínio de topo, o último sufixo do URL, que indica o tipo de "sites" de que se trata. Os domínios de topo mais comuns são: .com (sítios comerciais), .org (organizações sem fins lucrativos), .gov (sítios ligados ao Governo dos EUA), .mil (sítios militares norte-americanos) e .edu (escolas e universidades norte-americanas). Cada país tem também o seu domínio de topo - .pt para Portugal, .uk para Reino Unido, .br para Brasil, etc. Esta forma de organização, como facilmente podemos perceber, permite-nos adivinhar um endereço de um qualquer "site", mesmo sem o conhecermos.
Os "browsers"
Para navegar na World Wide Web utilizam-se "browsers", ou programas de navegação. Os mais conhecidos são o Netscape Navigator ou o Internet Explorer. Ambos podem ser obtidos gratuitamente.
Os motores de pesquisa
Os motores de pesquisa são sítios na Internet que ajudam os cibernautas a encontram a informação de que precisam. Cada um desses motores trabalha recolhendo informação e inserindo-a numa gigantesca base de dados sobre "sites". Cada vez que um pedido é accionado, o motor vai à sua base de dados e produz um resultado, que difere de motor para motor. Estas diferenças podem ser bastante substanciais e acontecem porque cada motor tem a sua forma própria de organizar a base de dados e de retirar informação dela.
Ao contrário do que acontece com a organização tradicional de uma biblioteca, que respeita regras próprias, compreendidas e aceites pela enorme comunidade de bibliotecários, os motores de pesquisa não possuem regras comuns de funcionamento, pelo que é necessário conhecer cada motor em particular para poder tirar o melhor partido dele.
Há dois tipos principais de motores de pesquisa:
Os directórios ("directories"), como o LookSmart, por exemplo, são organizados por pessoas que revêem toda a informação que lhes é enviada e a classificam tematicamente. A intervenção humana na classificação evita duplicações e melhora a organização da resposta. A desvantagem principal é que a indexação efectuada por humanos está longe de completa: um estudo recente revelou que o Yahoo! (o maior dos directórios) apenas tem indexado cerca cinco por cento da Web.
Os "crawlers" ou "worms", como o Altavista, por exemplo, utilizam um "software" muito sofisticado que procura constantemente novos sítios na Web. Os resultados desta pesquisa são inseridos numa gigantesca base de dados que é interrogada cada vez que um cibernauta faz uma pesquisa.
Nos últimos anos, apareceram também as "meta-search tools", como a DogPile, por exemplo, que permitem que uma mesma pesquisa seja efectuada ao mesmo tempo em diversos "directories" ou "crawlers". As "meta-tools" não possuem bases de dados próprias, apenas confiam nas bases de dados recolhidas por outros, pelo que as podemos considerar apenas como um interface para realizar múltiplas pesquisas simultâneas.
Como explica Cristopher Callahan, no seu livro Guide to the Internet - The Net as a Reporting Tool, há cinco regras básicas que devem ser seguidas na utilização de um motor de pesquisa:
1. Tire vantagens dos comandos básicos ao realizar uma pesquisa. Cada motor tem as suas regras próprias, explicadas normalmente num documento chamado "search tips", "tips" ou "help". Consulte esse documento.
2. Seja específico na escolha das palavras a pesquisar. O seu objectivo deve ser escolher as palavras mais específicas para a pesquisa que está a realizar, evitando ser demasiado vago.
3. Seja preciso na escolha de palavras a pesquisar. A utilização das palavras certas garante-nos que o motor está mesmo a procurar o que queremos. Ou seja, está a procurar "António" e não "Antônio" ou "Antonio".
4. Reveja todos os resultados, do princípio para o fim. Os motores de pesquisa apresentam os seus resultados hierarquicamente, pondo em primeiro lugar aqueles "sites" que parecem ser mais apropriados à pesquisa que foi feita. Portanto, os resultados devem ser lidos de cima para baixo, prestando maior atenção às primeiras duas páginas.
