ARLA/CLUSTER: DRM, DW.
Carlos L.R. de A.Gonçalves
carlos-relvas sapo.pt
Quarta-Feira, 1 de Novembro de 2006 - 17:44:20 WET
Caro Carlos Mourato:
Agradeço o seu escrito, explicações e crítica, na qual pego desde já, tanto
mais porque, infelizmente, proporcionei uma reacção da sua parte que não
foi, mìnimamente, intencional, muito menos pessoal, como certamente imagina.
Quando utilizei o termo que achou excessivamente pesado - confesso que
poderá sê-lo, ou, se quiser, até infeliz - note que não me referi
especìficamente à demonstração da DW na ARVM, e estou perfeitamente ciente -
tanto pelo que me tem dito, como, e sobretudo, pelo que lido e ouvido! - de
que a DW é pioneira, mormente na sua est. de Sines, pelo que tão-pouco visei
em especial a DW. Dirigi-me à utilização do DRM duma forma abstracta.
Agradeceria que não se confundisse ageneralização. Não ponho em causa a
(meritória) inciativa de est. que enveredaram pelo DRM, pena é que este
continue a ser colocado na situação já grave nas bandas internacionais, onde
a coordernação internacional continua a deixar muitíssimo a desejar,
precisamente por aquilo que disse e reiterei há pedaço ao Colega Esteves
CT1ADT - a enorme profusão de estações, ou, se preferirmos, a enorme
quantidade de serviços por estação, logo, tb. de QRGs.
Todavia, mantenho que há uma propaganda excessivamente acentuada - daí o
termo "pavonear" ! -, que, acima de tudo, é patente no consórcio DRM, e tb.
por determinadas estações estando elas cientes de que - volto ao mesmo - o
seu ouvinte normal é incapaz de aproveitar.
Veja este ex. algo caricato, quiçá o mais flagrante - a R.Nova Zelândia.
Andou meses a fio c/ problemas na instalação do novo tx de 100 kW da Thales
destinado a DRM, teve dificuldades financeiras de última hora que tentou
escamotear, mas lá começou a emitir em DRM. Com o horário B-06, é já o 2º
período em que tem, a par de AM, DRM. Em boa verdade, para quê?
A audiência deles é, acima de tudo, o Pacífico. Aí, eram e são
retransmitidos por várias est. locais, sobretudo em VHF-FM, que colhem o
sinal de satélite e/ou só em HF (!). No ponto de vista da R.NZi, o DRM
viria possibilitar-lhes encurtar os custos do satélite, porque as ilhas
"apanhariam" o sinal em DRM.
Para tal, socorreram-se de tecnologia que a R.NZi teve de ir instalar e
custear: rxs c/ prgrs informáticos p/ descodificação de DRM. Logo aí se
comprova a inexistência de rxs já prontos ou devidamente capazes de
descodificação directa, como o AOR 7030 Plus, um dos mais pequenos rxs de
comunicações e só alterado de raiz p/ DRM porque a BBC encomendou vários à
AOR UK.
Voltando à R.NZi e ao seu horário, no caso, já o B-06, que utilidade tem, na
prática e tb. c/ toda a franqueza, p/ o ouvinte comum daquelas (ou doutras!)
paragens os gastos que têm na manutenção de 1 tx permanentemente em DRM, se
já só c/ 1 tx AM estiveram em risco de reduzir ou mesmo cortar o sço.
ultramarino por indicação da tutela respectiva ùnicamente c/ base nos custos
p/ o contribuinte?
Do ex. da N.Zelândia, poderá extrapolar-se p/ outros países.
Resumindo, espero que as emissões continuem, mas que o façam fora das
bandas!, onde - como o Colega diz e bem! - já há muitas est. de AM c/
demasiado espalhamento de modulação, e que as mesmas est. operando em DRM
provoquem, da parte dos fabricantes, o que naturalmene se espera e que não
sucedeu até agora - a proliferação de rxs compatíveis, c/ isto referindo-me
igualmente a marcas que produzem rxs de comunicações, pois até de estas os
rxs DRM são mais que raros!
Que vença, pois, o que se tem vido a fazer, e - um dia - aquelas pequenas
est. que eu e muitos DXistas procuram possam tb. emitir em DRM sem que, por
parte do ouvinte comum, haja qq. obstáculo!
Como deve imaginar, da m/ parte, não há "embirração" ou má vontade p/ c/ o
DRM, apenas uma constatação dos factos.
__________
Diz, e bem, que não testei qq. rx DRM, mas já apreciei demonstrações que só
podem maravilhar qq. um de nós. A par disso, tenho lido bastante sobre
experiências c/ alguns rxs adaptados e c/ rxs do tipo caixa-computador, como
os da WinRadio e Elad, e - repito, baseando-me nisso mesmo, mais nada -,
vejo que ninguém asseverou a total imunidade do DRM em presença do que
apontei. Compreendo e aceito que assim seja, porque não há milagres, mas
antes fosse o contrário, como deve calcular.
Espero que tenha sido suficientemente claro p/ desfazer o ressentimento
involutàriamente gerado e que me tenha feito compreender no resto.
73.
Carlos Gonçalves.
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