ARLA/CLUSTER: DRM: desfazer enganos.

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Quarta-Feira, 1 de Novembro de 2006 - 00:38:33 WET


Caro Carlos Gonçalves

O Software do DRM contem um algoritmo que realmente é eficaz em condições de
QSB e de QRM. A isso chama-se "interliving". E eu próprio fico admirado coma
capacidade de robustez do sinal debaixo de condições adversas. Pena é que
tente fazer um juizo de um sistema que ao que sei nunca testou. Eu ja tive
oportunidade de sob condições de forte QRM e mesmo de interferencias de
outras estações de AM de escutar DRM sem qualquer dropout. Não sei se
reparou, mas uma estação emissora de DRM, convenientemente afinada, não
ocupa mais espaço que uma emissora de DSB, e o "sideband noise" deve cair em
mais de 40 dBs a 1 KHz ao lado do termino da largura de banda. Isto é: a +
ou - 6 KHz de Fc. Se assim não acontecer o emissor não estará devidamente
ajustado e portanto não estará dentro da mascara recomendada pela UIT.
Lembre-se que este é um modo standarizado e aprovado pela UIT e que como
qualquer emissão em outro modo tem regras a seguir. A sua largura em ondas
curtas como sabe não deve ultrapassar 10KHz. A verdade é que eu escuto
muitas vezes emissoras em AM que ultrapassam largamente 10 KHz de largura de
banda e que provocam intermodulações até 15 ou 20 KHz desviados. Num ponto
estamos de acordo! deviam existir bandas expecificas para DRM e para AM, mas
enquanto a UIT e o WARC não dicidirem sobre essa materia teremos que
conviver com os dois tipos de transmissão nas bandas de broadcasting. Se me
perguntar se eu gosto mais do AM convencional eu tambem lhe responderei que
sim, no entanto tenho orgulho em pertencer a um grupo de pessoas que
colaboraram no desenvolvimento do DRM a nivel mundial e mais orgulho tenho
ainda de a estação onde trabalho ter sido pioneira nas primeiras emissões
experimentais, onde tudo era configurado a mão. E é um facto comprovado que
Sines tem uma das mais modernas e melhores estações de DRM do mundo e pela
qual eu e os meus colegas se esforçam  por manter os emissores no mais
perfeito funcionamento.
Apesar de tudo isso que por si só e devido à elevada qualidade técnica dos
ensinamentos que nos proporciona a nós funcionarios da empresa,  a
tecnologia DRM, pela qualidade dos seus emissores e pela preocupação com o
seu perfeito funcionamento, seria razão suficiente para a DW se orgulhar de
ter uma estação assim, não necessitando de forma alguma de se "pavonear",
perante quem quer que seja, porque tem equipamentos e gente à altura de
responder aos desafios da modernidade. Alem disso, o que eu e o colega
CT1ADT, Manuel Esteves fomos fazer à exposição da ARVM, não foi "pavonear"
nada, nem tão pouco fazer "propaganda barata" da DW. Fomos sim,
voluntariamente dar a conhecer um meio alternativo de radiodifusão a muitos
colegas e não só, que passaram pelo nossa pequena demonstração.
Cada coisa deve ter o seu lugar e o DRM tambem. Quem não gosta coloca de
lado. Sempre foi assim com tudo.
Para finalizar quero-lhe dizer que me senti ofendido, ao ler o que escreveu,
quando se referia a que a DW se foi "pavonear". Aceito que tem toda a
liberdade para escolher o que concorda e o que discorda, mas que não deve
dirigir palavras que possam ferir quem na melhor das boa vontade, e
voluntariamente quis dar a conhecer tecnologias com equipamentos
profissionais, que de outra forma possivelmente seria muito dificil acesso
ao publico em geral.