5. Analise os endereços dos resultados. Antes de começar a abrir as páginas de resultados, veja com atenção os endereços. Trata-se de "sites" comerciais, ou de universidades? Conhece já alguns deles? A leitura atenta pode poupar preciosos minutos na sua pesquisa.
Os "newsgroups"
Os "newsgroups" são um local na Net onde pessoas com interesses semelhantes se juntam para discutir os temas da sua preferência. Ao contrário do que acontece com as "mailing lists" - onde nos temos de inscrever antes de participar na discussão -, os "newsgroups" são locais abertos, uma espécie de quadros de corticite, onde cada um coloca as informações que quer, sem ter de pedir autorização a ninguém.
Visto que os quadros estão colocados num local específico da Internet, é ao interessado que cabe deslocar-se até eles, já que as mensagens não vêm parar à sua caixa do correio. Centenas de milhares de mensagens por dia são colocadas "on-line" nos mais de 50 mil "newsgroups" disponíveis.
Podemos aceder aos "newsgroups" através de "software" próprio. Os "browsers" Netscape Navigator e Microsft Exploreer já têm este "software" incluído, pelo que é muito fácil ter acesso a estes grupos de discussão que, recorde-se, começaram muito antes da própria World Wide Web.
Os "newsgroups" estão distribuídos por grandes categorias, dívidas em categorias mais pequenas, sempre separadas por pontos finais. Assim, existe o grupo soc.culture.portuguese, o grupo sci.agriculture.beekeeping ou o grupo rec.collecting.phonecards.
As oito principais categorias são:
Comp. - Computadores
News - Internet e Usenet
Rec. - Hobbies
Sci. - Ciências
Soc. - Assuntos sociais
Talk. - Debate de assuntos controversos
Misc. - Assuntos diversos
Alt. - Tópicos alternativos
O desenvolvimento de um "site". A preparação de páginas Web.
O desenvolvimento de um "site"
De acordo com Patrick Lynch e Sarah Horton, no seu livro Web Style Guide - o processo de desenvolvimento de um "site" na Web passa por seis fases principais que convém especificar:
1. Definição do "site" e planeamento
2. Arquitectura da informação
3. Desenho do "site"
4. Construção do "site"
5. Marketing do "site"
6. Seguimento, avaliação e actualização
Definição do "site" e planeamento
Na definição de um "site" e no seu planeamento devemos colocar questões básicas como: quais serão os objectivos do sítio? quem será a audiência? como será produzido? quem o actualizará? Depois, temos de nos preocupar com a tecnologia por trás do "site": onde será colocado? que acessos terá? com que tecnologia será construído? Finalmente, no caso de grandes "sites", é preciso pensar em questões ainda mais sérias, como salários, pessoal ou suporte técnico.
Arquitectura da Informação
Passando uma primeira fase de planeamento - cuja profundidade depende do próprio "site" - convém ter uma ideia muito clara sobre o que vamos construir. Mapas detalhados vão-nos permitir definir como estará a informação organizada ou que tipo de navegação vai ser possível dentro do nosso "site". A calendarização é também normalmente definida nesta fase.
Desenho do site
O desenho de um "site" pode demorar muito tempo a ser realizado. É através dele e dos textos que lá colocamos que atraímos os nossos leitores. Que cores terá? Que formas? Que tipos de letra? Que ilustrações? Que fotografias? Que "backgrounds"? Que barras de navegação? Que outros componentes incluirá?
Construção do "site"
A construção de um "site" só termina quando o material está colocado "online". Antes disso, tudo tem de ser verificado: da programação à operacionalidade dos "links", das imagens à ortografia de todos os textos, da funcionalidade de navegação à velocidade de carregamento das páginas.
Marketing do "site"
Para os "sites" mais importantes, o marketing é fundamental. É por isso que existem "sites" na Web especializados nesse tipo de serviços. É também por isso que muitos "sites" estão cheios de "dicas" sobre como submeter o nosso "site" aos mais diversos motores de pesquisa, havendo até empresas especializadas nesse serviço.
Seguimento, avaliação e manutenção
É claro que um "site" na Web não é o mesmo que um noticiário de televisão ou rádio, nem sequer o mesmo que um jornal, no que diz respeito a actualização e manutenção. Estando "on-line", o "site" está constantemente a ser avaliado e visitado por cibernautas. E é claro que, sendo por exemplo um "site" noticioso, não teremos qualquer interesse que os nossos leitores percebam que nunca actualizamos as nossas páginas ou que os nossos "links" não funcionam...
A preparação de páginas Web
Há milhares e milhares de páginas na Internet que se dedicam quase exclusivamente ao desenho de páginas Web. Há também muitas centenas de livros com os mesmos objectivos. Por esse motivo, seria uma imprudência tentar, neste breve capítulo do nosso programa, explicar com pormenor mesmo os principais problemas que se colocam neste campo. No entanto, algumas questões fundamentais terão de ser abordadas, cabendo aos alunos investigar mais além das simples noções aqui afloradas.
Jakob Nielsen, um dos mais conceituados especialistas em Web design, fala constantemente em "usability" como o principal factor que deve preocupar os que desenham páginas para a Internet. Essa "usability" vai desde o tamanho da página (34k), ao tipo de letra que se usa (o mais contrastante possível com o fundo), passando pelo tempo máximo que os cibernautas estão dispostos a esperar pelo carregamento de uma página (10 segundos).
A preparação de páginas Web.
A preparação de páginas Web pressupõe a utilização de programas próprios para essa tarefa. Tal como foi referido na nossa primeira aula, o Microsoft Front Page é um dos programas mais utilizados actualmente, apesar de o Dream Weaver estar a ganhar algum terreno entre os "web designers".
Uma das primeiras questões que devemos ter presente quando da preparação de páginas Web é a necessidade de que essas páginas não sejam demasiado complicadas. Colocar dentro de uma página informação excessiva ou imagens que demoram muito tempo a carregar é contribuirmos para que os nossos potenciais leitores desistam facilmente. Aliás, o que é que nós próprios fazemos quando encontramos páginas muito lentas, porque difíceis de carregar? Desistimos e procuramos outras...
Jakob Nielsen, em diversos estudos que efectuou sobre a forma como as pessoas navegam na Web, chegou à conclusão de que uma página não deve demorar mais de 10 segundos até poder ser completamente carregada (há autores que falam em oito segundos). Passado esse tempo, os cibernautas podem perder o interesse em ver essa página e desviam a sua atenção para outros sítios ou outras páginas. Nesse sentido, uma página deve ter um máximo de 34 k de informação.
Por outro lado, sabe-se agora que os leitores na Web não estão à espera de ver grandes textos sobre um determinado tema. Aconselho a escrever metade do texto que escreveríamos para uma publicação impressa, a fazer parágrafos com frequência, a utilizar bons títulos, entretítulos e listas com informação.
A leitura na Web é cerca de 25 por cento mais lenta do que a leitura de um jornal, por exemplo, e os leitores fogem de textos demasiado longos ou maçudos.Por outro lado, as pessoas estão à espera de ler textos com informação e não apenas uma quantidade de prosa que parece ir a lado nenhum. Por esse motivo, uma escrita simples, sem demasiados floreados, é a melhor solução.
Segundo o estudo, que analisou a forma como as pessoas lêem jornais na Web, os cibernautas são atraídos mais para o texto do que pelas imagens. O estudo baseia-se na análise da forma como os olhos dos leitores se deslocam através das páginas "on-line". Um famoso estudo semelhante foi realizado há uma década atrás pelo mesmo instituto para conhecer a forma como as pessoas lêem as páginas dos jornais.