73 de Carlos Mourato
CT4RK


Em 31/10/06, M.Esteves <ct1adt  netvisao.pt> escreveu:
>
> Boas novamente.
>
> Hoje, a bandas da onda curta estão mais limpas.
>
> As estações tem ficado "OFF" a um ritmo acelarado.
>
> Práticamete não temos emissões em cima uma das outras, na mesma zona.
>
> As que ficam, reduzem o pessoal , os  KW para reduzirem a factura da
> energia  e tentam
>
> melhorar a qualidade na tentativa de captar ou manter os  ouvintes.
>
> Como frisou,  elas não vivem para os radio-escutas e muito menos para o
> DXistas.
>
> A internet é implacável e hoje aparecem novas formas de ouvir rádio que
> pôem
> em causa
>
> a  forma  tradicioanal. Certamente vai ser tudo uma questão de tempo.
> Esperemos que não.
>
> Quanto ao ruído do DRM ,   não lhe chame  ( emissões-pestes...hi  ) e
> encaminhe-o para a placa de som do computador que o Dream  faz o
> resto...:-)
>
> Um abraço
>
> CT1ADT / Esteves
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos L.R. de A.Gonçalves" <carlos-relvas  sapo.pt>
> To: "ARLA-Cluster" <cluster  radio-amador.net>
> Sent: Tuesday, October 31, 2006 7:01 PM
> Subject: ARLA/CLUSTER: DRM: desfazer enganos.
>
>
> > Caros Colegas Esteves, Carlos Fonseca e outros:
> >
> > Corri o risco de ser mal interpretado, ao enviar a mensagem anterior,
> pelo
> > que gostaria de esclarecer algo.
> >
> > Não sou mero apologista cego do problemático modo que é a AM em
> detrimento
> > do DRM.   O que eu e muitos - ouvintes, radioescutas e DXistas, nesta
> > ordem de preferência - pretenderiam era que as emissões em DRM fossem
> > sempre noutras freqs., que as há, fora de banda.   Não colhe o argumento
> > de que não há freqs. livres, porque existem, tanto mais que as
> > radiodifusoras ditas internacionais sempre foram as primeiras a deslizar
> > p/ cima / baixo das suas bandas.    Não colhe o argumento de que os
> > ouvintes só conseguem tomar conhecimento das emissões em DRM se estas
> > forem dentro das bandas: o que recebem é mero "ruído"!
> >
> > A ordem indicada atrás tem razão de ser: são precisamente os ouvintes
> > normais o alvo dos prgrs, não os radioescutas, muito menos os DXistas,
> que
> > pouco ou nenhum interesse nutrem pelos monstros dos kW.   Ora, o ouvinte
> > normal não dispõe de receptores concentâneos c/ o modo em apreciação.
> > Não posso, nem devo!, apontar como exs. os rxs do género dos que utilizo
> > no DX. Por outro lado, convém ter a noção de que  ouvinte normal
> tão-pouco
> > irá socorrer-se de um computador + prgr próprio p/ descodificar DRM.
> >
> > Quando digo que não há rxs, faço-o num  sentido geral, òbviamente, mas
> > ponho-me no lugar do ouvinte comum, que tem o seu rádio de mesa ou
> > portátil que só apanha razoàvelmente essas estações de muitos kW (... e
> > estamos num ciclo vicioso, as estações querem ser escutada, logo vão
> > subindo a potência, os ouvintes deixam de ouvir porque outras,
> igualmente
> > potentes abafam os sinais adjacentes, e as primeiras sobem mais a
> > potência... isto não acaba).
> >
> > Não é por acaso que há tanta relutância da parte dos fabricantes
> vulgares
> > em apresentar modelos c/ DRM: os primeiros passos só agora estão a ser
> > dados, após vários anos de emissões-pestes nas bandas.
> >
> > Pergunta: já conseguiram que um sinal DRM, sob algum QRM e QSB,
> mantivesse
> > o mesmo porte, p/ não dizer que desaparece, pura e simplesmente, até
> haver
> > "normalização" do lado do rx?  Ou seja, o DRM é imune ao que se
> > propangandeou também?   Naturalmente que não, milagres não existem.
> >
> > 73.
> > Carlos Gonçalves.
> >
> >
> >
> >
> >
> > _______________________________________________
> > CLUSTER mailing list
> > CLUSTER  radio-amador.net
> > http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
> >
>
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>



-- 
BPL/PLC ......No thanks!!!
Best 73 from:
regards from:
CT4RK
Carlos Mourato
Sines - Portugal

-----------------------------------------------------------
Este e-mail destina-se a fornecer informações de utilidade para os
destinatarios referidos, e não poderá ser considerado SPAM.
Se não desejar receber mais informações deste emissor, responda a este mail
com -REMOVER- no campo "ASSUNTO", ou bloqueando o emissor deste mail, nas
suas configurações de privacidade.
Esta mensagem está de acordo com a legislação Europeia sobre o envio
de mensagens (Directiva 2000/31/CE do Parlamento Europeu; Relatório
A5-0270/2001 do Parlamento Europeu).



Mais informações acerca da lista CLUSTER