Para a obtenção dos primeiros resultados, a equipa trabalhou em três cidades dos EUA, tendo sujeitado 67 pessoas ao teste de leitura de páginas na Web. Os cibernautas viajaram por 211 sítios e viram cerca de 6 mil páginas. O tempo médio das sessões foi de 34 minutos, em que cada um dos sujeitos visitou em média seis sítios diferentes. O resultado prova a facilidade com que os cibernautas viajam de sítio para sítio, não se concentrando em nenhum em especial. Segundo as conclusões iniciais, os investigadores conseguiram obter 608.063 fixações de olho, ou seja, ocasiões em que os olhos estiveram parados num ponto mais do que um décimo de segundo, o suficiente para que a informação fosse processada.
Entre as conclusões principais da análise, ainda longe de completada, está o facto de se ter concluído que a primeira informação procurada pelos cibernautas são os títulos, as notícias breves e as legendas. A fixação dos olhos em fotografias acontece só em 64 por cento dos casos e, em gráficos, apenas em 22 por cento dos casos.
Primeiro: os títulos directos são melhores que os títulos engraçados.
Segundo: a boa escrita é essencial para manter os leitores na página.
No entanto, a dificuldade de navegação pode inibir um leitor de utilizar um sítio melhor escrito em detrimento de um mais fácil de consultar.
*
Mas não é só com as questões de escrita que os "web designers" se têm de preocupar. As próprias questões de arrumação da informação são importantes, para que a leitura não seja dificultada.
Não é por acaso que muitas páginas Web têm uma arrumação semelhante, com uma barra de navegação em cima e/ou em baixo, do lado esquerdo e/ou do lado direito. Porquê? Porque os nossos olhos estão habituados a percorrer as páginas na Internet da esquerda para a direita, de cima para baixo, numa sequência de linhas paralelas, como aliás fazemos com os livros. Nos jornais é diferente. Os nossos olhos viajam pelas páginas livremente à procura de imagens ou de títulos que nos atraiam, já que temos a possibilidade de ver todo o espaço impresso de uma só vez.
Nos seus primeiros estudos sobre a leitura na Web, realizados em 1994/1995, Jakob Nielsen concluiu que apenas 10 por cento das pessoas faziam "scrolling" vertical das páginas, para ver mais além do que o ecrã mostrava num primeiro carregamento. Era nesse espaço que as pessoas procuravam a informação que pretendiam e, mesmo as que iam mais além, nunca liam páginas com muitos ecrãs de texto seguidos.
Apesar de a relutância em fazer "scrolling" estar a diminuir, não há dúvida que as páginas não devem ser excessivamente longas, sob pena de as pessoas não terem paciência para chegar ao fim. Por outro lado, as páginas não devem nunca ultrapassar uma determinada largura, de forma a evitar a mais irritante das actividades para quem lê na Web: o "scrolling" horizontal.
Sabendo que a maioria dos monitores estão configurados para 800x600 pixels, devemos ter em atenção que as nossas páginas não devem ultrapassar os 750 pixels de largura, para evitar o "scrolling" horizontal. Muitos "sites" Web, sabendo que muitos monitores têm ainda resolução de 640x480, preferem que as suas páginas não tenham mais de 600 pixels de largura.
Outra questão importante a ter em conta são as cores que utilizamos na construção das nossas páginas Web. Há 216 cores que são "browser-safe", isto é, que são entendidas pelos diversos tipos de monitores e por computadores que correm sistemas operativos diferentes como idênticas. São essas que devemos utiilizar sempre.
As cores são também um bom indicador sobre o tipo de páginas que estamos a construir. As cores sóbrias querem dizer algo diferente das cores mais alegres. O preto e branco é diferente do amarelo e do vermelho-vivo.
Sempre que tratamos imagens para inclusão em páginas Web devemos preocupar-nos em gravá-las nos formatos mais leves, ou seja, nos formatos que ocupam menos espaço. Esses formatos são o .jpg ou o .gif, sendo este último preferível, apesar de a imagem perder alguma definição e qualidade.
As fontes a utilizar nas nossas páginas podem ser serifadas ou não-serifadas, mas devem ser o mais simples possível, para facilitar a leitura. Elas devem também contrastar com o fundo onde estão inseridas, também por motivos de legibilidade.
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